O jovem americano de 19 anos fará sua estreia na categoria máxima dos monopostos americanos. RC Enerson consegue ascender à Indy depois de uma carreira mais-do-que meteórica no Road to Indy.
E ontem (21 de julho), durante o dia de treinos mais importante da Indy esse ano, a Dale Coyne anunciou nova substituição na sua dupla de pilotos. A próxima etapa, no circuito fazendístico de Mid-Ohio, terá a Dale Coyne com Conor Daly e o novato RC Enerson.
O gordinho americano tem apenas 19 e fará sua corrida de estreia fazendo uma das caminhadas mais estranhas no Road to Indy. O Road to Indy é uma escada bem clara com três degraus: USF2000 primeiro, se saindo bem você sobre para a Pro Mazda e, depois de algum esforço, você sobe para a Indy Lights, onde você briga de foice por uma das escassas vagas da Indy.
Enerson em 2012, aos 15 anos. |
RC fez um caminho bem mais aleatório. Aos 15 anos, recém saído do Kart, começou até cauteloso na USF2000, onde disputava a National Class (para pilotos que pretendem se profissionalizar nos monopostos, com carros de motor mais lento e sem a necessidade de se fazer ajustes para se guiar) com equipe própria em 2012.
Seu pai viu que o robusto americano poderia ter uma chance nessa coisa de automobilismo e ajudou RC a correr mais dois anos na USF200, agora na categoria de verdade tradicional. No primeiro ano, um discreto nono lugar no campeonato e, no segundo ano, brigou ferrenhamente com Jake Eidson e Florian Latorre, mas logrou apenas o vice-campeonato com um erro na última prova.
Perdendo para Latorre nas pistas, RC Enerson decidiu mostrar que era melhor que o francês em negociações com equipes e conseguiu a vaga que, até 2014, era a mais cobiçada de todo o grid da Lights: a do #7 da Schmidt-Peterson com patrocínio da Lucas Oil.
Isso mesmo, pulou direto da USF2000 para a Indy Lights.
Enerson alçando voos maiores na Indy Lights. |
Pena que a Schidt-Peterson não estava em sua melhor fase, com a categoria entrando em chassis novos e tal. Entretanto, o moço mostrou serviço ganhando em Mid-Ohio 1, conseguindo mais três pódios e terminando o campeonato no quarto lugar geral.
Ele começou a temporada desse ano da Indy Lights no mesmo #7 da Schmidt-Peterson, mas a falta de dinheiro e o início não tão bom no campeonato (com apenas um pódio em Phoenix e o sétimo lugar no campeonato até então). Daí, com o dinheiro que restou de sua desistência da Lights, juntou o orçamento necessário para correr ao menos uma etapa da Indy, em Mid-Ohio.
Estarei junto com o Dale [Coyne] para a corrida de Mid-Ohio e espero pilotar também e Watkins Glen e Sonoma, mas ainda não tenho confirmação. Achei que ia demorar mais a negociação, mas as coisas se encaixaram mais rápido do que eu imaginava. No treino [livre de ontem] eu estava bem mais confortável do que achei que estaria, foi mais correr atrás dos pilotos e ver como eles estavam pilotando, fiquei muito tempo atrás cos carros da Penske e da Ganassi, isso foi muito empolgante.
Terminamos o treino um segundo atrás dos caras mais rápidos e completamos mais de cem voltas, além de um bom tempo acertando marcas do pit lane, fazendo pit stops, fazendo um stint completo com tanque cheio, aprendendo a economizar combustível, foi um dia muito cheio, assim como espero que seja em Mid-Ohio.
Como opinião pessoal deste que vos fala, não faço ideia se o gordinho americano vai se dar bem na Indy. Entretanto, ele tem características muito interessantes para um piloto da Indy, pois ele é bastante regular em seus campeonatos, defendeu e atacou muito bem em suas disputas por posição e também tem aquele "quê" de loucura que todo piloto da Indy meio que precisa ter.
Primeiro teste na Dale Coyne. |
Fonte: as falas roubei da racer.com
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