O brasileiro da Carlin ressurgiu das cinzas de um fim de semana complicado e venceu sua segunda prova em ovais desse ano.
Treino classificatório
A classificação aconteceu no domingo de manhã e, como é de praxe nos treino classificatórios em ovais, eles são uma cópia dos treinos da fórmula Indy: cada piloto vai sozinho para a pista e dá duas voltas, onde a média de velocidade das duas voltas é usada para definir o grid.
Nesse treino a Carlin não tinha mais o domínio mostrado no dia anterior, e isso foi mostradologo no começo, com Colton Herta, da Andretti, fazendo a melhor volta do fim de semana sendo o quarto a ir para a pista. Pouco depos de Herta, Zachary Claman de Melo fez o segundo melhor tempo e pouco antes de Herta, Kyle Kaiser fez o terceiro melhor tempo do treino. Como os tempos e as velocidades estavam muito próximas, isso comprova que as saídas no começo foram melhores que as do final da sessão.
Matheus Leist foi um dos últimos a sair para sua tomada de tempo, acabou um pouco prejudicado pelas condições da pista e do tempo, fazendo apenas o 10º tempo.
Mazda Indy 100 presented by Cooper Tires
A largada foi tranquila e sem incidentes, onde Colton Herta conseguiu manter a liderança, enquanto Kyle Kaiser ultrapassava Zachary Claman de Melo e assumia o segundo lugar. Os três, junco com Ryan Norman e Dalton Kellett formavam o pelotão da frente na prova.
Mais atrás, Matheus Leist passou Nicolas Dapero e Garth Rickards nas primeiras voltas, e partiu para disputar posição com Neil Alberico e Nico Jamin no pelotão intermediário. Pouco depois, Santiago Urrutia e Aaron Telitz se juntaram nesse pelotão, deixando dapero, Shelby Blackstock, Rickards e Juan Piedrahita no pelotão da tristeza.
Mais a frente, Herta começava a abrir um pouco de diferença para Kaiser, enquanto ele e De Melo brigavam pelo segundo lugar. Ryan Norman foi ultrapassado por Dalton Kellett e, aos poucos ia caindo na prova.
As corridas em oval curto da Indy Lights tem característica parecida com uma maratona. Os carros que possuem acertos melhores vão se desstacando e formando um pelotão de ponta que, aos poucos, devido ao desgaste de pneus e diminuição do peso, vão caindo um por um até sobrar um ou dois que brigam pela vitória no fim da prova. Igualzinho a uma maratona.
Eu achava que iria ser mais uma corrida no estilo maratona. |
Mas aí veio a bandeira amarela, quando Garth Rickards mostrou toda sua habilidade em oval e rodou sozinho na curva dois da 22ª volta. Não se sabe o motivo do americano abandonar, tendo em vista que ele não bateu no muro ou em outros carros, mas abandonou mesmo assim após mais cinco voltas de prova.
A relargada veio na volta 27 (de 100 previstas). Foi aí que Leist começou a brilhar. Uma volta antes da bandeira amarela, o brasileiro conseguiu ultrapassar Neil Alberico por fora, e essa ultrapassagem não valeu apenas a sétima posição na prova, mas também a experiência de Leist saber que, quando seu carro está muito bem acertado e os pneus ainda estão bons, você consegue usar a linha de fora e ganhar velocidade.
Assim, na relargada, Herta manteve-se a frente de Kaiser, e Kellett ultrapassava De Melo pelo quarto lugar, mas mais atrás Leist passava Norman e Jamin nas curvas um e três, respectivamente. Na volta seguite, a vítima foi De melo, e Kellett foi superado na volta 29. Kaiser foi ultrapassado pelo brasileiro na volta 30 e Leist assumiu a liderança da prova na volta 31. todas as ultrapassagens realizadas pela segunda linha, que poucos ousavam usar até mesmo para ultrapassagens.
Mas Matheus Leist dominou sem dó. |
Um desses poucos era Santiago Urrutia. O uruguaio tinha o carro bem acertado, mas ainda inferior ao ritmo mostrado por Leist. Por esse motivo ele demorou mais para escalar do nono para o segundo lugar, mas isso aconteceu quando Urrutia passou Colton Herta, na volta 39. Entretanto, o Uruguaio já estava quase seis segundos atrás de Leist a essa altura.
Bem, aí acabou a corrida. Herta, Kellett, Kaiser e De Melo formavam o comboio no estilo maratona, onde os quatro se mantinham a menos de um segundo do outro e sem correr grandes riscos. No fim, Dalton Kellett conseguiu manter o bom ritmo perante Herta, Kaiser e De Melo, completando a corrida na terceira posição. O primeir lugar entre os mortais.
A um ano-luz de distância, Urrutia chegou mais próximo de Leist quando este segurou o seu ritmo de prova, a fim de não degradar completamente seus pneus. Nisso, a diferença que era de seis segundos e meio na volta 40 caiu para pouco menos de quatro segundos na volta 50. Entretanto, os pneus de Urrutia começaram a degradar mais rapidamente (esse é o calcanhar de Aquiles da Belardi) e ambos começaram a andar um pouco mais lentos em seu ritmo.
Mesmo assim, ambos conseguiram terminar a prova mais de meia volta a frente do pole, Colton Herta, com Urrutia terminando em segundo e Matheus Leist vencendo!
Resultados e pódio. Acho que eles tiraram essa foto umas seis vezes, só mudando o boné. |
Agora, com a vitória de Leist e o quinto lugar de Kaiser, a diferença no campeonato caiu para apenas treze pontos (216 para Kaiser, 203 para Leist). Mais atrás vem Colton Herta, com 181 pontos.
A próxima etapa acontece já nesse fim de semana, com uma rodada dupla em Toronto. Até lá!!
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