No fim de semana de ressurreição da Cape Motorsports, Parker Thompson imperou sozinho no ponto mais alto do pódio o fim de semana todo. Victor Franzoni mostrou a que veio e subiu no pódio, enquanto Lucas Kohl viveu com problemas na etapa toda e precisa se benzer urgentemente.
Escondido nas árvores. Essa foto, bem como todas as outras, ou roubei do twitter e não tinha créditos nela ou eu mesmo fiz.
Depois de um mês e meio sem corridas, a USF2000 voltava à pista com seu grid gigante. Entretanto, ele estava menos gigante essa etapa, com a ausência de Felipe Ortiz e a Afterburner voltando a ter apenas um piloto na etapa. A presença também de apenas um piloto da categoria Nacional (com carros de motor e câmbios inferiores) fez o grid cair para 23 pilotos, ainda o suficiente para boas corridas.

Treinos

Como Barber é quase a casa do Road to Indy e da USF2000, quatro sessões de treinos fizeram parte do programa da USF2000 nessa etapa, uma quinta-feira cheia para todos, com três horas de atividades de pista.

A grande maioria das equipes optou por usar pneus novos nas primeira e terceiras sessões de testes, logo no início da manhã e no início da tarde, com alguns poucos tentando algo na segunda sessão e com a maioria desistindo da última sessão no fim da tarde de quinta-feira, por causa da chuva.

Parker Thompson ficando rico.
Nesses treinos, bem como em toda a etapa, podemos ver a diferença que um equipamento bom e experiência do piloto dão vantagem no grid. Dos dez melhores tempos feitos, apenas três deles são novatos: Jordan Cane e Robert Megennis,graças a estrutura boa da Team Pelfrey, e Cameron Das, arrastado pelos ajustes de seu companheiro de equipe, Luke Gabin. A Cape Motorsports liderou as três primeiras sessões com Anthony Martin na primeira e Parker Thompson nas outras; como nenhum dos carros da Cape saiu na chuvosa sessão final, Cameron Das (JAY) liderou a quarta sessão.

Também vimos a queda da Pabst Racing. A equipe que dominou a primeira etapa em St. Pete penou bastante em Barber, com apenas um dos seus três carros conseguindo ficar entre os cinco primeiros e os outros dois se perdendo na massa de equipes médias que se forma do quinto ao 16º colocados. Nessa massa, a JAY Motorsports fez um ótimo e surpreendente trabalho, colocando seus dois pilotos com os dez melhores tempos e se misturando com Team Pelfrey, John Cummiskey Racing e Pabst.

Entre os brasileiros, Victor Franzoni (ArmsUp) voltou a velha boa forma e ficou entre os três primeiros na segunda e terceira sessões, terminando com o terceiro melhor tempo registrado no dia, atrás apenas de Martin e Thompson. Lucas Kohl seguiu no ritmo conhecido dos novatos, ainda se acostumando com a pista e o carro em fim de semana de corrida, e na terceira sessão já conseguiu entrar no Top 10, ficando com o 11º tempo no geral.
Resumo dos tempos de cada um na quinta-feira.
No treino classificatório, realizado na manhã de sexta-feira, ainda antes da nova chuva, e foi bem parecida com a sessão de treinos na quinta-feira. Como já é de praxe, a melhor volta desse treino vale para a formação do grid na primeira prova e a segunda melhor volta (ou a melhor volta da prova) vale para o grid da segunda prova.

Houveram duas interrupções durante a meia hora de sessão, a primeira faltando nove minutos quando o carro de Franzoni parou nas curvas finais do circuito. Problemas com o carro, o piloto bateu? Não! Na verdade ele desligou o seu carro sem querer, enquanto ajustava o balanço de freio. No fim, o brasileiro perdeu sua melhor volta como penalização.  A segunda bandeira vermelha veio quando James Munro (Team Pelfrey) errou na curva oite e ficou parado na caixa de brita.

A Cape Motorsports dominou loteando toda a primeira fila das duas provas; primeiro com Thompson fazendo a pole e Martin em segundo, e a situação se invertendo na segunda prova. Lloyd e Franzoni dividiram a segunda fila na primeira prova e a terceira fila na segunda prova, enquanto Gabin e Ayla Agren (John Cummiskey) dividiriam a terceira fila na primeira porva e a segunda fila na segunda prova.

Lucas Kohl compriu seu trabalho ficando no pelotão do meio do grid, a frente dos caros da Afterburner, da JDC, da RJB e do carro da categoria nacional. O gaúcho conseguiu a sétima fila na primeira prova e a oitava fila na segunda prova.
Resultados do treino classificatório.

Cooper Tires USF2000 Grand Prix of Alabama #1

Primeira prova no final da tarde de sexta-feira, com a ponta da frente do grid formada por Thompson, Martin, Lloyd, Franzoni, Gabin e Agren. E antes mesmo da largada já houve toques. Na fila de carros que largavam por fora, houve um engavetamento no fim dela, onde Lucas Kohl saiu com sua asa dianteira avariada e Clint McMaham teve problemas mais sérios, tendo que se recolher aos boxes ainda na primeira volta.

A confusão antes da largada.
Apesar do incidente antes da bandeira verde, largada limpa! Thompson sumia na frente enquanto Victor Franzoni passava Lloyd na curva 2 e Martin no hairpin da curva 5 e conseguia o segundo lugar. Na segunda volta, Dakota Dickerson e Yufeng Luo (Pabst) se tocavam no fim do grida volta, enquanto Gabin consegue colocar por dentro de Lloyd no Hairpin e assume o quarto posto.

Aos poucos, os quatro primeiros conseguiam abrir distância do pelotão de meio de grid, que brigava muito entre si. Lloyd, depois de perder posições para Franzoni e Gabin, tentava não perder mas posições e se manter no quinto lugar, segurando Jordan Cane (Pelfrey) Ayla Agren, Nikita Lastochkin (Cape) e Robert Megennis (Pelfrey). Já na volta sete, Thompson, Franzoni e Martin estavam separados por dois segundos, e quatro segundos a frente de Gabin, Lloyd e Cane, que tinham três segundos de vantagem para Lastochkin (que passou Agren na volta quatro) e abria mais três segundos para Agren, Megennis, Garth Rickards (Pabst) James Munro (Pelfrey) Austin McCusker (Chastain) TJ Fisher (Pelfrey) e Cameron Das, que fechava o pelotão do meio do grid.

Poucas mudanças de posíção. Parecia que a
torre de marcação de Barber travou nesses números.
Nesse pelotão, Megennis começou a perder um pouco de rendimento e foi ultrapassado por Rickerds na volta nove, por Munro na volta dez e por McCusker na volta doze. TJ Fisher e Cameron Das brigaram a prova toda, até que, na volta treze, quando ambos tentavam fazer a curva onze lado a lado, Das vai para a brita e por lá fica.

Na volta final, no fim desse pelotão, McCusker consegue colocar por dentro de Munro no hairpin, empurrando o neo-zelandês para fora da pista para conseguir finalizar a ultrapassagem. Ele termina em 10º, a frente do trio da Pelfrey: Munro, Megennis e Fisher.

Descrevi o meio do grid porque não houve mais mudanças de posição lá na frente. As coisas se estabilizaram, com um abrindo diferença do outro gradativamente entre os nove primeiros e Garth Rickards, Ayla Agren, Nikita Lastochkin e Jordan Cane terminaram fora do top 5.

A briga pelo quarto lugar se acirrou apenas nas últimas três voltas, quando Martin já estava com pneus ruins e Gabin conseguiu se aproximar na última volta, mas não conseguiu fazer uma tentativa de ultrapassagem e ficou no quarto lugar, com Martin subindo ao pódio.

Lá na frente, Franzoni conseguiu abrir vantagem confortável para Martin, ainda mais quando o australiano começou a sofrer com os pneus, mas não conseguiu seguir o ritmo de Thompson, que venceu a prova 1 de Barber.

Resultados e pódio.
Franzoni foi o grande vencedor, pois foi o único que saiu de braço dado com uma garota.

Cooper Tires USF2000 Grand Prix of Alabama #2

É o que tá tendo de foto de largada, enquanto a categoria decide não colocar mais fotos boas em seu site.
Nessa prova, as posições se inverteriam: o pole seria Martin, com Thompson a seu lado; enquanto os pilotos que largaram na terceira fila (Gabin e Agren) largariam na segunda e os pilotos que largaram na segunda (Lloyd e Franzoni) largariam na terceira fila. Não é regra, foi o que o treino classificatório determinou.

Mais uma largada sem incidentes. Martin teve a preferência na curva um, mas na curva seguinte Thompson se manteve por dentro e saiu na frente, conseguindo a ponta da prova. Ayla Agren perdeu o tempo da largada e caiu de quarta para sexta, pedendo posições para Lloyd e Franzoni.

Pilotos não citados na review: Tazio Ottis.
Entretanto, essa calmaria de bandeira verde só durou até a segunda volta, quando James Munro literalmente atropelou a traseira de Cameron Das. Munro quebrou sua suspensão dianteira e abandonou, enquanto Das não teve grandes avarias. Bandeira amarela.

Relargada na quarta volta (de dezenove totais), Martin e Agren relargam mal, novamente; Gabin, Lloyd e Franzoni passam Martin, enquanto Megennis e Lastochkin conseguem passar Agren. E logo se inicia o mesmo ritmo da primeira prova, com os primeiros, pouco a pouco, conseguindo abrir distância um do outro. Na volta sete, Thompson já abria dois segundos de vantagem para Gabin, que conseguiu abrir um segundo para Lloyd, Franzoni e Martin. Os três tinham mais de quatro segundos de vantagem para Megennis e Rickards, que abriam mais três segundos para Agren e o pelotão de meio de grid.

Clint McMahan.
Nesse pelotão de meio de grid estava Lucas Kohl. Ele largou do 15º lugar e vinha se recuperando, até se envolver em um toque com Michai Stephens. O piloto conseguiu manobrar e iria continuar na prova mas, quando voltou a pista, foi acertado por Sam Chastain e teve seu pneu furado e asa dianteira avariada. Com as novas avarias o gaúcho teve que ir para os boxes na volta dez e perdendo duas voltas para consertos. Ele ainda levou uma punição de drive through, e precisa fazer uma sessão de descarregou urgente.

Mas, diferentemente da primeira prova, esse ritmo durou apenas até a volta treze, quando, na disputa pelo pódio, Lloyd e Franzoni acabam se tocando na curva nove. Coloco nesses termos pois não sei quem tocou em quem, não havia streaming para essa prova e não aparece nada de culpa no twitter, o meio de comunicação mais confiável do Road to Indy (tirando o Indy Center Brasil, obviamente). Como resultado da batida, Jordan Lloyd tem que ir aos pits para consertar suas avarias e volta uma volta atrás, enquanto Franzoni cai para a massa de carros que é o pelotão intermediário, na décima segunda posição. Bandeira amarela.
Max Hanratty.

Com quatro voltas para o fim, bandeira verde! Thompson mantém a frente, seguido por Gabin, Martin, Megennis, Lastochkin e Agren. Jordan Cane relarga muito bem e pula do décimo para o sétimo lugar em cinco curvas, enquanto Franzoni se recuperava e já assumia o décimo lugar.

Na volta seguinte, Martin tenta col,ocar por fora de Gabin na curva dois, acaba desequilibrando seu carro e é ultrapassado por Megennis no hairpin da curva cinco, perdendo seu lugar no pódio. Martin termina a prova em quarto, a frente de Lastochkin e atrás de Megennis.

Mais a frente, Luke Gabin só protege seu ótimo segundo lugar, pois sabe que não tinha grandes chances de se aproximar de Parker Thompson, que vence!

Resultados e pódio, com Robert Megennis e sua típica cara de quem comeu cocô.
Após duas etapas e quatro corridas, Parker Thompson assume a liderança do campeonato com 91 pontos, onze a frente de Gabin e treze a frente de Lloyd. Victor Franzoni é o sétimo no campeonato, com 61 pontos, enquanto Felipe Ortiz, que não disputou essa etapa, tem o 21º posto (14 pontos) e Lucas Kohl tem o 22º posto (12 pontos) e apenas uma prova completada.

A próxima etapa já é no mês de maio, no misto de Indianápolis, até lá!!

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