Para a categoria que vai estrear esse fim de semana, fizemos um resumo do que teremos na nova USF Júnior: os motivos dela existir, carros, equipes e pilotos.



Criação

E teremos o início da nova categoria do Road to Indy, a USF Júnior surgiu numa lacuna meio estranha: a USF2000, que seriva de categoria de entrada do Road to Indy, estava atrapalhando um pouco a subida dos pilotos para a próxima categoria, a Indy Pro 2000. Isso porque na USF2000 tínhamos grids grandes com 30 carros e a Indy Pro 2000, pelo aumento de preço para se fazer uma temporada completa, sempre girava entre 12 e 16 carros. 


Com isso, muitos pilotos da USF2000 ficavam represados, tendo de fazer dois, três e até quatro anos de categoria para finalmetne ter uma boa chance de subir para a categoria seguinte e, muitas vezes, ter de desistir ou por estar muito velho para subir ou porque gastou um bom dinheiro por anos e não conseguiu avançar na carreira.


Além disso, como tinham muitos pilotos veteranos, com mais de uma temporada na categoria, fazia com que o ambiente para pilotos novos ficasse complicado. Muitas vezes os pilotos com mais temporadas e dinheiro razoável conseguia, por meio de contatos, entrar sempre nas melhores equipes, e com isso ficavam quase sempre na frente, enquanto os estreantes quase sempre não tinham boas oportunidades e ficavam no fim do grid, fazendo parecer que são piores do que realmente são.


Exemplos disso não faltam: na USF2000 em 2014 estrearam Colton Herta e Austin Cindric, ambos ficaram presos no meio do grid (por duas temporadas no caso de Cindric) e foram obrigados a mudar de ares por não conseguir subir para a Pro Mazda (que era a Indy Pro 2000 da época), porque eram vinte e tantos pilotos brigando por seis ou sete vagas que abiram por ano na categoria acima, um foi pra NASCAR e o outro foi para o automibilismo europeu e ambos hoje se deram bem. Vários pilotos já saíram da USF2000 sem conseguir subir para a Indy Pro 2000 e foram campeões no ano seguinte, como Kaylen Frederik (campeão da F-3 Britânica que ficou três anos na USF2000), Dakota Dickerson (campeão da F4 USa e F-3 Americas) e recentemente Jak Crawford são esses casos mais famosos.


Então havia a necessidade ou de diminuir os custos principalmente da Indy Pro 2000 para que mais pilotos pudessem entrar nessa categoria (o que criaria o mesmo gargalo na Indy Lights, e mesmo que diminuísse o custo da indy Lights ia criar o mesmo gargalo na passagem para a Indy) ou se criava uma nova categoria para os pilotos mais jovens entrarem antes da USF2000, que se mostrava geralmente um passo muito complicado.


No entatno a Andersen Promotions não tinha grande capacidade para cuidar de quatro categorias. Então a INDYCAR, empresa que gerencia a Fórmula Indy, passoua gerenciar também a Indy Lights, e com isso a Andersen Promotions conseguiu desafogar e criar a USF Júnior.


Carros, Calendário e Premiação

Para criar a nova categoria, a Andersen promotions, pelo menos de início, criou um clone da F-4 USA. Por esse motivo, ela está usando exatamente o mesmo carro que a categoria gerenciada pela FIA e sancionada pela SCCA.


Ou seja, temos o chassi Ligier JS F4-16, que é usado na F-4 USA desde 2016, e com os motores Honda K20A (sim, os mesmos d Honda Civic Type R de 2006) so que com potência reduzida de 212 para 160 cavalos de potência.


Além de copiar nessa parte do carro, a USF Júnior também correrá em pistas que normalmente as categorias da SCCA, que sanciona a F-4 USA e as categorias FIA nos EUA: a nova Ozarks international Raceway é a abertura do campeonato, com a categoria correndo também em Barber junto com a Indy, Virginia International Raceway, Mid-Ohio junto com a NASCAR, Road America e em COTA.


A premiação também é bem razoável, sendo dado ao campeão 325 mil dólares de patrocínio para usar na USF2000 na temporada seguinte.


Equipes e Pilotos

Até o momento, temos seis equipes e 16 pilotos confirmados para a temporada completa, sendo eles:


Crosslink Kiwi Motorsport: Jeremy Fairbairn e Titus Sherlock

Essa equipe é conhecida de quem acompanha a F-4 USA e a F-Regional Americas, já que ela é presente no grid dessas categorias desde que elas foram criadas, sendo tricampeã de equipes e campeã de pilotos na F-4 USA. Agora ela adentra no mundo do Road to Indy via USF Júnior.


A sua dupla de pilotos na USF Júnior, apesar de pouquíssima experiência nos monopostos, se mostra muito promissora. Jeremy Fairbairn (17 anos) correu doze provas na F4-USA em 2020, até sua equipe, a Primus Racing, falir; nesse ano foi convidado a correr no aniversário de 50 anos da F-Ford Festival por ser campeão no Kart em 2018, competiu com outros 103 pilotos e terminou o mini campeonato no 26º lugar. 


Titus Sherlock correu no kart até o ano passado, quando entrou na Lucas Oil School of Racing onde foi vice-campeão da categoria Formula Car e campeão da mini-temporada da Lucas Oil que acontece durante a pré-temporada da Indy, a Winter Series.


São dois bons pilotos que merecem a atenção nesse campeonato novo.


DC Autosport with Cape Motorsports: Nicolas d'Orlando, Ethan Ho e Earl W. Tucker IV

Dois nomes conhecidos no automobilismo de base americano compõem essa equipe. A DC Autosport também corre nas categorias SCCA desde sempre, e a Cape Motorsports é muito famosa na USF2000, sendo campeã da primeira categoria do Road to Indy onze vezes nas últimas treze temporadas.


Enquanto Ethan Ho e Earl Tucker são novos no automobilismo de monopostos, saindo do kart ainda esse ano para os monopostos, Nicholas d'Orlando tem um pouco mais de experiência e até mesmo um título no ano passado na F-1600 pela Team Pelfrey, onde ele conquistou vitória na metade das corridas do ano.


Então, apesar de não terem se mostrado tanto na pista assim, os poucos resultados que os pilotos têm são positivos, e juntando isso com o ótimo retrospecto da Cape, podemos ter grandes expectativas sobre os três.


DEForce Racing: Jake Bonilla, Mac Clark, Maxwell Jamielson

A DEForce Racing também entrou na USF Júnior, tentando repetir o sucesso com Kiko Porto na USF2000 nessa nova categoria do Road to Indy. Para a temporada inaugural da categoria, a equipe dos irmãos Martinez contratou três pilotos que correram na F-4 USA.


Jake Bonilla e Maxwell Jamielson correram mas não obtiveram muito sucesso, sendo que Bonilla correu três temporadas não completas e Jamielson correu apenas oito provas no ano passado, ambos sem vitórias ou pódios.


Mac Clark é canadense e fez seu primeiro campenato no automobilismo americano no ano passado, onde foi vice-campeão da F-4 USA, perdendo justamente para um piloto da DEForce Racing. Durante a pré-temporada da USF Júnior, Clark liderou a maioria dos treinos e, em conjunto com a boa fase da DEForce Racing, vem como um dos favoritos ao título.


IGY6 Motorsports: Jason Pribyl, Jacob Bolen, Bianca Bustamante

Mais uma equipe baseada nas categorias sancionadas pela SCCA, como a F-4 USA e a F-Regional Americas, mas com bem menos sucesso e quase sempre no meio/fim de grid.


Tentando sorte melhor na USF Júnior, a equipe escolheu três pilotos que estão praticamente estreando nos monopostos. Jacob Bolen e Bianca Bustamante tiveram carreiras razoáveis no Kart mas estrearão esse ano nos monopostos, sendo que Bianca fará corridas tanto ne nova categoria quanto na W Series, na qual foi escolhida para ser uma das estreantes desse ano. Jason Pribyl também teve grande maioria de sua carreira no kart também, tendo feito apenas três corridas nos monopostos, na F-1600 canadense.


International Motorsport: André Castro, Alan Isambard

A International Motorsport é um pouco diferentes das outras, porque ela também estreia no automobilismo de monopostos. Ela é uma equipe de Kart da flórida, e agora entra no Road to Indy pela USF Júnior.


Para sua estreia nos monopostos, aequipe contratou dois pilotos, um é o experiente Andre Castro, que corre ocasionalmente no Road to Indy, bem como em várias outras categorias, desde 2017. No entanto, o americano nunca teve a oportunidade de fazer um campeonato em temporada completa, como fará agora na USF Júnior.  O outro piloto é o estreante Alan Isambard, que sai agora do kart para estrear nos monopostos aos 19 anos.


Sarah Fisher Hartman Rcing Development: Elliot Cox

Sim, ela mesma, a equipe liderada pelo casal Sarah Fisher e Andy O'Gara  está temporariamente de volta! Eles estão na USF Júnior, para alinhar um carro para Elliot Cox. O piloto de apenas 14 anos e vários patrocinadores estreará nos monopostos esse ano na USF Júnior depois de oito anos de carreira no kart.


Velocity Racing Development: Sam Corry, Alessandro de Tullio, Nikita Johnson, Noah Ping

A VRD também é uma das equipes oriundas da SCCA, que corre tipicamente na F-4 USA e na F-Regional Americas. Entrou no ano passado correndo com um carro apenas nos mistos, assim como vai fazer esse ano também da USF2000, mas para a USF Júnior ela vem com quatro carros, um quarto do grid.


Esses quatro pilotos também praticamente não tem experiência em monopostos, sendo que apenas Noah Ping correu na Radical Cup da SCCA (que é uma categoria com carros que eram open wheel mas colocaram uma carenagem por cima). Ping também é o mais velho dos quatro, com 18 anos. 

Alessandro de Tullio tem 15.

Sam Curry tem 14.

E Nikita Johnson tem 13 anos.



E, bem, essa é a introdução da USF Júnior. A primeira etapa está acontecendo já hoje, mas já na semana que vem ela correrá em conjunto com as outras categorias do Road to Indy e também da Fórmula Indy em Barber. Até lá!!

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