Com a temporada desse ano chegando ao final, o calendário para a próxima temporada já está em fase final de negociação. Aparentemente, o calendário do ano que vem será tão cansativo quanto o desse ano, que teve 18 corridas em exatos cinco meses.


Em conversa com Mark Miles, CEO da Hulman &Co., Marshal Pruett da revista/site RACER confirmou que a categoria planeja fazer suas duas primeiras corridas fora da América Anglo-saxônica. As corridas em Dubai e em Brasília já estão em negociações avançadas.

"Estamos muito otimistas quanto a vinda de Brasília para o nosso calendário no início de março do ano que vem" conta Miles. "Estamos também otimistas em tem uma corrida antes desse fim de semana no Brasil, se esses dois planos se confirmarem, começaremos a temporada na primeira metade de fevereiro e essas corridas internacionais não afetarão o número de finais de semana de provas nos Estados Unidos."

Em maio, haviam notícias sobre a ida da Indycar para uma corrida em Dubai. Kevin Kalkhoven, um dos sócios da KV Racing e promotor da Toyota Grand Prix of Long Beach, estaria envolvido nessa corrida e os dias 14 e 15 de fevereiro fora mencionados como possíveis datas.

O grupo de pessoas engajadas em trazer novamente a Indycar pro Brasil, mais especificamente para o autódromo Nelson Piquet em Brasília, inclui o ex-piloto Vitor Meira e também Willy Herman. Desde o anúncio feito pela Rede Bandeirantes em parceria com a prefeitura de Brasília inclui uma grande reforma que será terminada, no planejamento mais otimista, no início de 2016.

Tony Cotman esteve no autódromo Nelson Piquet e reportou que "o local não está no padrão de segurança e conforto exigidos, necessitando reformas em algumas áreas para que possa receber um evento do porte da Indycar".  Os trabalhos ainda estão no processo de licitação, com o anúncio do ganhador da licitação no dia 8 de setembro desse ano, a seis meses da possível data do evento.

"Essas corridas internacionais só vem a adicionar e causar boa impressão sobre a categoria e, especialmente a prova em Dubai, podem alavancar investimentos de empresas que não s]aodos Estados Unidos na categoria." complementa Miles.

A construção do calendário de Miles também será pautada em algo mais condensado, acontecendo mais corridas em um período de tempo mais curto. Essa forma de cronograma é adotada visando a falta de concorrência com outros esportes no período e a audiências e classificação que a Indycar obteve no período.  A corrida final do campeonato no ano que vem foi programada para acontecer no dia 30 de agosto em Fontana, dias antes do início da temporada da Liga Nacional de Futebol (NFL).

Depois das possíveis provas internacionais, teremos a fórmula desse ano repetida no ano que vem:

"Assim que voltarmos pros Estados Unidos para a corrida em St. Petersburg (29 de março), vamos ficar na América do Norte até o final, assim não pularemos de país em país." explica Miles. ""Eu acho que o cronograma vai ser muito, muito similar. Virtualmente, nós temos o mesmo número de fins de semana de corrida, entre os dias 14 e 15, e o mesmo número de corridas (18)."

A parte norte-americana da temporada se iniciaria novamente, em St. Petersburg, no fim de março. Seguindo os planos de Miles de "manter datas fixas para fidelizar o público", veremos logo depois Long Beach (confirmada pros dias 18-19 de abril), Barber-Alabama (data a ser anunciada), o segundo Grand Prix de Indianápolis (a ser confirmada no início de maio), a 99ª 500 milhas de Indianápolis no dia 24 de maio e a rodada dupla de Detroit nos dias 31 de maio e 1º de junho.

Depois de Detroit, o calendário começa a andar por terrenos indefinidos. A rodada dupla em Toronto não poderá ser realizada na mesma data, devido aos jogos Panamericanos que serão realizados na cidade na mesma época que a prova, e a data mais cogitada foram os dias 6 e 7 de junho.  Entretanto, nessa data já foi confirmado o Firestone 600k, realizado no Texas Motors Speedway, em um acordo de Miles com Edie Grossage (dono do circuito).


Mike Lanigan, promotor da rodada dupla em Houston, está muito animado para continuar na categoria esperemos que não a sua data final de junho, onde o calor, a umidade e chuva fornecem um ambiente muito desconfortável para todos. O irmãos Igdalsky, proprietários de Pocono, parecem que reanimaram em manter a categoria no seu cronograma de atividades; Proprietário de Iowa disse à Robin Miller da  RACER que quer continuar com a IndyCar em seu cronograma do ano que vem, e que a negociação depende apenas de valores. A prova no Iowa Speedway ainda não foi confirmada, mas o dono do oval confirmou à Robin Miller que deseja ter a categoria em seu cronograma também.

Mid-Ohio vem de um grande fluxo de fãs na semana passada, Milwaukee está reconstruindo lentamente sua base de fãs; Sonoma tornou-se um lugar tradicional na temporada e Fontana parece crescer como uma nova tradição de monopostos para fechar a temporada.

Se houver alguma baixa no calendário, o NOLA Motorsports  Park, em Louisiana, seria a opção mais
óbvia.  Com a Andretti Sports Marketing definido para promover a corrida, a prova já é anunciada como o "Grand Prix de Louisiana Indy" em seu site. Segundo os planos de Miles de mantar cerca de 14 ou 15 fins de semana na América do Norte implicaria em cair pelo menos um evento atual para acomodar o de NOLA.

Questionado se essa rotina desgastante do calendário 2014 foi levada em conta quando o calendário desse ano foi planejado, Miles comenta: "Nós reconhecemso que as pessoas vêm trabalhando duro e eu não quero assustá-las, mas cada vez que ficamos duas semanas sem corridas na temporada eu sinto que estamos esquecidos, que não há comprometimento", admitiu. "Estamos pedindo às pessoas para se unirem para crescer. A outra categoria americana (NASCAR) não fica sem correr em intervalos longos, por isso precisamos maximizar nossa agenda para fazer tão grande de um impacto que pudermos."

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