Parece bizarro, mas é verdade. Nos testes realizados em SONOma essa semana, os carros da Penske e Ganassi vieram com algumas modificações nos kits originais da Chevrolet de 2015, e essas modificações me surpreenderam muito.
Chevy para 2016, quase coloquei uma imagem do Kakashi aqui. A foto, bem como todas as outras, eu roubei do Marshall Pruet, da RACER. |
Como diz a regra dos aerokits, a 9.2, a Chevy só pode alterar, em princípio, três das doze áreas modificadas do chassi original fornecido pela Dallara, e ela não ficou parada.
Primeiro a gente percebe uma mudança na asa traseira e naquela proteção traseira da roda traseira (é tanta proteção que fica difícil descrever qual delas é, daí sai essas redundâncias). Ela é praticamente uma cópia das peças utilizadas pela Honda, com a exceção da primeira prancha asa traseira (na onde está escrito 'HITACHI', a parte de baixo) um pouco mais curvada (mas isso pode ser opção de ajuste da asa), da Honda estar sem 'furinhos na lateral da asa e a asa extra começa na altura da primeira prancha traseira, enquanto o aerokit da Honda fazia uma curvinha.
Traseira da Honda Ctrl + C, Ctrl + V. |
Essa mudança na traseira até que não me surpreende muito, pois muitos pilotos reclamaram que era difícil se aproximar e ultrapassar carros Honda, principalmente em curvas rápidas, devido a grande turbulência que a parte traseira do carro gerava. Daí a cópia não surpreende de todo, mas só esperava um pouco mais de criatividade e inovação, e não que a Chevy fosse lá, comprasse as peças Honda usadas da Dale Coyne e colocasse em seu carro.
A lateral do carro ainda está Chevy 2015, então nem me darei ao trabalho de me estender ou colocar fotos dela aqui.
O mais bizarro está na dianteira, pois ela é um amálgama estranho de Chevy e Honda 2015:
99% Chevy, mas aquele 1% é Honda. |
O Frankstein é quase todo composto de Chevy, com os mesmos apêndices aerodinâmicos usados no ano passado, mas a diferença fica naqueles dez centímetros antes de acabar a asa. A Chevy adotou, pelo menos nesses testes, os babados que o aerokit da Honda de 2015 2.0 tinham, fazendo a volta para direcionar o ar que vem para o meio do carro e aumentar a pressão aerodinâmica. Também a pontinha da asa está um pouco mais distorcida, para se ter o mesmo fim dos babados da asa, e também adicionou-se um apêndice aerodinâmico para esconder a feiura do aparato desviar um pouco do ar dos pneus e ser destruído no primeiro toque com o carro da frente.
Como veredicto final, creio que o conjunto das três novas (na verdade velhas, pois foi tudo copiado da Honda) peças para render mais pressão aerodinâmica pros carros Chevy. Alguns pilotos reclamaram que o carro escapava bastante da pista, a Chevy ouviu e deu maior pressão aerodinâmica para eles, e o carro deve estar tão rápido e arredio em mistos que até o Simon Pagenaud pediu pra INDYCAR instalar direção hidráulica, que nem sua tia que não consegue estacionar o carro em vaga pequena porque cansa virar o volante.
E agora, Honda, o que você vai fazer??
Mas que retrocesso por parte da Chevy! Copiam o kit antigo do rival, gastam uma grana e deixam o carro difícil de guiar.
ResponderExcluirNão torço para que eles caiam este ano, mas ficaria engraçado se eles perdessem para a Honda.
Um abraço!
Karl
Acho que a Chevrolet está testando diferentes modelos de kits aerodinâmicos, pelo fato que no lançamento do carro da Ganassi de 2016, que utiliza motor chevrolet, os kits aerodinâmicos apresentados são completamente diferente do que foi utilizado pela Penske. Acho que são apenas testes com kits aerodinâmicos diferentes.
ResponderExcluirNeste video você pode ver que a Penske e a Ganassi utilizaram diferentes tipos de kits aerodinâmicos.
https://www.youtube.com/watch?v=6knt7YYhb8o
Cara, então, acho que faltou eu esclarecer no texto.
ExcluirO único a andar com o novo kit foi o Hélio depois da primeira hora de treino.
Todos os outros, Penske e Ganassi, andaram com o antigo kit de 2015 pela manhã e usaram anova traseira pela tarde. Fizeram isso para ver a eficiência da nova parte traseira comparando com os tempos da manha e a eficiência da nova asa dianteira trocando apenas a asa traseira.