Na última sexta-feira e sábado (10 e 11 de fevereiro) a IndyCar se reuniu com seus 21 pilotos para o maior teste coletivo da pré-temporada, no oval de Phoenix, em Avondale, no Arizona.

Simon Pagenaud ostentando agora o #1. Foto: IndyCar

Foram ao todo 5.127 voltas dadas em quatro sessões, sendo duas à tarde e duas à noite, sendo as noturnas já com as configurações de corrida sendo utilizadas. 

Este teste serviu também para os pilotos e equipes apresentarem as pinturas de seus carros para a temporada de 2017 e tirarem muitas fotos. Com exceção de Dixon, que apresentou um carro e um macacão com o patrocínio do leite de Indianapolis (imagem), e Aleshin, que se apresentou com um carro totalmente preto a lá Darth Vader, com alguns detalhes em vermelho. No geral, o que se viu foi um equilíbrio bem grande em todas as sessões, com a Chevrolet se sobressaindo nos testes diurnos e a Honda nos noturnos. Lembrando que a corrida será disputada no horário noturno, no final do mês de abril no oval localizado no deserto do Arizona. Josef Newgarden, agora na Penske, chegou chegando e foi o mais rápido na primeira sessão, quando a maioria dos mecânicos e pilotos ainda estavam se aquecendo e buscando o melhor acerto.

Ao todo, 14 pilotos terminaram a primeira sessão separados por aproximadamente meio segundo de diferença. Will Power e Carlos Munõz, agora dirigindo o lendário #14 da Foyt, foram os que mais deram voltas na pista: 61 e 64 voltas no total, respectivamente. Alexander Rossi, da Andretti, foi o melhor Honda qualificado, na quinta posição. Agora, para essa primeira sessão não terminar tão sem graça, mostraremos um vídeo engraçadinho do Hinchcliffe e do Rossi desperdiçando litros e litros de leite:


O resultado da primeira sessão foi este:


Na segunda sessão, disputada entre às 22h e 1h no horário infernal de verão do Brasil, como dito anteriormente, os carros equipados com motor e aerokit Honda se sobressaíram aos Chevrolet, talvez devido à queda na temperatura e alguns acertos diferentes, já visando a corrida mesmo. MARCO ANDRETTI E GRAHAM RAHAL (!!!), foram os mais rápidos na segunda sessão, Takuma Sato, agora na Andretti, foi o terceiro, Dixon em quarto, Bourdais em quinto e Kimball em sexto. O melhor Chevy foi o #21 de JR Hildebrand, em sétimo. Por algum motivo não relatado, Alexander Rossi e Ryan Hunter-Reay trocaram de carros e treinaram um no carro do outro, além de seus próprios carros. Ao todo, das 23 posições registradas, 20 andaram dentro do mesmo segundo, separados novamente por apenas meio segundo, aproximadamente. Apenas Conor Daly, Ed Jones e Mikhail Aleshin não chegaram na marca dos 19 segundos.

Nem o próprio Marco entendeu como ele foi parar em primeiro. Foto: IndyCar.

"É sempre encorajador ver o seu nome no topo. Ainda é cedo, mas foi um bom começo", disse Andretti. "O que gostei foi que, você sempre fica feliz com o resultado, mas alcançamos isso pensando apenas no carro, e não prioritariamente em chegar lá. Nós apenas nos concentramos em fazer o nosso trabalho e maximizar tudo o que pudermos, e acabamos tudo bem". Complementou o americano da Andretti Autosport.

Durante a segunda sessão, foi anunciado que a USAC Silver Crown Series fará um evento de seu calendário como preliminar da corrida da Indy em Phoenix, no final de abril. É a primeira vez em anos que há uma reaproximação entre a USAC e a IndyCar. Espero que isso ocorra mais vezes, inclusive com jovens pilotos fazendo a tradicional ponte entre as duas categorias.

Os resultados deste segundo teste estão no print abaixo:


No sábado, na terceira sessão, os portões do Phoenix International Raceway foam abertos ao público e tivemos finalmente o batismo de Alexander Rossi nos muros de um oval. Demorou, mas finalmente aconteceu:



“Eu não sei exatamente o que aconteceu, o carro de repente ficou solto e quebrou”, disse o piloto da Andretti Autosport. "O carro estava muito bom quando entrou na curva 1, e então eu desci para a linha de baixo e perdi o controle da traseira do carro”. Relatou Rossi.

“O carro foi ótimo nesse fim de semana até o momento da batida e estou muito feliz com o progresso que tivemos até o incidente. Sobre ele, foi melhor tê-lo feito agora do que em uma qualificação ou na corrida”, completou o americano vencedor das 500 milhas de Indianapolis do ano passado.

Sobre a sessão, JR Hildebrand, com um visual Jimmy Vasser versão Nutella (imagem), foi o mais rápido e estabeleceu, assim, a volta mais rápida de todo o teste em Phoenix: 0:19.041, sendo esse tempo melhor do que a pole de Helio Castroneves na edição de 2016. O seu companheiro e chefe de equipe, Ed Carpenter, foi o segundo colocado, com a trinca Penskeana Newgarden, Castroneves e Will Power completando o top 5. O melhor Honda nessa sessão foi o russo doidão Mikhail Aleshin, da SPM com o seu carro totalmente negro. Dos 21 carros, 19 estiveram no mesmo segundo, mais uma vez mostrando que as coisas estão bem mais equilibradas para esse ano. "Eu gosto de ovais curtos, eles são realmente desafiadores em sua essência", disse Hildebrand, que nunca havia dirigido em Phoenix com o aerokit de oval curto, apenas em um treino livre substituindo Newgraden em Iowa, no ano passado. "Foi uma sorte eu poder ter um mínimo de conhecimento sobre Iowa e poder aplica-lo desta vez em Phoenix. E isso me deu um pouco mais de conhecimento sobre o aerokit de oval curto agora que poderei correr durante toda a temporada". Completou o americano.

Os tempos você confere na imagem logo abaixo:


A última sessão, a segunda noturna, veio e novamente tivemos um Honda no topo. Desta vez, Ryan Hunter-Reay foi o piloto mais rápido, com Sébastien Bourdais, Marco Andretti, Max Chilton e Takuma Sato no top 5 da Honda. Carlos Muñoz foi o mais rápido da Chevrolet nesta última sessão, que também contou com outros incidentes na pista, com Newgarden e Bourdais chegando a se tocar, mas sem maiores problemas. JR Hildebrand batendo na curva 4 (kkkkkkkkkk), faltando cerca de 30 minutos pro fim da prática, e Takuma Sato também batendo na curva 2 (imagem). Graham Rahal também chegou a perder o controle de seu carro, mas sem maiores problemas. 

No Gif abaixo você confere a batida de Hildebrand, que com certeza deve ter se lembrado de uma certa corrida que esteve pra ganhar em 2011, mesmo que apenas por uma fração de segundo:



Dessa fez, 17 dos 21 carros que treinaram, andaram no mesmo segundo. A primeira conclusão é de que, aos menos nos ovais, o equilíbrio será a marca da temporada de 2017, que conta com os aerokits de Honda e Chevrolet congelados.

Os tempos da quarta sessão você confere na imagem que se encontra logo abaixo:


E os tempos combinados das quatro sessões você confere aqui:


Os pilotos agora se reunirão apenas em 10-12 de março, para o Firestone Grand Prix os St. Petersburg, primeira etapa da temporada 2017 da IndyCar. O Grand Prix of Phoenix será a quarta etapa do campeonato e ocorrerá num sábado à noite, em 29 de abril.

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