Hoje faz quatro anos da fatídica prova em Las Vegas que
vitimou o inglês Dan Wheldon. A prova final da temporada 2011 teria tudo para
ser um grande evento, mas acabou sendo lembrada pelo triste fato – tanto que o
título de Dario Franchitti foi o menos comemorado dos quatro ganhos pelo
escocês.
Muita coisa aconteceu de quatro anos pra cá, e o Indy Center Brasil traz um pouco do
legado de Wheldon para a categoria:
1 – MUDANÇA NO CARRO
Bem, esta não é uma consequência direta da morte de Dan
Wheldon, mas, sem dúvida, o Lionheart tem grande participação. Ele foi um dos
responsáveis pelos testes no então IR-12, dando contribuições direta no
desenvolvimento do bólido. Após seu falecimento, graças a mobilização da
comunidade da IndyCar, o carro foi rebatizado com as iniciais de Wheldon.
O inglês foi o responsável por testar o novo carro |
O DW-12 foi feito para, entre outras coisas, ser o mais
seguro possível. E ele vem cumprindo seu papel, mesmo com fatalidades como o
acidente que tirou Dario Franchitti das pistas e o que vitimou Justin Wilson,
este ano.
2 – REDUÇÃO DAS
PROVAS EM OVAIS CURTOS
Mesmo com contrato vigente para Las Vegas, a IndyCar nunca
mais andou lá depois de 2011. A quantidade de pistas em ovais curtos diminuiu
drasticamente, tendo permanecido apenas Texas, Milwaukee e Iowa – um número
significável, dado que a categoria, em seus primórdios, chegou a andar até na
pista de uma milha de Dover.
Muita da recusa da Indy em correr em ovais curtos deve-se
aos pilotos, que não consideram seguro.
3 – CARRO DEMAIS, SÓ
EM INDIANÁPOLIS
Em Las Vegas, nada menos que 34 carros dividiram a 1,5
milha. Um a mais que Indianápolis, que possui meia milha a mais de extensão.
Desde então, apenas o mítico circuito das 500 milhas possui uma quantidade
significativa de carros – nas outras provas, há no máximo 25 competidores.
4 – A QUEDA DE
BERNARD
Sem dúvida, a mudança mais significativa e direta. A prova
de Las Vegas era uma grande aposta do então CEO da Indy, Randy Bernard, de
alavancar a categoria. Um grande prêmio em dinheiro seria dado ao vencedor dos
34 carros disputantes, em uma prova cheia de expectativas.
Randy Bernard apostou grande em Vegas. Perdeu tudo |
Porém, a morte de Wheldon e a repercussão negativa de tudo
isso iniciaram um processo de fritação de Bernard, que culminou no cancelamento
da prova da Indy na China, em 2012, E, mesmo trazendo Pocono e Fontana de volta
à categoria, ele não conseguiu satisfazer donos de equipes e os donos da
IndyCar.
5 – A ASCENÇÃO DE
HINCHCLIFFE
Como todos sabem, a vitória de Wheldon nas 500 Milhas de
2011 havia ajudado o inglês a pilotar o carro 7 da Andretti na temporada
seguinte, substituindo Danica Patrick. Entretanto, com o falecimento do
Lionheart, a vaga acabou ficando com o canadense James Hinchcliffe, que se via
a pé após o encerramento das atividades da icônica equipe Newman-Haas, na qual
ele guiava.
O prefeito de Hinchtown fez três boas temporadas para a
equipe de Michael Andretti, e só saiu porque não conseguiu bons patrocinadores
para permanecer. Lá, ele conseguiu três vitórias, todas em 2013.
Uma das vitórias de Hinchcliffe foi aqui, no Brasil |
Este ano, o canadense foi para a SPM e prometia fazer uma
boa temporada, tendo vencido em New Orleans. Entretanto, após um grave acidente
nos treinos para as 500 Milhas de Indianápolis, ele teve que se retirar da
temporada. Mas, para a felicidade de todos, teremos Hinch de volta em 2016.
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E aí, sabe de mais algum? Manda nos comentários!
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