A equipe de Kevin Kalkhoven, Jimmy Vasser e James Sullivan vem passando por uma série de mudanças que envolvem a Carlin, novas estruturas e, quem sabe, até duas equipes e Nelsinho Piquet.
Sullivan, Bourdais, Kalkhoven e Vasser.
O ambiente nas paragens da KVSH Racing vem passando por constante mudança desde o fim da temporada desse ano. A equipe que, em 2016, teve três donos, dois engenheiros e um carro não sabe como entrará a temporada do ano que vem.

A primeira decisão por trás das mudanças vem por meio de Kalkhoven, que desejava reduzir consideravelmente seus investimentos na Indy. Essa redução dos investimentos de Kevin veio desde 2014, quando Sebástian Saavedra assumiu o segundo carro da equipe cobrindo parte do investimento de Kevin. No ano seguinte a KVSH já considerava começar o ano com apenas um carro até surgir Stefano Coletti, que cobriu novamente parte dos investimentos de Kalkhoven e a equipe alinhou um segundo carro naquela temporada.

Nesse ano ninguém cobriu parte dos investimentos de Kevin, e a equipe diminuiu suas vagas para apenas uma, guiada por Sebastien Bourdais e arrumada por QUATRO engenheiros. Assim, Kevin pode reduzir ainda mais seus investimentos na equipe, por sua empresa (a JDS Uniphase) passar por sérias dificuldades financeiras.

Para a temporada de 2017 a situação de Kevin não é muito melhor. A JDS, que já tinha perdido quase cem milhões de dólares em 2015, estima que perderá, nas projeções mais positivas, a mesma quantia em 2016. Assim, Kalkhoven pretende diminuir ainda mais a quantidade de dinheiro gasta com a Indy. O problema é que James Sullivan não conseguiria cobrir a quantidade de dinheiro que falta para cobrir toda a estrutura da equipe, com todos dependendo de patrocínios vindos de novos pilotos.

Nessa nova condição, Sebastien Bourdais e os engenheiros da equipe decidiram se mudar par a a Dale Coyne, que sempre tem alguma vaga e um patrocínio.

A equipe estaria numa situação difícil, pois a maior parte da estrutura da KVSH Racing é, originalmente, de Kalkhoven e da antiga PK Racing, que correu na CART, além de estar sem piloto ou engenheiros.
Surgimento da Carlin na Indy?
O que se comenta é que a parceria tripla, muito provavelmente, será desfeita, e que Kalkhoven seguirá para novos ares. Isso é indicado pela mudança de grande parte da estrutura da equipe, de Indiana para a Flórida e fez a RACER e outros portais ventilarem a ideia de associação da equipe com a Carlin, que vem aumentando progressivamente sua base em solo americano e deseja a, pelo menos, dois anos, entrar na categoria principal dos monopostos americanos.

Mas mesmo essa associação pode não vingar, já que a Carlin também cogita dividir o quarto carro da Ganassi (o #8 que, até agora, tem Chilton como dono) em modo parecido com o quarto carro da Andretti, mantendo Chilton guiando o #8 da Ganassi/Carlin.

A associação Kalkhoven-Carlin, caso se concretize mesmo, soa mais como um rito de passagem, com a Carlin surgindo sozinha dos espólios da K(VSH), algo similar com o que aconteceu no nascimento da equipe, quando Kalkhoven se associou com a PacWest e a fez mudar sua base para Indianápolis em 2003, para fundar a PK e, cinco anos depois e com a ajuda de Jimmy Vasser, surgir a KV Racing Technology.

E o que Jimmy Vasser e James Sullivan farão? Essa é a questão que vale um milhão de dólares. Os dois devem achar uma nova fonte de dinheiro (piloto pagante ou nova parceria patrocinadora), além de precisar recuperar parte de sua estrutura e um novo carro.

Seria dessa equipe que vem os boatos de Nelsinho Piquet, que dirige o carro de James Sullivan no Global Rallycross, fazer algumas provas na Indy. 

Mas, de concreto, não há nada para ambos. Esse pode ser o fim da KV e um caro a menos no grid, bem como a parceria de Kalkhoven-Carlin e Vasser-Sullivan-Patrocinador podem dar certo e termos dois (ou mais) carros a mais no grid no ano que vem, ou Kalkhoven, Vasser e Sullivan voltarem as boas e nada mudar. 

Tudo é incerto nas paragens da KV.


Fonte: RACER e Auto Racing Brasil.

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