Conseguindo bater o quarteto da Andretti Autoport, o sueco vice-campeão da Indy Pro 2000 conseguiu levar a HMD Motorsports ao topo no último teste coletivo do mundo da Indy em 2019.
Sim, não foi um carro da Andretti que fez o melhor tempo.
Como última atividade do mundo Indy de 2019, a Indy Lights fez um último teste coletivo nessa semana, no traçado norte do Sebring Raceway. Foram dois dias de treinos, com duas sessões de uma hora pela manhã e uma sessão de duas horas na tarde do dia 11 de dezembro; além de duas sessões de uma hora, uma pela manhã e outra pela tarde do dia 12.

Nesse teste houveram nove carros e pilotos presentes. A Andretti Autosport retornou a se um quarteto, onde tivemos a presença de Robert Megennis, já confirmado para seu segundo ano na Indy Lights e seu sexto ano no Road to Indy; o campeão da Indy Pro 2000 esse ano, Kyle Kirkwood, e o quinto colocado, Danial Frost; e o francês Tristan Charpentier, que disputou a F3 Britânica em 2018. A HMD Motorsports, ex-BN Racing, optou por dar umas férias para seu piloto confirmado, David Malukas, e decidiu vir forte com o vice-campeão da Indy Pro 2000, o sueco Rasmus Lindh, em parceria com o décimo colocado do mesmo campeonato, Antonio Serravale. A Belardi Auto Racing veio com um carro único para Flinn Lazier, filho de Buddy Lazier e que ficou em sexto lugar na F-Atlantic esse ano.

Jay Howard estreando na Indy Lights.
Também tivemos a presença de duas equipes estreantes. A Exclusive Autosport, que é presença constante nas categorias menores do Road to Indy desde o ano passado, vem ensaiando seus primeiros passos na Indy Lights tendo a bordo Nikita Lastochkin, que fez três tempradas na Indy Pro 2000 e cinco no Road to Indy mas sem muito sucesso. E a Jay Howard Driver Development, que estreou esse ano na USF2000 e já corre na F4 USA desde sua inauguração, estreou direto na Indy Lights tendo ao seu volante Christian Bogle, que também estrou na USF2000 e não foi muito bem, mas já renovou para correr na USF2000 pela própria Jay Howard. 

As duas equipes vem, na verdade, com pilotos que não são muitos esperados para competir na Indy Lights em 2020, sendo pilotos já da casa que provavelmente disputarão em categorias menores. Mas, para uma equipe estreante perder um teste logo em sua estreia é um mau negócio e, assim, todas as duas que pretendem entrar no ano que vem na Indy Lights, mesmo sem piloto anunciado, correram no teste.

Aliás, falando em faltar em teste, a Juncos Racing não apareceu neste, bem como não apareceu também no Chris Griffis Memorial Test, em outubro. A equipe de Ricardo Juncos vem com uma grande dificuldade financeira nos últimos anos, sendo que nesse ano alinhou um carro para Rinus VeeKay (que tinha grande patrocínio pessoal mais o prêmio por ser campeão da Pro Mazda) e Dalton Kellett e seu caminhão de dinheiro oriundo da K-Line. Por enquanto, nenhuma notícia.


A Andretti Autosport dominou o primeiro dia, com Megennis e toda sua experiência em Indy Lights liderando a primeira sessão, a nova sensação Kirkwood liderando a segunda hora do teste e a surpresa Danial Frost liderando o treino maior, de duas horas. O segundo dia se encaminhava para mais um domínio Andretti, mas choveu bastante durante a noite e, com o tempo mais frio, Rasmus Lindh e a HMD surpreenderam, dominaram o segundo dia e fizeram o melhor tempo do teste, sendo os únicos a baixar de 56 segundos no tempo de volta.

Nikita LAstochkin estreando com a Exclusive na Lights.
Isso mostra o quanto o sueco vem forte para a temporada. Espera-se que ele consiga entrar na Juncos Racing mas, como dito anteriormente, a equipe vive bastante dificuldades e talvez Lindh tenha de se contentar com a HMD que, com a nova reformulação que vem fazendo desde agosto desse ano, vem em ascensão. Talvez seja o suficiente para superar a esquadra da Andretti, talvez não.

Andretti essa que, apesar de não fazer o melhor tempo do teste, mostrou um domínio gigantesco no primeiro dia, que são condições mais normais dos fins de semana da Indy Lights. Com uma esquadra fortíssima que combina a experiência de Megennis (já confirmado pra segunda temporada e o único desse teste que tinha pilotado um carro da Lights antes), com o talento de Kirkwood (que ganhou todos os últimos quatro campeonatos que disputou e tem a premiação por ser campeão da Indy Pro 2000) e a ascensão de Frost (que é ótimo piloto e chegou muito bem no campeonato da Indy Pro 2000 com o carro mediano da Exclusive Autosport), é um trio d egrande respeito.

No mais, os outros pilotos/carros tendem a formar o pelotão intermediário da categoria. Antonio Serravale e Flinn Lazier tem um longo caminho a percorrer no Road to Indy para buscarem ser mais competitivos, enquanto as próprias Exclusive Autosport e Jay Howard buscavam mais ganhar quilometragem e experiência com a categoria e o chassi.

E, assim, terminamos o ano na Indy Lights. A perspectiva de novas equipes é ótimo e, com o tempo, vamos vendo o grid se completando e ver se conseguimos chegar a, pelo menos, dez ou doze carros. Ainda há grande apreensão na possível saída da Juncos Racing, mas há a grande possibilidade de ascensão da HMD a postulante as vitórias e títulos junto com a Andretti Autosport1

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