Seguindo nossa tradição de final de ano, a postagem das batidas mais icônicas do ano que está quase passando vem à tona. Quais as batida mais icônicas de 2017?
Essa, ao nosso ver, foi a batida mais icônica de 2016, qual será a desse ano??
A temporada que acabou em setembro teve mais ação, ultrapassagens e, consequentemente, mais batidas do que na temporada passada. Assim, não foi necessário eu buscar vídeos obscuros para fazer posições sem sentido apenas para a postagem ter o tamanho que eu quero. Consegui selecionar dez boas batidas e duas mais ou menos, para totalizar doze. Porque sim.

Abaixo está o ranking:

12º: Bourdais e seu novo patrocinador em Barber.

Começamos com as batidas mais ou menos. A 12ª batida desse ranking nem é uma batida per se, foi apenas um detalhe curioso. No primeiro treino livre em Barber, Sebastien Bourdais não freou corretamente na curva um, errou a saída dela e atravessou a área de escape interna da curva dois, levando consigo uma das placas de publicidade da pista.

Acho que esse foi o único momento que a Dale Coyne teve dois patrocínios no #18 nesse século.


11º: A típica batida durante o pit stop (Hinchcliffe x Hélio x Sato, Texas)

É um "movimento" já típico da Indy. Nasceu na IRL, com um monte de carros fazendo suas paradas nos boxes e, com os carros parando e andando bem próximos, toques e batidas ocorrem. O maior desse tipo de acidente em 2017 aconteceu no Texas, quando Hinchcliffe derrapou demais na saída de seus boxes e acabou tocando em hélio, que bateu em Sato.

Essa não será a única vez que Hinchcliffe, Hélio, Sato ou a corrida do Texas aparecerão nesse Top X.


10º: A estranha batida durante o pit stop (Newgarden x Bourdais e Kanaan, Watkins Glen)

A batida acima são as normais em pits: acelerar demais com pneus frios e rodar rumo alguém. Mas, em décimo lugar, temos uma batida estranha que ocorreu na saída dos pits. Estávamos (na verdade os pilotos estavam, nem eu nem você estávamos lá, infelizmente) em Watkins Glen, estava frio e os pilotos tinham dificuldades em manter os pneus com a temperatura certa; entretanto isso não é desculpa para fazer o que Newgarden fez na última parada da corrida, ainda mais quando se estava na liderança do campeonato.


9º: O duelo de Rossi x Kanaan (Texas e Road America)

Esse, aparentemente foi o duelo do ano no quesito batidas. Tony Kanaan estava aprontando todas na corrida do Texas esse ano, e começou com ele e Scott Dixon fazendo um sanduíche de Alexander Rossi. Dixon e Rossi seguiam lado a lado disputando posição, quando Tony emparelha por cima e faz um 3-wide na reta oposta. Os três permanecem lado a lado até a curva três, quando o brasileiro desce um pouco para a linha do meio e acaba tocando em Rossi, que vai para o muro e abandona. Sim, Rossi ficou meio puto com o movimento feito pelo bom baiano, mas vida que segue... ou não.




Na corrida seguinte Rossi e Tony disputavam posição em Road America. Quando o americano deu uma escorregada no Carrosse,l Tony tentou se posicionar por dentro, mas Rossi deu uma leve fechada e ambos se tocaram, com a asa dianteira do brasileiro que se quebrando e indo parar no muro na curva seguinte (na the Kink, a curva mais perigosa do circuito). Parece um payback? Pra mim sim, de leve mas sim:




Tony ficou meio puto, mas vida que segue.


Mas chega de batidas leves, vamos para as mais fortes, e houveram tantas esse ano que até conseguimos fazer um

Big One Festival 2017:

8º: Sato sendo Sato (Sato x Dixon x Daly x Chilton, Texas)

O povo já não estava muito normal no Texas, faltando cinco voltas pro fim então... Power e Dixon vinham brigando pela ponta, com Sato e Tony logo atrás, só esperando algum dos dois vacilar. Sato não tem o feitio de esperar e partiu para cima dos dois, fazendo de tudo para se encaixar entre os dois pilotos da Oceania. Numa dessas tentativas, o japonês voador acabou pisando na grama da dogleg, rodou e acertou Dixon. Daly e Chilton não conseguiram desviar dos carros descontrolados e acabaram envolvidos na batida. Como haviam apenas doze carros competindo aquela altura na prova, considero isso um big one.


7º: Largada de Phoenix

A primeira volta da primeira corrida da Indy nesse ano em um oval teve um big one. Mikhail Aleshin (tava demorando para ele aparecer nesse top X) rodou sozinho depois de Dixon passar por ele, rodou e acabou acertando Sebastien Bourdais. Marco Andreti estava logo atras, e rodou ao ver o carro de Aleshin batido. Chilton fez a mesma coisa. Rahal tentou desviar de todo mundo pelo meio da pista, mas a traseira do carro de Chilton o acertou. Big One.


6º: O típico big onde da Indy 500

Dezessete voltas pro fim das 500 milhas de Indianápolis faz com que a corrida se torne terra de ninguém. Oriol Servià e James Davison vinham lado a lado, quando Davison abaixau um pouco seu carro para a linha de dentro, com sua roda traseira direita sendo tocado pela dianteira esquerda de Servià e ambos vão para o muro. Pouco atrás, Hinchcliffe tira o pé para desviar do acidente, mas Will Power não desacelera muito e acaba acertando o canadense, enquanto Newgarden faz o movimento Max Chilton de desviar de acidentes em ovais e acaba rodando sozinho.

Palmas para Tony Kanaan, que estava em um 3-wide com Davison e Servià na entrada da curva um, mas desacelerou e evitou de se envolver nessa batida.


5º: o outro Big one do Texas

Saudades do Texas. Kanaan, que estava com o capeta no corpo, estava no lado de dentro enquanto Hinchcliffe estava no lado de fora. Na reta oposta, o bom baiano desce para próximo da linha branca e Hinchcliffe o acompanha, mas quando Tony sobe novamente para fazer a tomada da curva Hinchcliffe não tem como acompanhar, pois Aleshin havia emparelhado e feito um 3-wide. Hinchcliffe tem seu carro tocado pelos dois pilotos e roda, tocando Davison, que toca Aleshin. Pouco atrás, Vautier e Muñoz veem o acidente em sua frente e diminuem a velocidade, mas JR Hildebrand não o faz e os três se tocam. Mais atrás ainda, Ed Carpenter vê a ruma de carros batendo a sua frente e desacelera, Ryan Hunter-Reay não faz o mesmo, passa por Dixon mas não passa pela asa de Carpenter e ambos vão para o muto também.





Esse foi o Big One Festival de 2017, mas tivemos alguns acidentes mais perigosos que Big ones esse ano, e eles foram:

4º: é muito estranho a batida mais tensa em um misto acontecer em Mid-Ohio (Spencer Pigot)

Essa batida foi mais forte do que parece. Durante o Warm-Up da Lexington 200 em Mid-Ohio, Spencer Pigot cometeu a pior sequência de erros nesse esporte chamado automobilismo: subiu um pouco na zebra da última curva, fazendo com que ele perdesse um pouco a frente de seu carro e, quando foi corrigir virando para o outro lado, seu carro guinou e bateu em seco no muro externo da reta principal. Sorte dele que essa sequência de erros foi cometida em Mid-Ohio, um circuito lento por natureza.


3º: Bourdais nos treinos da Indy 500

Sebastien Bourdais fez essa mesma sequência de erros quando perdeu a traseira de seu carro no primeiro dia de treinos classificatórios para a Indy 500, e veja o resultado:


2º: Carpenter subindo no carro do Power (Gateway)

No último oval do ano tivemos um acidente bem complicado. Logo na largada, Josef Newgarden consegue grande velocidade e quando entra na frente de Will Power, o australiano pega toda a turbulência do americano e acaba rodando. Paralelamente, Carpenter consegue, na curva dois, colocar por dentro de Sato, mas ninguém avisou isso para o japonês e ambos acabam se tocando.

O grande problema foi que a traseira do carro de Carpenter acertou em cheio o carro de Power e a sorte do australiano é que o carro #20 não atingiu a dianteira, mas pegou um pouco do lado no #12 e nenhum pedaço do carro de Carpenter acertou Power.  


1º: Howard, Dixon e Hélio, Indy 500.

Jay Howard, em último, três voltas atrás do líder, acaba ficando por cima enquanto leva volta de Ryan Hunter-reay, vai para a parte suja da pista e toca o muro na saída da curva um. Tony Kanaan, que estava logo atrás, consegue desviar, mas Scott Dixon, o próximo na linha, não teve a mesma sorte

:(




É meio bizarro, mas é com esse momento assustador que o Indy Center Brasil termina 2017. Aguardamos vocês em 2018!!

Um comentário:

  1. The Kink é a Tamburello das Américas. Se Road America participasse da F1, com certeza iam utilizar a variante Bend no lugar da Kink e iam matar a melhor parte do circuito. Pois a The Kink tem outra semelhança com a Tamburello: Problemas pra afastar o muro e aumentar a área de escape. Se no caso da Tamburello foi por causa um Rio, no caso da Kink é por causa de uma Ferrovia que tem poucos metros atrás da curva. Road America é na minha opinião o segundo melhor circuito do mundo depois de Spa Francorchamps. Mas se fosse pra participar da F1 sem The Kink, é melhor infelizmente nem participar. É osso! :-(

    ResponderExcluir