Nem
dá para acreditar ainda. Alexander Rossi, em sua primeira temporada na IndyCar,
supera todo mundo na estratégia de combustível e iguala o feito de Helio
Castroneves, o último calouro a vencer a prova em 2001.
Nem o Rossi tava acreditando ainda nessa hora. (Foto: Divulgação/IndyCar) |
Sobre
a corrida: Ela foi bastante movimentada, várias trocas de posições,
principalmente entre os líderes e por várias vezes víamos pilotos lado a lado
nas curvas, algo bem raro e perigoso de se fazer em Indianapolis.
O
começo de prova foi bem morno. A primeira amarela veio por conta de detritos na
pista, na volta 46, após a primeira janela de paradas nos pits. Até o momento,
Hunter-Reay liderava junto com Newgarden e Hinchcliffe, trocando posições e Townsend
Bell, Hélio e Kanaan logo atrás.
Os
pilotos entraram nos pits e, na saída, Power acaba batendo de leve em Kanaan. A
direção de prova aplicou uma punição de atravessar os pits novamente para o
australiano.
A
segunda amarela foi causada pelo campeão de 2015, Juan Pablo Montoya, que rodou
sozinho na saída da curva 2 na volta 63 e bateu. Ele mesmo não entendeu o que
aconteceu com o carro para ele ter rodado de forma tão amadora.
REPLAY: Juan Pablo Montoya makes contact with T2. He's been checked, cleared and released. #INDYCAR #Indy500 https://t.co/ZE9uCwS7bc— IndyCar Series (@IndyCar) May 29, 2016
A
terceira amarela ocorreu na volta 93, quando Townsend Bell e Sage Karam
decidiram dividir a curva 1. E como ambos tem fama de não aliviar pra ninguém,
quem se deu a pior foi o mais jovem, Karam, que após tomar a fechada de Bell,
rodou e bateu sozinho.
REPLAY: @SageKaram's incident in Turn 1. He's been checked, cleared and released from the care center. #Indy500 https://t.co/JJdbPmUgNi— IndyCar Series (@IndyCar) May 29, 2016
A
relargada só veio com mais da metade da prova já realizada, e Kanaan, então
sétimo aproveitou pra passar todo mundo em uma volta e assumir a liderança, o
que já é uma característica bastante antiga do piloto brasileiro. O público foi
a delírio. Enquanto isso, Hélio perdia ritmo e posições para Bell, Andretti e
até Hildebrand.
Na
volta 114 tivemos a quarta amarela do dia, quando Aleshin rodou sozinho e Conor
Daly se assustou e acabou rodando também. Mas a cena mais bizarra fo nos pits,
quando Bell e Hunter-Reay saíram juntos e se tocaram, e Bell acabou acertando
Castroneves. Por sorte, nada aconteceu com o brasileiro, mas com Hunter-Reay,
então piloto com mais voltas na liderança, significou quase o final da prova.
REPLAY: @MikhailAleshin makes contact with the turn 1 wall. He has been checked, cleared and released. #Indy500 https://t.co/esMi3rXzgy— IndyCar Series (@IndyCar) May 29, 2016
Após
Tagliani e Rossi trocarem ultrapassagens pela liderança, a quinta amarela veio
após Buddy Lazier sair dos pits e uma roda sair de seu carro. Foi o grande
momento do campeão de 1996 na prova e, enfim, abandonou.
A roda do Lazier perambulando pelo gramado interno da pista (Foto: Reprodução) |
A
relargada veio na volta 158 e, como diz o Téo José, ali se dava ‘a hora da
verdade’ das 500 milhas, onde os pilotos começam a não negociarem mais assim
tantas posições e ultrapassagens. Kanaan era o líder ao ultrapassar Hélio na
relargada, com Newgarden e Hinchcliffe logo atrás.
Hélio
vinha perdendo posições, e então veio JR Hildebrand e tocou com o bico
dianteiro na proteção da roda traseira esquerda do brasileiro, fazendo um
pedaço do carro da Penske se quebrar e ficar pendurado. Hélio vinha perdendo
rendimento e parecia ser o final de prova para ele, até que...
Nova
bandeira amarela na pista. Takuma Sato errou e bateu na curva 4 da volta 163. E
então todo mundo aproveitou para parar nos boxes, apenas Tagliani e Hildebrand
que não pararam.
E
o final de prova aconteceu com a dúvida de muitos pilotos: Será que dá pra
chegar até o fim sem parar de novo? A conta não batia, um tanque cheio durava
cerca de 30 voltas na pista. Precisariam economizar muito, ou na nova bandeira
amarela.
Tony
Kanaan não estava nem aí pra isso, acelerou tudo o que pôde e assumiu a
liderança na volta 179. Enquanto isso, os demais pilotos tentavam economizar.
Parecia que a vitória cairia nas mãos ele ou de Hélio, que tinha menos voltas
dadas desde a última parada.
Mas
aí todos os líderes começaram a ficar sem combustível a cerca de dez voltas pro
final, o que já era esperado. Kanaan, Hinchcliffe, Newgarden, Hélio, Muñoz,
Andretti, Bourdais, todos pararam pra fazer o famoso ‘Splash & Go’.
O
único que não parou foi Alexander Rossi, que recebeu a bandeira branca quase
sem combustível, e completou a prova bem devagar, com o carro falhando já sem
combustível.
Rossi nem conseguiu chegar no pit-lane. (Foto: Reprodução) |
Primeira
vitória de um calouro na Indy 500 desde 2001, quando Hélio Castroneves venceu
pela Penske. Estratégia perfeita da equipe Herta/Andretti, bem parecida com a
que consagrou Dan Wheldon em 2011.
Confira
abaixo o resultado final da prova:
A
Indy volta já na próxima semana, com a rodada dupla em Detroit, nos dias 4 e 5
de junho. Até lá!
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