Apesar da temporada desse ano da Indy não ter terminado, a pré-temporada já começou com os times primeiramente acertando com quantos e quais carros correrão a temporada do ano que vem. Confira como está essas vagas até o momento:


Vamos, então, para as equipes. Aqui estou focando especificamente nas equipes, não focando em situações específicas. Posso até mencionar alguns pilotos que são favoritos a uma vaga, mas como a temporada da Indy nem acabou, cada vaga importante da lista tem pelo menos meia dúzia de pessoas a procura dessa vaga. Vou explicar brevemente como isso acontece, caso não esteja interessado pule cinco parágrafos no texto que lá vai estar a situação das equipes.


Assim, vou explicar brevemente como acontece a pré-temporada da Indy:


Como isso acontece? Bem, normalmente existem equipes e pilotos que, basicamente, se juntam e tentam angariar fundos o suficiente para uma vaga. Daí existem os pilotos que tem já tem dinheiro para uma vaga completa e buscam equipes ou com melhor estrutura ou que aceite seus termos (correr apenas meia temporada, exposição e etc.).


Mas tanto as equipes e pilotos procurando patrocínio juntas quanto pilotos avaliando se vão entrar de cabeça mesmo num projeto ou não acontece mais para o fim da pré-temporada, um pouco depois de terminar o campeonato do ano anterior ou até mesmo pouco antes da temporada começar. Isso acontece porque tanto as equipes quanto os pilotos que estão nessa situação precisam mostrar algum resultado, e os resultados finais vem com o fim da temporada.


Essas não são necessariamente as principais vagas da Indy, onde elas estão em um caso particular: os das equipes com orçamento fechado. Essas equipes já tem todo o seu plano assegurado para o ano seguinte, então elas normalmente escolhem o piloto de acordo com seus planos. Como essas equipes mais estruturadas são as principais equipes da categoria, elas são as mais visadas e sempre tem no mínimo meia dúzia de pilotos brigando por essa vaga.


Assim, muito da pré-temporada fica dependente dessas vagas principais serem preenchidas. Depois que elas forem acertadas ou os pilotos forem desistindo dessas vagas por verem que não tem chance, vão encontrando equipes de acordo com suas necessidades: se eles tem patrocínio o suficiente para um carro completo, buscam equipes que atendem suas necessidades, e se não possuem esse patrocínio completo, buscam mais patrocínio com o apoio de uma equipe.


Depois dessa longa explicação fica bem fácil entender qual equipe e qual piloto está em qual situação. Então, vamos as equipes! Começando da maior para a menor:


Team Penske - A Penske já tem quase tudo pronto para 2022. Três carros e pilotos estão completamente acertados para o ano que vem com Josef Newgarden com o #2 e Scott McLaughlin no #3 já que os dois assinaram contratos de no mínimo dois anos no início do ano passado, e Will Power completamente acertado esse ano para correr no #12.


A dúvida permanece para o carro #22 da Menards na maioria do tempo. O contrato de Simon Pagenaud acaba no fim desse ano e ele e a Penske ainda não chegaram a um acordo ainda, então, apesar da renovação ser bem provável pois ainda não há grandes motivos para esse acordo ser quebrado, já que o #22 vem quase sempre bem, incluindo nesse ano.


Muito por esse motivo, ainda não existe muitos rumores de substituição para essa vaga. O mais provável é a Penske se manter com está esse ano, focando em melhorar para brigar ainda mais ativamente pelo campeonato.


Chip Ganassi Racing - A Chip Ganassi, apesar de ter um modelo um pouco diferente de equipe com um cerne bem definido, que atualmente é do #9 do Dixon e o #10 do Palou, e ter união com projetos de interesse, seja por mídia ou por mais lucro (veja bem, não estou dizendo que os outros dois carros são só para outros interesses, mas que esses outros interesses foram um dos motivos de esses acordos serem fechados). O cerne da Chip Ganassi está todo acertado. Dixon segue no #9 e Palou segue no #10, com o contrato do espanhol durando até o anoque vem e o do neozelandês durando até 2023.


Já as outras  operações ainda não estão 100%. Johnson permanecerá na Ganassi, mas a equipe tem um grande interesse em fazer a temporada completa com ele, e o heptacampeão da NASCAR ainda está meio indeciso quanto a isso. Caso ele não queira corre nos ovais, Tony Kanaan continuará substituindo-o no #48, mas caso ele decida fazer a temporada completa, é bem provável que o brasileiro continue correndo nos ovais em um quinto carro para dar apoio técnico a ele nesse tipo de circuito. Johnson afirmou que o brasileiro vem ajudando bastante ele na Indy, e que o ano que vem o apoio dele continua indispensável com os acordos de Johnson bancando a entrada de Tony na pista tanto para esse ano quanto para o ano que vem.


A maior incerteza está no #8. Esse carro é praticamente todo bancado por Marcus Ericsson e seus patrocínios pessoais, e o contrato que vence esse ano ainda não foi renovado. É mais provável que Ericsson continue com o mesmo acordo com a Chip Ganassi, tendo em vista que os rsultados estão vindo e tanto o sueco quanto Chip estão satisfeitos com a parceria. 


Mas, no caso menor da parceria não se concretizar, é bem provável que o quarto carro da Chip Ganassi não corra. Isso porque a equipe busca alguém que mostre grande habilidade e bons resultados anteriores e além disso tenha patrocínio pessoal o suficiente para sustentar toda a estrutura da Ganassi para um carro. E os pilotos que unem esses dois quesitos são praticamente nenhum no certame da Indy no momento, fazendo com que a Ganassi prefira talvez manter mais carros no IMSA ou no Extreme E, por exemplo.


Andretti Autosport - Talvez seja a equipe mais indefinida das três. A equipe tem por enquanto contrato com dois pilotos: o Alexander Rossi no #27 e o Colton Herta no #26, já que rossi tem contrato até o ano que vem e Herta tem contrato até 2023.


No entanto, dois carros ainda estão em aberto até o momento, e são esses carros os mais visados até o momento pelos pilotos. O #28 pilotado por Ryan Hunter-Reay e o #29 pilotado por James Hinchcliffe tem contratos vencendo no fim desse ano, e o desempenho de ambos os pilotos vem bem abaixo do esperado essa temporada. Isso numa equipe como a Andretti Autosport, que tem uma das vagas mais visadas da Indy, gera um grande problema para os dois, e uma grande fila para ocupar essas vagas. 


Além disso, tem o desejo eterno de Michael Andretti, que quer alinhar um quinto carro em temporada completa para a equipe. Esse desejo vem um pouco complicado pelo apoio técnico dado a Meyer Shank Racing, que acaba usando muito dos estrategistas e pessoal da equipe que poderia ser usado em um quinto carro.


O #28 tem grandes possibilidades de permanecer com o patrocínio completo da DHL, que já está bastante ligada não só a Andretti mas a Indy toda em si. Já o #29 tem o apoio da Genesys e da Capstone, mas a principal fonte de dinheiro e George Steinbrenner IV, um dos sócios do carro e que banca gande parte da estrutura. Assim, uma das vagas tem patrocínio completo e a outr atem patrocínio praticamente completo.


A fila de pilotos interessados é imensa. Vai desde os pilotos da própria Andretti na Indy Lights, como Kyle Kirkwood (que briga pelo título) e Delvin de Francesco (que tem grande amizade com os Steinbrenner e os Andretti), a pilotos oriundos da Europa como Alexander Albon e Antonio Félix da Costa; mas a maioria são de pilotos que estão na categoria de alguma forma mas aspiram voos mais altos, como Romain Grosjean, Oliver Askew, Santino Ferrucci, Jack Harvey e Dalton Kellett.


Essas são as principais vagas a serem confirmadas por enquanto, e muito da dança das cadeiras da Indy só vai continuar se e quando essas duas (talvez três) vagas forem completadas.


Arrow McLaren SP -  A equipe mediana que está na crista da onda nesse momento. Ela também está quase toda acertada para o ano que vem, com PAto O'Ward no #5 e Félix Rosenqvist no #7. Mas existem dois pontos a se destacar na McLaren.


O primeiro é o rumor de um terceiro carro. A Racer reportou que a McLaren vem cada vez mais contratando pessoas, o que muitas vezes reflete ao menos a intenção de um terceiro carro. Isso, aliado a um bom ano para tentativas de carros extras, pois esse é o último ano do DW-12 e dos motores como conhecemos e eles serão modificados em 2023, fazendo com que eles sejam mais baratos esse ano, faz com que o momento seja agora para se ter uma equipe maior.


O segundo ponto é a incerteza cad vez maior que vem se tendo dos contratos da Arrow McLaren SP. Em conjunto com outras circunstâncias, contratos com pilotos já foram quebrados ou não renovados mais de uma vez com pilotos. E isso, aliado ao grande sucesso recente de Pato O'Ward que pode migrar para uma Penske ou Ganassi quando essas tiverem umas vagas ou aos resultados não tão bons assim de Rosenqvist esse ano e a concussão que ele teve durante a temporada, podem fazer com que ainda haja mudança mesmo sem o terceiro carro na equipe.


Assim, existem algumas pessoas sendo ventiladas para essas possíveis vagas. A primeira é a possível saída de Simon Pagenaud e uma possível entrada dele na Arrow McLaren SP, o que é consideravelmente improvável; e também que ela seja a nova casa de Jack Harvey, que tem um bocado de patrocínio pessoal e ótimos desempenhos esse ano.


Meyer Shank Racing - A equipe de Meyer Shank tem um carro competamente acertado para a temporada que vem com o brasileiro tetracampeão das 500 milhas de Indianápolis Hélio Castroneves no #06. 


A equipe vem se estruturando para receber um segundo carro em temporada completa, necessitando de uma expansão de equipe e muito mais gente dedicada a Fórmula Indy. Assim, pilotos que já tenham ligações com algumas pessoas dentro de equipes bem como algum patrocínio pessoal seriam bem-vindas para substituir Jack Harvey.


As pessoas que se encaixariam muito bem nessa lista seriam Ryan Hunter-Reay e James Hinchcliffe, que podem sair da Andretti, Romain Grosjean e Sebastien Bourdais, que podem sair de uma equipe menor para uma euqipe mediana caso acordos com equipes maiores não sejam frutíferos e Simon Pagenaud no caso pouco provável de ele sair da Penske. Correndo por fora tem sempre o campeão da Lights entre os três que disputam o título e Oliver Askew, mas esses parecem ter menos prioridades que os quatro acima mencionados.


Rahal Letterman Lanigan Racing - A equipe de Bobby Rahal tem e pelo jeito terá sempre Graham Rahal no #15, com as incertezas pairando principalmente no #30 de Takuma Sato. O japonês já vem com mais idade (completará 45 anos no início do ano que vem) e vem cada vez mais pensando em se dedicar a família e filhos. Sendo assim é provável que Sato desista de fazer a temporada completa, tendo em vista que seus patrocínios pessoais o garantem tranquilamente para correr em Indianápolis e mais provas esporádicas com ele ocupando um carro extra na equipe enquanto outro carro faz a temporada completa.


Mas, estando Sato propenso a fazer a temporada completa ou não, a RLL Racing vem mais perto do que nunca do seu sonhado terceiro carro. Almejado desde 2017, quandoa equipe conseguiu expandir para dois carros, Bobby Rahal diz abertamente que deseja um terceiro carro em temporada completa, mas lhe falta o dinheiro necessário para isso.


A ligação cada vez maior com Santino Ferrucci (que tem seus patrocínios pessoais) e a HyVee podem finalmente dar esse ponta pé para o #45 sesr realidade em temporada completa. Pilotos que estão sempre brigando por todas as vagas em equipes médias, como Jack Harvey e Oliver Askew, também são cogitados, mas correm por fora.


Ed Carpenter Racing - A equipe de Ed Carpenter e Tony George é um pouquinho diferente mas vem muito sólida durante os anos. 2022 não deve ser diferente, com VeeKay ainda não garantido mas sem muito motivo para o acerto não se repetir, já que os patrocínios estão dispostos a continuar e os resultados do holandês estão bons e sendo uma das poucas coisas que vem segurando a Ed Carpenter Racing no status de equipe mediana.


No #20 Ed Carpenter confirmou que continuará correndo nos ovais e a maior probabilidade é Conor Daly muito permanecee nos mistos correndo pelo #20. Isso porque o patrocínio da Força Aérea Americana geralmente abrange todas as corridas com o Carpenter e o Daly. Mas, ultimamente vem sendo ventilado o nome de Nico Hulkenberg, ele pode fazer apenas os mistos na Fórmula Indy e não se sabe a situação de patrocínios pessoais do alemão, assim, uma vaga pra mistos que praticamente não precisa de patrocínio o #20 é uma escolha mais óbvia.


Existe a possibilidade de Daly correr a temporada completa pela Carpenter, com Ed correndo em um terceiro carro, mas depende a expansão de patrocinadores pontuais, como a Mannkind, o que é bem difícil.


Dale Coyne, AJ Foyt, Carlin e Juncos - São as equipes menores do grid, então normalmente elas são as últimas a acertarem os pilotos para seus carros. Por esse motivo está tudo meio incerto pelas bandas das equipes de AJ e Larry Foyt, Dale Coyne e Trevor Carlin.


A Dale Coyne parece cada vez mais alinhada com a Rick Ware Racing e menos alinhada com a Vasser Sullivan, que pode sair do apoio do carro #18 e de Ed Jones. Romain Grosjean é ventilado como possível piloto em tantas equipes diferentes que parece improvável ele permanecer na equipe e, assim, tudo ainda está muito incerto na equipe.


A Foyt não é diferente. Larry Foyt afirmou que pretende continuar com dois carros em temporada completa e que pretende manter Sebastien Bourdais, mas falou que é muito cedo afirmar qualquer coisa. Tatiana Calderón tem o mesmo patrocínio pessoal que o francês e até mesmo testou no mesmo carro, indicando que pode haver uma substituição na equipe. Ainda não se sabe se Dalton Kellett manterá o patrocínio da empresa de seu pai no #4, e se ele não conseugir ele estará praticamente fora do carro.


A Juncos Racing recentemente acertou com a Hollinger como parceira a fim de fazer as últimas etapas desse ano e a temporada completa do ano que vem. Por ser uma equipe praticamente nova e ainda não tão estruturada assim, além de não se saber por enquanto qual a extensão do apoio financeiro da Hollinger na Juncos, o futuro de qual piloto entrará na equipe argentina é bem incerto.


E a Carlin tem os mesmos planos de pré-temporada a muito tempo. Quer manter o #59 com Chilton nos mistos e algum outro piloto nos ovais, além de querer alinhar um segundo carro, mas seria completamente pago por um piloto pagante, e está bem difícil achar alguém que o faria dado o estado da equipe atualmente.


Novas equipes - Equipes fazendo a temporada completa são mais difíceis de rastrear, mas existem algumas que vira e mexe podem aparecer. A Top Gun Racing vem despontando como a principal favorita a ser a nova equipe a fazer temporada completa, com RC Enerson ao volante e patrocinando praticamente tudo. 


A DragonSpeed ainda parece um bocado desestruturada devido a pandemia mundial, e a Dreyer & Reinbold parece ter sumido quase que completamente do radar, focando principalmente nas 500 milhas de Indianápolis.


E.. Bem, esse é o início da dança das cadeiras na Indy. Todas as confirmações a gente sempre traz aqui no nosso site. Até mais!!

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