O segundo piloto confirmado na Indy Lights de 2016, além do campeão da Pro Mazda Santiago Urrutia, é Dalton Kellett. Começamos com o pé esquerdo.
#SillySeasonDaDepressão
E foi anteontem (22 de setembro) que a Andretti Autosport confirmou seu primeiro e provavelmente único piloto para o ano que vem na Indy Lights. ele é Matthew Brabham, que todo mundo quer ver continuar correndo de monopostos? Shelby Blackstock para tentar um ano melhor sem ser estreante? Weiron Tan que fez um bom ano na Pro Mazda? Zach Veach para tentar seu quarto ano?

Nenhum destes. A equipe de Michael Andretti vai tentar empurrar DALTON KELLETT por nossa goela abaixo. Deixa eu traçar um breve histórico do piloto para se ter uma ideia da minha reação:
Estreia nos EUA.
Em 2011, Dalton decide largar os karts e subir aos monopostos. Em uma categoria local do Canadá apenas com estreantes ou pilotos com mais de 35 anos, a F-Ford 1600 Ontário, ele fica em terceiro entre os tres pilotos que fizeram todas as etapas.

Estreia aleatória na Indy Lights
Todos vendo o óbvio potencial do piloto, ele decide cruzar a fronteira e ir para os EUA, ele fica em 14º entre os dezesseis pilotos que fizeram todas as provas da USF2000, tendo como melhor resultado um sétimo lugar em Mid-Ohio. 

No ano seguinte ele continua na USF 2000 e tem uma melhora visível: fica em 16º lugar, conseguindo o feito de ficar atrás de pessoas que fizeram quatro ou cinco provas a menos. Mas ele não fez só isso em 2013, ele fez duas provas na Pro Mazda em Mosport e uma prova na Indy Lights em Baltimore, mais aleatório impossível.

2014 foi o melhor ano disparado do piloto. Apesar do 10º lugar entre doze pilotos, ele teve um ano um pouco mais constante e subiu no pódio na corrida louca em Houston onde, além da pista extremamente irregular e com uma chicane provisória de pneus, choveu. Foi a primeira vez que ele subiu no pódio desde que chegou nos EUA.

Ele também sorri muito em fotos.
O ano passado ele esteve na Pro Mazda, novamente. Fez mais um pódio em Iowa e repetiu o décimo lugar de 2014. 

Caso ainda não tenha ficado bem claro o que eu disse, vamos a um comparativo dele com seus companheiros de equipe:

2012: ganhou da """""piloto""""" Shannon McIntosh (ela terminou o campeonato quatro posições e 24 pontos atrás). Essa foi a única vez que ele ganhou de um companheiro de equipe.

2013: Jason Wolfe (8º, 148 pts) e Jesse Lazzare (11º,  pts com duas provas a menos) ficara a frente de Kellett (16º, 102 pts).

2014: teve quatro companheiros de equipe diferentes e nenhum deles completou o campeonato, mas ele só chegou na frente deles em uma prova, e porque todos os outros companheiros de equipe haviam abandonado.

2015: perdeu feio pro Weiron Tan (4º, 282 pts) com quase de cem pontos de diferença (Kellett: 10º, 187 pts).

O ano da Andretti na Lights foi de dar depressão.
Essa contratação foi no maior estilo Ethan Ringel: veio do nada e comprou uma vaga num campeonato que, segundo os prognósticos, não dá pé pra ele. O dinheiro da K-Line, na qual o seu pai é o sócio majoritário, lhe garantiram essa vaga e, creio eu, a figuração par Kellett é certa. 
Isso porque a Andretti está realmente mal das pernas. Blackstock, o único piloto da equipe na maior parte do tempo e o único a ter um patrocínio na equipe, sofreu muito com o novo carro. Esse sofrimento extra veio pela falta de dinheiro da equipe, que não podia forçar muito para fazer mais testes e ajustes. No fim o ano de 2015 foi conservador e decepcionante.

O que agrava mais a situação da contratação de Kellett. Apesar de trazer patrocínio próprio, tenho sérias dúvidas que ele tenha cacife para bancar um carro apenas com seu patrocínio, e a Andretti já vendeu seu lotes de chassis extra que usava de segundoc arro par a Schmist-Peterson correr num QUINTO carro. O futuro da Andretti pode ser muito, MUITO negro.

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