Ou a AJ Foyt renovou com Dalton Kellett, dependendo do ponto de vista. O canadense partirá para seu terceiro ano na categoria.
Anunciado na quarta-feira (1º de dezembro) um dos pilotos que ainda levantam as sobrancelhas de alguns fãs da Indy renovou com a AJ Foyt Racing, onde Dalton Kellett correrá no segundo carro da equipe, o #4. O número do carro é a única coisa que mudou, continua sendo a K-Line a patrocinar o carro que continuará até mesmo com a mesma pintura de branco, preto e azul claro.
A renovação era bem esperada e não muito animadora para o mundo da Indy. Kellett permanecer na Foyt era previsto por praticamente todos (incluindo a gente), onde a questão era mais saber com qual número de carro ele correria, se com o tradicional #14 da Foyt que estava vago com a saída de Bourdais ou com o #4 novamente, que geralmente é voltado para o segundo piloto da Foyt que geralmente paga as contas da equipe. Como a Foyt conseguiu assinar com Kyle Kirkwood para o #14, Kellett permanece no #4.
Apesar de parecer que não houveram mudanças, há algumas coisas que mudarão para Kellett na temporada que vem que parecem bem irrelevantes para o mundo da Iny mas para o mundo do canadense e a Foyt são bem importantes.
O primeiro é que ele tem um novo companheiro de equipe. Ser companheiro de equipe de Sebastien Bourdais na Foyt era bem confortável, pois o francês já é consolidado no grid onde todos já sabiam e estavam acostumados a tirar leite de pedra com carro ruim, então Kellett ter resultados bem piores que os de Bourais era o passo normal. Mas em 2022 ele terá como companheiro de equipe o novato Kyle Kirkwood que, apesar de ter uma grande expectativa por ser campeão de praticamente todo lugar que ele passou em sua carreira, ainda é um novato que tem bastante a provar na Indy.
Kirkwood não tem a experiência de um ano e meio na Indy de Kellett, além de ter passado apenas um ano na Lights enquanto o canadense passou quatro. Em teoria, era para Kellett ter resultados melhores que Kirkwood. Isso pode dar uma pequena pressão para resultados melhores do canadense, para tentar mais trabalho e desempenho.
Não me entenda errado: não se espera muito de Dalton Kellett. O piloto de 28 anos nunca mostou bons resultados nas categorias de acesso e em 24 provas pela Fórmula Indy ele sempre esteve no fim do grid e seu melhor resultado foi um 12º lugar em Gateway e, fora essa prova, foram três 18º lugares. Por isso, mesmo contra um novato na equipe, se espera que o #14 consiga os resultados bons da Foyt e não Kellett.
E o segundo ponto que pode fazer com que a temporadad 2022 de Kellett seja um pouco mais interessante é o número de carros em temporada completa e o Leader's Circle. A Indy tem um programa de repassar dinehiro por direitos aos carros que fazem a temporada completa em troca de levarem alguns logos em seus carros e por direitos de imagem, onde os 23 carros que fizeram a temporada completa e fizeram mais pontos levam cerca de um milhão e meio de dólares ao fim da temporada. Esse programa é chamado de Leader's Circle.
O ponto é que, na temporada desse ano, o #4 de Dalton Kellett foi o 23º e último carro que fez a temporada completa na tabela de pontos e, mesmo em carros de meia temporada, como o #06 e o #45, fizeram mais pontos que o segundo carro da Foyt. Isso acende um sinal amarelo, pois esses dois carros, além do carro da Juncos Hollinger, passam a fazer a temporada completa esse ano, aumentando o número de carros e, se Kellett não mostrar um mínimo de resultado, pode cair fora dos 23 primeiros da temporada e perder o milhão e meio de dólares.
Esse dinheiro pode não parecer tanto mas faz uma grande diferença para uma equipe como a Foyt, onde essa premiação já paga boa parte da estrutura para uma 500 milhas de Indianápolis, por exemplo. Caso Kellett e o #4 perca essa premiação, o próprio Kellett muito provavelmente precisaria bancar e isso pode inviabilizar cada vez mais a permanência dele na categoria.
Lembrando que, assim como Lance Stroll, Dalton Kellett é um canadense rico, herdeiro da K-Line Insulators. A grande diferença é que, diferentemente do pai de Lance com a Fórmula 1, o pai de Dalton não quer se envolver tanto com a Indy, e se a brincadeira do filho começar a ficar muito cara ele muito provavelmente vai apenas cair fora junto com a vaga do filho.
E, para finalizar noa ssunto Foyt, poe ser que a equipe alinhe um terceiro carro em algumas provas, principalmente para as 500 milhas de Indianápolis, pois a equipe anda contratando mais mecânicos e pessoal para sua fábrica em Indianápolis e ela veio testando com algumas pessoas durante a temporada como Tatiana Calderón e Logan Sargeant. Não seria muita surpresa aparecer esse terceiro carro em uma prova ou outra para eles, para Charlie Kimball ou qualquer outro com o apoio financeiro para bancar.
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