Escrito Por Daniel Palermo.
Olá! Meu nome é Daniel Palermo, sou estudante de Publicidade e Propaganda, amante da Indy e sempre que precisarem de mim, estarei escrevendo no IndyCenter em troca de um prato de comida e um copo de suco!
Todo fã do
automobilismo está acompanhando o drama do piloto francês que se acidentou no
Grande Prêmio do Japão de Fórmula 1 no começo de outubro. Nessa corrida, Jules
Bianchi se chocou violentamente contra um trator que rebocava um carro em uma
das áreas de escape da pista japonesa, sofreu uma lesão axonal difusa que é
quando o cérebro se choca fortemente contra o crânio e está em estado grave.
Após o
acidente, muito se discutiu sobre os procedimentos que foram adotados ou que
deveriam ser adotados em situações semelhantes às da corrida em questão. Na
oportunidade chovia muito e muitos pilotos queriam a interrupção da corrida por
causa da aquaplanagem e após a saída de pista de Adrian Sutil, a direção de
prova acionou a bandeira amarela no local do acidente, que é o procedimento
padrão nesses casos. Uma volta depois, no mesmo lugar, aconteceu a tragédia com
o piloto da Marussia.
Ao contrário
da Fórmula 1, na Indy quando acontece qualquer situação que necessite da
intervenção de pessoas ou máquinas na pista, é acionada a bandeira amarela
geral, principalmente nos circuitos ovais onde o risco de acidente é muito
maior. Com essa medida, a direção da categoria visa manter a integridade física
de todos que estão presentes no local onde necessite alguma intervenção.
Agora o que
essa situação toda tem a dizer aos fãs da Indy?
O objetivo
desse texto não é fazer uma comparação entre as duas categorias ou mostrar qual
sistema é melhor, mas gostaria de levar os fãs da Indy a uma reflexão.
Muito se
critica a Indy pelo “excesso” de bandeiras amarelas em suas corridas. Aqueles
que criticam esse sistema, por estarem acostumados com outras categorias, dizem
que a grande maioria das intervenções poderiam ser feitas com a corrida em
andamento pois as bandeiras amarelas quebram o ritmo de prova, atrapalham as
estratégias das equipes e torna a corrida monótona, já que uma parte do tempo
em pista é gasto atrás do pace car.
Situação parecida foi quando a Indycar deu bandeira amarela local enquanto o carro de Mike Conway se arrastava na volta final em Sonoma. |
Mas esses
casos eu considero exceções, em pelo menos 80% dos casos de bandeira amarela é
realmente necessário o acionamento dela, gostemos disso ou não. Toda vez que
precisar entrar carros ou máquinas em qualquer pista ou pessoas em circuitos de
rua ou ovais, é necessário a intervenção para não aumentarem os riscos as
pessoas envolvidas com o evento, seja pilotos, mecânicos, fiscais, jornalistas
ou espectadores. A segurança em geral sempre deve vir em primeiro lugar, mesmo
que isso vá “atrapalhar” uma boa prova ou algumas brigas por posições.
Esse acidente na Fórmula 1 mostra claramente
que mesmo tendo uma boa área de escape, não podemos confiar 100% em uma
bandeira localizada, a vida de pilotos, fiscais e expectadores vale muito mais
do que uma estratégia ou um ritmo de prova. Talvez se na F1 existisse a
bandeira amarela geral, nada de grave teria ocorrido e essa prova do Japão
seria apenas mais uma.
O Fato, meus
amigos, é que a Indy não pode ser dar ao luxo de ter outra morte em corridas.
Se com toda a preocupação existente com segurança ainda temos acidentes mais
graves, imagina se relaxássemos em alguns aspectos apenas para ter uma corrida
mais disputada? Como diz meu colega de IndycarCast
Daniel Schattschneider,” nossa categoria não irá suportar outro acidente nesses
moldes”, então tudo cuidado é pouco.
Sou favorável ao cockpit fechado para provas em ovais. E só.
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