O americano da Juncos Racing conquistou o título da temporada 2020 da Indy Pro 2000 e consegue bolsa para disputar a Indy Lights no ano que vem.
Coloquei essa imagem feita pelo site da Indy Pro 2000 de capa porque achei ela toscamente linda. |
A temporada 2020 da Indy Pro 2000 a segunda depois de uma série de mudanças na categoria, chegou ao fim em St.Petersburg e coroou Sting Ray Robb como seu campeão.
Ele, na verdade se sagrou campeão de forma antecipada na etapa anterior, em New Jersey, quando conseguiu uma vitória e mais dois pódios na rodada tripla realizada no Thunderbolt Raceway enquanto seu grande rival na temporada desse ano, o piloto da Andretti Steinbrener, Delvin de Francesco, conseguiu apenas uma vitória. Esses resultados deram a Robb uma diferença de 78 pontos no campeonato e, faltando duas provas e 66 pontos a serem disputados até o fim da temporada, ele conquistou matematicamente o título.
Robb fazia parte de uma série de pilotos que eram favoritos ao título da Indy Pro 2000 esse ano que, apesar do pequeno grid de doze a catorze carros, tinha, no mínimo, cinco favoritos ao título.
Entre os favoritos, tínhamos o eterno Parker Thompson que sempre mostrou habilidade e desempenho em toda sua carreira, mas a falta de dinheiro e o fato de quase sempre bater na trave na questão de títulos o atrapalhava.
O canadense seguiu para seu terceiro ano na Indy Pro 2000 e este, sem dúvida, foi o pior deles, passando pela primeira vez em branco no quesito vitórias e terminando o campeonato na sétima posição, atrás até mesmo de seu companheiro de equipe Manuel Sualimán.
Para Thompson toda pré-temporada é um parto, pois a falta de dinheiro sempre faz com que seus acertos e contratações sejam feitas na última hora, e ano que vem, no caso do piloto seguir na Indy Pro 2000, não será diferente.
Hunter McElrea |
No entanto, a sua equipe, a Pabst Racing, estava estreando na categoria e tanto ele quanto seu companheiro de equipe (Colin Kaminsky) tiveram muitas dificuldades até a metade do campeonato. com isso Hunter McElrea conseguiu bons resultados a partir da etapa de Indianápolis Misto, conquistando cinco pódios e até uma vitória na última corrida do ano em St. Petersburg, conseguiu se juntar no pelotão principal e ficar com o quinto lugar no campeonato, pouca coisa atrás de Artem Petrov.
Danial Frost, terceiro colocado. |
No entanto, ele decidiu isso meio tarde, ele teve de correr pro uma equipe pequena, a Turn 3 Motorsports, e isso fez com que ele ficasse quase sempre no pelotão intermediário
Frost conseguiu alguns destaques durante o ano, conquistando três pódios e a vitória na corrida de abertura em Road America. No fim, o terceiro lugar não foi tão ruim levando em conta as condições e criou uma certa expectativa para a temporada dele na Lights do ano que vem.
Delvin de Francesco (não parece, mas ele tem só 20 anos) |
Um dos favoritos que mais surpreendeu foi o canadense Delvin de Francesco. Ele vinha fazendo carreira na Europa até chegar a FIA Fórmula 3, mas a grana pra subir ainda mais nas categorias de base europeias foi acabando e ele optou por voltar aos EUA. Com o apoio de George Steinbrenner, ele conseguiu fazer a Andretti voltar a Indy Pro 2000 e, como a Andretti tem uma grande estrutura, ele foi automaticamente promovido a favorito ao título, mas era incerto como essa nova adaptação da Europa para os EUA aconteceria.
A primeira metade do campeonato, Delvin de Francesco foi muito bem. Conseguiu manter regularidade na frente e, quando chegou as duas corridas em ovais, ele foi o piloto que conseguiu melhores resultados nelas combinadas e saiu de Gateway como líder do campeonato. Mas o desempenho foi decaindo nas provas finais e, com uma grande sequência de bons resultados de seu principal rival, Sting Ray Robb, o campeonato foi decido com uma etapa de antecedência e o pelotão formado por Danial Frost, Artem Petrov e Hunter McElrea chegou perto na pontuação, mas Delvin conseguiu ainda o vice-campeonato.
Sting Ray Robb e Ricardo Juncos, dono da Juncos Racing. |
Como vimos, Sting Ray Robb foi o grande campeão. O americano de 19 anos está a quatro temporadas na categoria, desde que ela ainda se chamava Pro Mazda e ainda corria com o carro antigo, o SM-02. Para se ter uma ideia, pilotos que hoje estão na fórmula Indy, como Rinus VeeKay e Oliver Askew, e pilotos que estão na fórmula 2 como Felipr Drugovich, correram na categoria um ano depois. Além disso, essa e a temporada anterior ele disputou pela Juncos Racing, a melhor equipe da categoria.
Não me entendam mal, o campeonato de Sting Ray Robb foi impecável devido a principal qualidade dele: a regularidade. Ele está a 22 corridas sem abandonar uma prova, e em toda a sua carreira de mais de 60 provas, abandonou só quatro vezes. Nesse ano, com exceção da primeira prova em Mid-Ohio 1 (sim, houveram dois fins de semana em Mid-Ohio) e da corrida em Lucas Oil, ele terminou todas as provas entre os cinco primeiros. No total foram sete vitórias e onze pódios em quinze corridas, o que lhe rendeu um título com quase cem pontos de diferença para o vice.
Essa grande combinação de regularidade, experiência e bom desempenho da Juncos fizeram com que ele conseguisse finalmente trilhar o caminho até o título depois de quatro anos de espera, para finalmente subir à Indy Lights. Na principal categoria de acesso à Fórmula Indy a experiência e o bom desempenho de equipe (caso ele assine novamente com a Juncos, que não está com grande estrutura para a Lights no ano que vem) passarão a jogar contra Sting Ray Robb, e daí será sua hora de brilhar como piloto. Ou não.
Vale mencionar que esse é o segundo ano seguido sem brasileiros no grid. Essa situação pode mudar ano que vem com a provável entrada de Dudu Barrichello e Kiko Porto, que correm na USF2000 por equipes que também correm na Indy Pro 2000 (Pabst Racing do Dudu e DEForce Racing do Kiko) o que facilita bastante a subida.
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