Como a melhor categoria do Road to Indy chega pra final em Laguna Seca Mazda Raceway? Quem são os favoritos? Eles mereceram estar nessa briga? Quem mais se destacou mas já não tem chances? Hoje, aqui, agora!
Vamos ver o que esse cara tem a dizer/escrever... |
Antes, desculpas rápidas: sei que estou em débito com vocês, pois os posts sobre o Road to Indy praticamente sumiram daqui do site/blog/portal/acumulador de conteúdo sobre Indy, uma pá de coisas mudaram em minha vida, mas isso não é desculpa e desculpas não mudam muita coisa, então vamos em frente.
A Pro Mazda vem cumprindo seu papel de ser a melhor categoria de todas, pelo menos no nível de competição e de esquisitice, chegou à penúltima etapa com sete pilotos brigando pelo título. A Pro Mazda foi a categoria do Road to Indy com mais carros, mais equipes e mais vencedores diferentes, ou seja, a Pro Mazda foi <3 puro amor <3 em 2015. Já estou rezando para a decisão ser a novela mexicana que foi em 2014, com direito a reviravoltas, intrigas e Jose Gutierrez se revelando.
Mas quem sobrou na disputa?
Tenho medo do olhar do líder do campeonato. |
Bem, com duas provas e 66 pontos em disputa em Laguna Seca Mazda Raceway, temos quatro postulantes ao título. Santiago Urrutia (Team Pelfrey) lidera o campeonato com 304 pontos, 29 a frente de Neil Alberico (Cape Motorsports with Wayne Taylor Racing), 47 a frente de Timothé Buret (Juncos Racing) e 51 pontos a frente de Weiron Tan (Andretti Autosport).
Urrutia consegue ser campeão até mesmo sem vencer. Basta fazer dois pódios, não importando ser primeiro, segundo ou terceiro, e ele já se sagra campeão da Pro Mazda, assegurando vaga na Indy Lights. Neil Alberico precisa descontar uma diferença considerável, onde o vencedor de cada prova faz 30 pontos (e pode ganhar mais três de bonificação) e o quinto colocado faz 17 pontos, tudo pode acontecer, que nem na final da Indycar desse ano. Buret e Tan precisam de dois milagres seguidos para serem campeões, ou que Urrutia abandone duas vezes seguidas (o que pode ser providenciado por seus companheiros de equipe) já que Alberico tem diferença possível de tirar na pista.
Ué, mas e o campeonato mais equlibrado, blá blá blá...?
Decepção do ano #1 |
Bem, e ele foi razoavelmente equilibrado. Seis pilotos diferentes venceram e dos pilotos que largaram em todas as provas apenas os ingleses Raoul Owens e Alessandro Latif se ferraram e não conseguiram pódio.
Mas os quatro postulantes ao título se sobressaíram em um ponto: todos fizeram um grande serviço durante o campeonato, enquanto os outros pilotos passaram mais desapercebido do que os ponteiros.
Pato O'Ward (Team Pelfrey, 5º, 232
pontos) inundou seu campeonato com regularidade, cheio de Top 10 e corridas completadas, mas com apenas três pódios; Garett Grist (Juncos, 6º, 229) fez o mesmo que O'Ward, achando que se daria bem por ser mais experiente e está na equipe mais vencedora da categoria, mas conseguiu ser menos efetivo que O'Ward e foi engolido pela concorrência; Florian Latorre (Cape, 7º, 206) não correspondeu ao posto de promessa da categoria, e teve apenas dois lampejos de bom desempenho no IMS e em Toronto; Will Owen (8º, 202) e Jose Gutierrez (9º, 184) corresponderam ao que se esperava deles (nada) e ainda nos perguntamos o motivo de eles estarem na Juncos; Dalton Kellet (Andretti, 10º, 155) completará sua primeira temporada completa depois de três anos na categoria, e Daniel Burkett (Cape, 11º, 154) foi o Sr. 9-10, sempre ficando em nono e décimo. Daí pra baixo ninguém tinha grandes pretensões no campeonato.
Decepção do ano #2 |
Enrolou bem mas não explicou. Porque Urrutia tem tanta vantagem pra rodada final se o campeonato é tão equilibrado?
Aff cara chato. O campeonato foi equilibrado, basta ver que os dois pilotos com mais vitórias no ano não estão na liderança do campeonato e que os quatro pilotos com chances de título são de quatro equipes diferentes.
Essa diferença surgiu porque todos passaram por algumas tribulações no campeonato, menos Urrutia.
Tan teve quatro vitórias no campeonato, o que é um feito e tanto para um novato, mas a irregularidade imperou. Cada vitória ou bom resultado do piloto era seguido por uma batida besta disputando posições inferiores, uma quebra por forçar o carro demais ou algo do tipo. Durante o Winterfest, o malaio chegou a perder cinco pontos por não comparecer ao pódio, pois estava batendo boca (no sentido ruim, eles não estavam se beijando) com os comissários de prova. Na segunda corrida de Barber o piloto bateu três vezes e foi punido outras duas vezes, pagando passagens pelos boxes. Olha que maravilha.
Buret tentando coisas novas na largada. |
Buret está bem agora, mas no início do campeonato não era bem assim. As duas primeiras etapas em St. Pete e NOLA foram complicadíssimas para o francês advindo do endurance, e os ovais atrapalharam ainda mais seu campeonato. Certamente, caso fique mais um ano nessa vaga da Juncos, brigará pelo título, pois o francês é bom e rápido, mas nesse ano de 2015 não deu.
Neil Alberico em 2014 foi completamente eclipsado pela dupla Pigot-Hargrove que brigou pelo título e não deixou espaço para ele. Tá certo que bater no próprio companheiro de equipe e se envolver em algumas batidas meio polêmcias não ajudou muito, mas o piloto de Los Gatos é bom; e provou ser bom nesse ano, com quatro vitórias esse ano, mas um apagão entre as corridas em Indianápolis, Toronto e Iowa o fizeram perder a liderança do campeonato. O piloto da Cape tenta jogar tudo em Mid-ohio e Laguna Seca.
Liderança que foi para Urrutia. Após um ótimo começo de campeonato, onde o uruguaio permaneceu entre os quatro primeiros nas oito provas, ele voltou a subir no pódio e a vencer em Mid-ohio. Essa constância a lá Montoya tem tudo para dar certo em um campeonato como a Pro Mazda... ou não.
Só saberemos na segunda semana de Setembro, em Laguna Seca!
Nenhum comentário:
Postar um comentário