A montadora japonesa ainda negocia a sua renovação de contrato como fornecedora de motores e aerokits para além de 2015.
O futuro da Honda talvez não seja tão brilhante quanto esse carro. |
Entretanto, ao contrário de alguns veículos que divulgaram que tudo já está acertado, o Vice-presidente de desenvolvimento da Honda afirma que as negociações ainda não foram finalizadas: "Ainda estamos discutindo alguns pontos, nada foi assinado", diz ele para a Racer. "Os dois pontos de maiores discussão são os rumos que a categoria quer tomar a médio e longo prazo, e também pedimos mais clareza sobre alguns pontos dos aerokits em 2015. Estamos em discussões com a INDYCAR, e com base na resposta que tivermos, definiremos nossos rumos para além de 2015".
Esse é um ponto bastante delicado, pois o contrato da renovação com fabricante de motores deve ser o terceiro contrato mais importante da Indy, só perdendo para o contrato da renovação da indy 500 e pro contrato com as emissoras de TV. Isso porque cada uma delas (tanto a Honda quanto a Chevrolet) produz motores, e agora também aerokits, para metade do grid.
Steve Erikssen, que só entrevista pra Racer, acho. |
A montadora nipônica já mostrou alguns sinais de descontentamento dos rumos da categoria. Ela já declarou, no final de 2012, quando a Lotus-Judd saiu do certame, que só consegue manter o ritmo de fornecer motores para doze carros da categoria até 2016 ou 2017.
Ela também se complicou bastante no desenvolvimento dos aerokits, pois as equipes afiliadas a ela passam dificuldades financeiras fortes. A Schmidt-peterson teve que reduzir seu número de mecânicos e praticamente vender um de seus cockpits para James Jakes, a Andretti Autosport teve que reduzir o número de carros alinhados no grid por metade da temporada, enquanto Dale Coyne e Bryan Herta Autosport vivem em estado de penúria. Muito por isso a Honda optou a usar o CFD para desenvolver seu aerokit, para reduzir custos no mesmo estilo da Virgin em 2010-11, e deu no que deu.
Creio que as negociações com a Indycar passe muito por esses pontos: se a categoria tem alguma terceira montadora (ou fornecedora de aerokit) em vista ou se a Chevrolet fornecerá motores para mais equipes, para desafogar a Honda, ou se a categoria aceita subsidiar ainda mais motores e aerokits, já que as equipes não estão com condições de arcar com mais custos.
Não duvido muito que esse contrato seja concretizado por mais quatro ou cinco anos, mas as condições para que esse contrato seja pago podem até mudar os rumos da categoria, de novo, novamente, mais uma vez.
Fonte: Racer, você viu eu citando ela lá em cima.
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