Acompanhe quem brilhou e quem apagou/turvou/se ofuscou/obscureceu/o antônimo de brilhou de sua preferência no primeiro fim de semana de verdadinha, da temporada regular da USF 2000, Pro Mazda e Indy Lights.
Prepare-se para as 600 imagens em uma postagem. As fotos são todas oficiais da categoria ou montagem delas (tirando a do poço). |
Fim de semana sem corrida faz a gente ter que se virar para manter as coisas vivas e não cair no ostracismo. Para esse fim, falaremos mais do primeiro fim de semana das categorias de base da Indycar, que tiveram suas primeiras rodadas duplas. Elegeremos os três pilotos/equipes/whatever que terminaram em alta e outros (ou os mesmos, vai saber) que ficaram em baixa logo na estreia.
Indy Lights
Em baixa:
O que será da SPM? |
3º: Schmidt-Peterson Motorsports with Curb Agajanian
Pois é, a equipe que outrora era o bicho-papão da categoria parece fera ferida esse ano. Em outros tempos, a equipe estava sempre nas cabeças, mesmo quando toda sua esquadra era composta de pilotos estreantes na categoria, mas sempre com um potencial extremo. Em 2015 se levantou grandes dúvidas quanto a qualidade da sua esquadra.
Jack Harvey é a grande esperança da equipe esse ano, e comprovou isso com o segundo lugar nas duas provas, consolidando ainda mais sua constância de pódio nas últimas oito provas da Lights. RC Enerson tem potencial, mas ainda paga um preço pela inexperiência de pular da USF2000 direto para a principal categoria de acesso para a Indycar. Scott Anderson era a maior incerteza, e não mostrou muita coisa nesse primeiro fim de semana, e Ethan Ringel foi o Ethan Ringel, passando desapercebido.
2º: Andretti Autosport
Alguém viu ela por aí esse fim de semana??
Visão da Team Moore e da McCormick Racing. |
Prêmio Samara de fundo do poço da etapa: Team Moore & McCormick Racing
Essas equipes usaram a mesma estratégia que eu usava com meu Super Nintendo®: Compravam as fitas com a mesada mesmo sem ter o videogame, esperando que meu pai se apiedasse de mim e comprasse o bendito. A estratégia dava certo, mas geralmente eu passava vários meses olhando para as fitas sem poder jogar e me sentindo um idiota por ter gastado vinte reais (o que era uma fortuna para uma criança do fim dos anos 90) com um a fita ao invés de comprar balas/chips/jogar no fliperama.
As duas equipes compraram chassis, mas ambas são pobres, e não tem dinheiro nem pra retirá-los da garagem. A Team Moore comprou dois (!!) IL-15 e chegou a montar um para PROVAR QUE REALMENTE TINHA COMPRADO, enquanto a McCormick nem isso fez com seu único IL-15. Ambas esperam encontrar algum trouxa piloto pagante. Para tal, eles andam por pistas dos Estados Unidos, mostrando o carro como se fossem doces e dizendo: vem trouxa piloto pagante, venha pilotar nosso carro novinho e super rápido...
Em alta:
3º: Mudança nos pontos
Parece besta, mas a pontuação da Indy Lights mudou e NINGUÉM falou isso. Eu mesmo só fui descobrir vendo a classificação. Até o ano passado, a categoria usava a mesma pontuação da Indy (50-40-35-32-30-etc., e quem não completasse 50% da prova fazia um ponto só) e agora usa a pontuação-base das categorias de base (32-25-22-20-18-etc.).
A pontuação antiga privilegiava muito mais a constância do que outra coisa. vitórias não eram tão importante assim, e caso você abandonasse duas provas já não tinha chances de ser campeão. A pontuação atual ainda não privilegia tanto assim a vitória (por mim, aumentava-se ainda mais essa diferença) e abandonar tem menor impacto em seu campeonato. Veja por exemplo Max Chilton, ele abandonou a primeira prova na primeira volta, mas ainda é sexto no campeonato, se fosse na pontuação antiga ele estaria muito mais atrás.
Juncos, Carlin e 8 Star ensinaram para a Belardi, Andretti e Schmidt como se corre na nova Indy Lights. Nas duas corridas, apenas Jack Harvey se intrometeu no grupo das equipes novatas. Grupo composto por Kyle Kaiser e Spencer Pigot da Juncos Racing, Scott Hargrove da 8 Star Motorsports e os dois pilotos da Carlin, que são Max Chilton e...
Prêmio Biafra "voar voar subir subir" de melhor da etapa: Ed Jones
Sobrou nada pra ninguém. O dubaiense dominou treinos livres, treino classificatório e liderou todos os momentos das duas provas. Estreou mostrando o novo dono da porra toda.
Pro Mazda
Em baixa:
Algo bem parecido com a Schmidt-Peterson Motorsports feat. Curb Agajanian aconteceu, em menor escala, com a Juncos Racing na Pro Mazda. A vencedora dos dois últimos campeonatos veio com quatro pilotos de calibre considerável mas, na primeira rodada dupla, ainda não se mostrou.
Jose Gutierrez e Garett Grist, os veteranos e onde se depositam as maiores esperanças da equipe no campeonato, pouco mostraram nas provas; Gutierrez ainda conseguiu um pódio, mas foi caolho na terra de cego e sobreviveu a prova desviando dos acidentes e ficando na dele. Buret teve problemas nas duas provas, então é como se não tivesse estreado, e Will Owen é tipo o Ethan Ringel da Juncos.
Não poderia ser diferente. Johnson é o piloto da categoria que não tem os movimentos do tronco para baixo, devido a um acidente de motocross, sofreu um forte acidente ainda no primeiro treino livre da categoria em St. Pete. Seu carro bateu com muita força na saída da curva 3, e o piloto teve de ser transferido para um hospital especializado e ficar na UTI por algum tempo.
Não corre risco de morrer, mas esse acidente pode até dar fim a carreira do piloto de 21 anos. Força Johnson!
Em alta:
3º: Pilotos estrangeiros
Sem a presença de Johnson, foram seis americanos (dois da categoria expert, com carros dois segundos mais lentos) contra onze pilotos de fora dos Estados Unidos. A presença deles foi importante, pois houve um medo que, com o novo carro e o aumento de custos da Indy Lights, houvesse um desinteresse não só pela Lights, mas por todo o Road to Indy, e a presença desses pilotos estrangeiros impulsionou o número maior de carros na etapa de abertura.
Apesar de tanto estrangeiro, o californiano de Los Gatos foi quem dominou o fim de semana. Ele correu na Cape Motorsports no ano passado, e passou perto da vitória tantas vezes que deu até dó quando a Cape confirmou sua dupla de pilotos e ele não estava no meio.
Aos 45 do segundo tempo, a equipe dos irmãos Cape confirmou a presença de Alberico para pelo menos essa etapa, e o veterano se desponta como favorito ao título, com a Juncos e Weiron Tan da Andretti ainda se embananando.
As corridas da Pro Mazda são as melhores de todo o conteúdo do Road to Indy e da Indycar em si. É uma pena que suas ultrapassagens, disputas e batidas sejam transmitidas.
Em St. Pete tivemos uma mostra de que o ano tem tudo para ser MELHOR AINDA: vimos que Weiron Tan e Santiago Urrutia são carnes de pescoço, espalhando e fechando portas como se não houvesse amanhã; vimos Pato O'Ward, Latorre e Burkett ousados se jogando em todo lugar que coubesse mais ou menos um carro, vimos toques e batidas e a cena mais memorável que vi em St. Pete, quando Daniel Burkett e Santiago Urritua passaram da entrada da curva 1 a entrada da curva 10 LADO. A . LADO.
E é só a primeira etapa do campeonato.
USF 2000
Em baixa:
Havia grande expectativa da estreia da equipe na USF2000. A Team Pelfrey já tem alguma história na Pro Mazda e estrearia com um piloto que vira e mexe fazia alguma participação nas categoria do Road to Indy (Garth Rickards) e com os três primeiros colocados da FF1600 (o russo Nikita Lastoschkin, o australiano Luke Gabin e a norueguesa Ayla Ågren). Mas, pelo menos no primeiro fim de semana, a equipe não ameaçou a Pabst, cape e John Cummiskey. Talvez essa situação de coadjuvante mude, mas a esperança não é tanto essa.
Quem vê a imagem até pensa que o carro andou. |
Eu não entendo, simplemente não entendo. A equipe do brasileiro Victor Franzoni veio com um único carro para esse início de ano, mas se amor platônico pelas desclassificações ainda continua.
Victor começou o fim de semana ao lado dos outros postulantes ao título: Jake Eidson (Pabst), Aaron Telitz e Nico Jamin (Cape). No treino classificatório, ele garantiu o quinto e quarto lugares e poderia ter um fim de semana mais tranquilo, mas seu carro, novamente, não passou na inspeção pós treino e teve de largar de último.
Victor continuou em frente, conseguiu um sexto lugar na primeira prova e ainda garantiu um sexto lugar no grid da segunda prova, mas mais um problema mecânico o tirou da prova ainda na primeira volta.
Lembrando que as quebras marcaram o ano de 2014 da equipe, que começou o ano com quatro carros e terminou com apenas dois, e essa foi a quarta desclassificação da equipe em dois anos. Realmente não sei o que acontece por lá.
Se a equipe não ajuda tanto, o piloto se vira. As relargadas de Victor Franzoni já estão ficando famosas, pois em duas relargadas ele passou de 17º pra sexto. Pena que o fim de semana não ajudou também.
O bom desempenho visto no Winterfest da equipe não era fogo de palha. Os dois pilotos que vieram do programa da Fórmula Ford australiana trouxe dois bons pilotos: Jordan Lloyd e Anthony Martin estiveram muito próximos dos favoritos.
O estável americano, finalmente, dominou um fim de semana. Com o campeão e o vice-campeão de 2014 fora do caminho, o terceiro colocado do ano passado conseguiu um domínio, correndo e começando um pouco a frente da dupla favorita da Cape Motorsports.
Ela não só voltou, como melhorou. a equipe criada pela família List e com exatas oito pessoas, passando por staff técnico a tudo (inclusive quem dirige o caminhão de tralhas da equipe é o pilot, Andrew List e seu pai e dono da equipe, Joe).
Ano passado eles estavam de quatro a seis segundos de todos e simplesmente largavam e completavam a prova (o que é um feito, já que a M2 Autosport e a Swan Racing não conseguiu fazer esse fim de semana). Em 2015, os List brigaram com os pilotos da ArmsUp e chegou a frente de um deles.
Go D2D!!!!
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