O sueco volta depois de uma temporada fora e comanda completamente o fim de semana em Toronto. Os postulantes ao título dão uma derrapada e o campeonato embola ainda mais. E Negrão conseguiu pódio!!!!
O fim de semana em Toronto teria quase os mesmos participantes da rodada dupla de Road America, com o diferencial que, na Belardi, quem assumia o volante do #14 seria o sueco Félix Rosenqvist, que voltava da F-3 Euro para a Lights no lugar de James French.
E ele começou com tudo, já liderando a primeira sessão de treinos livres, tendo seu companheiro de equipe, Zach Veach, no segundo posto. Carlin, Schmidt-Peterson e Juncos também começaram muito bem, e sempre figuraram na metade de cima da tabela.
O treino de classificação, único para as duas provas, os pilotos foram à pista no sábado de manhã buscando duas voltas rápidas. Lembrando que a volta mais rápida desse treino é usada para formar o grid na primeira prova e a segunda melhor volta nesse treino ou a melhor volta na primeira prova contam para a formação do grid na segunda volta. Por ser muito cedo numa temperatura muito baixa e o pouco tempo de pista para reinos, os pilotos buscaram apenas uma volta no treino, com muitos pilotos buscando voltas mais rápidas na primeira prova.
Durante o treino eles dão, normalmente, três stints de algumas voltas. Depois dos dois primeiros, Santiago Urrutia (SPM) tinha a volta mais rápida, seguido por Félix Serrallés (Carlin), mas no stint final, Rosenqvist fez a melhor volta enquanto Urrutia errou na curva 10 e tocou o muro, acionando a bandeira vermelha e terminando o treino e tirando a volta mais rápida de Urrutia. Os companheiros de equipe dos três primeiros vinham logo atrás, com Veach em quarto, Ed Jones (Carlin), o líder do campeonato, em quinto e o brasileiro André Negrão completou seu tempo de adaptação com a terceira fila na prova 1. Com o tempo não favorável e pelas circunstâncias da primeira prova que direi mais pra frente, quase todos melhoraram suas voltas do treino classificatório e o grid pra prova 2 mudou todo.
Grid para as duas provas. |
Cooper Tires Indy Lights Grand Prix of Toronto 1
Veach dando aquela segurada na hora da largada. |
Rosenqvit mantém a ponta, enquanto Veach bobeia na largada e a segunda fila toda fica mais para trás. Serralles e Urrutia brigam pelo segundo lugar e ambos escorregam na curva um, fazendo com que Veach reassumisse a vice-liderança. Quem também larga muito bem é Negrão, que passa a dupla da Carlin na curva três assume o quarto lugar, deixando Serralles e Jones em quinto e sexto, respectivamente. No fim da primeira volta, a fila era formada por Rosenqvist, dois segundos na frente de Veach, Urrutia, Negrão, Serralles, Jones, Kaiser, de Melo, Stoneman e Piedrahita.
Na curva um da volta dois (de 35 totais) Serralles retoma o quarto posto passando por Negrão e, pouco depois, o brasileiro tem o seu pneu furado por um detrito da pista, passa direto na curva três e o grid todo acaba passando-o. Ele vai para os boxes, acaba perdendo um bocado de tempo e uma volta.
Com o tempo, os quatro primeiros vão abrindo grande diferença de Jones e do resto do grid. Rosenqvist conseguia abrir pouco a pouco de Veach, que conseguia abrir pouco a pouco de Urrutia e Serralles, que já estavam muito na frente de Jones, Kaiser, de Melo e Stoneman. A briga entre Urrutia e Serralles se resolve na volta cinco, quando o portorriquenho da carlin pasa o uruguaio da SPM.
O carro de de Melo e de Piedrahita parados. |
No pelotão do meio do grid, Jones vinha mais lento e segurava Kaiser, de Melo, Stoneman, Piedrahita e Grist. Na volta cinco, Kaiser consegue passar Jones, que se defendia de de Melo enquanto Piedrahita atacava Stoneman. Enquanto isso acontecia na volta nove, Piedrahita acaba perdendo o tempo de freada, bate na roda traseira de Stoneman e acerta Zachary Claman de Melo em "T" na curva três. Batida muito, muito feia, mas ambos saem ilesos. Bandeira amarela.
Relargada na volta doze. Os pilotos mantiveram suas posições até a curva três, quando Stoneman passou Jones e assumiu o sexto posto. Mais atrás, Neil Alberico acertava sua roda dianteira na roda traseira de Dalton Kellett valendo pelo 11º lugar e abandona. Outra bandeira amarela.
Relargada na volta 17. Rosenqvist consegue relargar bem novamente, enquanto Veach e Serralles brigam e o portorriquenho consegue frear mais tarde na curva três e ir pra vice-liderança, partindo para cima de Rosenqvist.
Com o passar das voltas, os líderes começavam a abrir diferença de Veach, que abria mais diferença de Urrutia, Kaiser e Stoneman. Na volta 21, Kaiser começa a se destacar perante os competidores, fazendo a ultrapassagem pra cima de Urrutia e tirando uma diferença de quase cinco segundos em quatro voltas e colando em Veach. Os pneus começavam a desgastar e os carros de Serralles e Veach começaram a render menos, dando margem a Kaiser emparelhar com Veach.
A briga pelo terceiro lugar se acirrou faltando sete voltas para o fim. Kaiser pressionava e colocava de lado na curva três em quase toda volta, até que, na última volta da corrida, a suspensão de Veach não aguenta passar nas zebras altas de concreto em Toronto e falha na curva oito, com o piloto da Belarid passando reto e abandonando.
Lá na frente, Rosenqvist consegue cuidar bem dos pneus e andar rápido, ganhando a prova! Serralles quase sem pneus passa em segundo, com Kaiser em terceiro, Urrutia em quarto e Stoneman em quinto.
Resultados e pódio, com Kaiser mais alto mesmo no degrau mais baixo do pódio. |
Cooper Tires Indy Lights Grand Prix of Toronto 2
Lembra que o grid da prova 2 é formada pela segunda melhor volta no treino classificatório ou a melhor volta da prova 1? Então, muitos pilotos, quando já tinham suas posições resolvidas, carro mais equilibrado e pista livre pela frente, decidiram fazer voltas rápidas para melhorar sua posição de grid.
Com isso, os cinco primeiros do grid na prova 2 foram determinados pela melhor volta da prova 1. Rosenqvist continuou com a melhor volta e a pole position, o brasileiro André Negrão conseguiu melhorar sua volta em mais de um segundo e subiu para a primeira fila. A segunda fila foi formada por Serralles e Kaiser, enquanto a terceira fila seria formada por Urrutia e Veach.
Rosenqvist se mantendo a frente na largada. |
Na largada, Rosenqvist consegue se manter na frente de todos, enquanto Serralles consegue assumir o segundo lugar na entrada da curva um, mas Negrão passa o portorriquenho na freada da curva 3 e volta ao segundo lugar. Mais atrás, enquanto Kaiser, Urrutia e Veach brigavam pelo quarto lugar, Ed Jones, Zachary Claman de Melo e Juan Piedrahita se enroscavam nas curvas 4-5. Jones consegue passar ileso, mas de melo tem que ir aos boxes para trocar o bico dianteiro quebrado num toque com Piedrahita, que rodou e caiu pra último com esse toque.
Negrão conseguiu se manter a frente mesmo com vários ataques. |
A primeira volta termina com Rosenqvist um segundo e meio a frente de Negrão, Serralles, Kaiser, Urrutia, Veach, Jones, Grist, Alberico e Blackstock entre os dez primeiros.
Na segunda volta, Blackstock passou direto na curva 3, quebrou um pouco seu bico mas continuou na prova, perdendo muito tempo e caindo pro fim do grid.
A briga pelo segundo lugar empolgava, mesmo com Serralles tocando o muro da curva oito na volta quatro e sendo obrigado a fazer duas paradas extras para tentar arrumar a sua suspensão e perder uma volta, restringindo a disputa entre Negrão, Kaiser e Urrutia.
Na briga pelo segundo lugar, Kaiser pressionou bastante nas primeiras voltas, mas com o uruguaio da Schnmidt-Peterson pegando fogo, Kaiser teve de se precaver e defender seu lugar no pódio. Urritua colocou seu carro ao lado de Kaiser algumas vezes na entrada da curva três e em uma das vezes quase passou reto (na volta 11). A partir do meio da prova Urrutia mudou de estratégia e passou a atacar mais forte na curva oito do circuito citadino, mas sem o mesmo êxito.
Com isso, Kaiser passou em terceiro e Urrutia passou em quarto. Negrão, cuidando bem dos pneus e mantendo bom ritmo, manteve o segundo lugar na prova; mas em nenhum momento foi possível se aproximar de Rosenqvist, que venceu a prova!
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