Na temporada passada da Indy Lights, apenas oito dos dezenove pilotos fizeram mais de dez corridas, alguns tiveram rumos conhecidos, e outros você nem ouviu falar. Onde eles estão hoje? Como eles vivem? Deram rumo em suas carreiras? Veja:
Antes de começar a lista, devo dizer que nela aparecerá números estranhos, isso porque cortei os pilotos em pedaços. Nesse mundo automobilístico de hoje, se você já não atingiu o ponto máximo dela você deve, invariavelmente, atirar para todos os lados. Com isso, muitos pilotos fazem mais de uma atividade por vez, e isso quebra o salto de autores gays que querem fazer listas como esta. Então, caso o piloto que eu me referir aqui, tenha feito/esteja fazendo três atividades diferentes, cada atividade recebe 1/3 de piloto; se ele estiver fazendo cinco atividades, cada atividade recebe 1/5 de piloto, e assim por diante.
Outro detalhe importante é que: os Top X são longuíssimos. Então, tenha paciência.
Pois bem, agora vamos a lista de verdade né:
5-) TUSCC (5/6 de piloto. Caso você não saiba, 1/2 +1/3 = 5/6)
Delta Wing (cada vez mais lindo) dirigido por Chaves |
Vocês sabem como são as corridas de endurance: as corridas são tão longas que um piloto só não dirige o carro, e eles tem que fazer revezamento com outros pilotos no melhor estilo gincana. E os carros da TUSCC são divididos em várias categorias, o que faz com que um montão de caros corra ao mesmo tempo. Ou seja, essa categoria exige muitos pilotos, e muitos desses muitos pilotos não são exatamente fixos ou exclusivos da TUSCC.
Mano Karam e os parça do carro da Ganassi |
Bem, a TUSCC não é o foco de nenhum dos dois, mas é sempre bom ter um plano 2. Sage Karam não tem garantias de se afirmar na Indycar, apesar de todo o programa de treinamento e desenvolvimento de sua pilotagem que vem fazendo na Ganassi.
Já Gabby Chaves tem um impecilho muito maior: a grana. Chaves sempre correu com pouquíssimos patrocinadores desde a Star Mazda, e no automobilismo de ponta isso é praticamente impossível entrar sem jogar dinheiro na cara dos donos de equipe. No fim, a TUSCC pode ser uma saída frustrada pro piloto.
Ain mas, e o Hawksworth? Ele correu semana passada e até ganhou e talz... Ele não conta??
Não conta não. Esse acerto pro Hawksworth andar no Viper Oreca #08 vale a pena apenas por uma corrida, a priori. Pode ser que saia algo mais depois da vitória, mas pra não trocar o certo pelo duvidoso, deixamos assim por enquanto.
Já Gabby Chaves tem um impecilho muito maior: a grana. Chaves sempre correu com pouquíssimos patrocinadores desde a Star Mazda, e no automobilismo de ponta isso é praticamente impossível entrar sem jogar dinheiro na cara dos donos de equipe. No fim, a TUSCC pode ser uma saída frustrada pro piloto.
Ain mas, e o Hawksworth? Ele correu semana passada e até ganhou e talz... Ele não conta??
Não conta não. Esse acerto pro Hawksworth andar no Viper Oreca #08 vale a pena apenas por uma corrida, a priori. Pode ser que saia algo mais depois da vitória, mas pra não trocar o certo pelo duvidoso, deixamos assim por enquanto.
4-) Nada (1 piloto)
Virou consultor de luxo pra programa de TV. |
Ao contrário do que se pensa (e de muitos pilotos que, como ele, ficaram três anos a Lights), ele não é dos ruins. Correu pela Belardi por três anos e em seu ano de estreia, 2011, conseguiu pódios quando a categoria tinha uma média de 15 pilotos por prova.
Esse bom desempenho (só pode ser isso pois o piloto também não é dos mais endinheirados) chamou a atenção da Michael Shank Racing, e o piloto correu algumas provas pela equipe em 2012-13.
Sua vida poderia continuar assim, revezando Lights e endurance por um bom tempo. Mas aí jogaram macumba nele e todo o panorama de sua vida mudou.
O estadista que apostava pesado no patrocíno de pilotos bolivarianos (incluindo Goncalvez) morreu, e em seu lugar veio um segundo estadista bolivariano com política bem mais austera, e logo cortou os patrocínios de Gonçalves (até então Goncalvez). Bem, sobrava ir pra TUSCC, e esse era o plano até a equipe passar pro crises e cortar uma boa parte dos custos, e esses custos incluíam o contrato com Goncalvez.
Esse bom desempenho (só pode ser isso pois o piloto também não é dos mais endinheirados) chamou a atenção da Michael Shank Racing, e o piloto correu algumas provas pela equipe em 2012-13.
Pena, é até bonitinho... |
O estadista que apostava pesado no patrocíno de pilotos bolivarianos (incluindo Goncalvez) morreu, e em seu lugar veio um segundo estadista bolivariano com política bem mais austera, e logo cortou os patrocínios de Gonçalves (até então Goncalvez). Bem, sobrava ir pra TUSCC, e esse era o plano até a equipe passar pro crises e cortar uma boa parte dos custos, e esses custos incluíam o contrato com Goncalvez.
Hoje o piloto está em casa, na Venezuela. Voltou a estudar engenharia automobilística e, de vez em quando, participa de um programa numa das poucas emissoras que não foi fechada pelo estadista atual de seu país.
3-) Associação com equipes (1 e 1/3 de piloto).
Muito comum em países além-mar, pilotos jovens se associar com equipes ainda é meio estranho no mundo da Indycar. Deu certo com Carlos Muñoz, mas não deu certo com Vautier nem com Stefan Wilson. Hoje em dia, temos dois pilotos associados a equipes são Peter Dempsey e Sage Karam. O bacana dessas associações tem focos diferentes.
Karam tbm tá por aí no padoque... |
Até que o estranho piloto fez a melhor coisa em sua carreira: ficar bem próximo de Chip Ganassi. O alvo principal era uma das duas vagas, ou do quarto carro que Chip ia alinhar apesar de ter um escorpião no bolso e de a experiência recente com quarto carro não ser muito boa, ou na vaga deixada pelo aposentado Franchitti. Sage conseguiu nenhuma delas mas teve um prêmio de consolação, que foi
E Dempsey foi pra uma equipe trabalhadora... |
Dempsey se associou a Juncos Racing, equipe top da Pro Mazda que por mera coincidência tem as mesmas cores que a bandeira da pátria irlandesa de Peter Dempsey, para ser uma espécie de treinador de Spencer Pigot, Kyle Kaiser, Jose Gutierrez e Julia Ballario; e também é responsável por sondar novos jovens pilotos e oportunidades para a equipe. O programa parece estar indo bem para ambos: a equipe vem muito bem no campeonato, os pilotos e ele parecem ter uma boa sinergia e ele parece feliz no seu twitter.
2-) Indycar Series (2 e 1/3 de piloto)
Sage tá aparecendo aqui tanto quanto o Newgarden aparece em vídeos da Indycar... |
Sage Karam tá aparecendo mais nesse Top X do que o Newgarden nos vídeos da Indycar. O moleque fez de tudo pra correr essa Indy 500 e ser o segundo mais jovem a completá-la (perdeu pro Marco Andretti, olha que decepção). ele se associou com a Ganassi, fez ele bancar um quinto carro, fez a Chevrolet (que tinha anunciado que não faria mais nenhum motor) fazer um lote de motor extra pra ele, RESSUSCITOU a Dreyer & Reinbold (espero ter escrito certo) Racing e correu as 500 milhas. O fim todo mundo já sabe que ele foi bem.
Os outros dois correm full season, como se diz. O primeiro aqui é Jack Hawksworth. Porque sim.
Quase o carro do Batman. |
Cheguei a escrever nesse blog/portal que ele subir agora pra Indycar era um erro, e pra ele fazer algo que o Muñoz fez quando ele também era uma versão latina do Will Power. Mas ele não me escutou e assinou de última hora com a Bryan Herta Autosports feat. mais um monte de gente que quase nunca é citada. Vem fazendo um ano irregular que toda equipe de fundo de grid proporciona a seus pilotos, vem andando mal nos ovais (tirando a Indy 500, porque o pessoal fica duzentas mil horas treinando nela), batendo um bocado em treinos livres, mas seu arrojo e velocidade vem chamando atenção de alguns e os resultados vem aparecendo esporadicamente.
Mister Colômbia, toureiro e praticante de falcoaria em Pocono. |
Muñoz se ligou a Andretti logo depois de se frustrar na Europa, e quando viu que o então garoto de 19 anos mas com cara de quase 30 era um piloto rápido o suficiente pra se prestar atenção e cru o suficiente pra ser lapidado, logo Michael colocou o jovem colombiano debaixo de sua asa. No primeiro ano, Muñoz começou de modo desastroso, mas logo se recuperou e terminou a apenas seis pontos de seu companheiro de equipe que já tinha experiência de um ano na Indycar, Sebástian Saavedra. Partiu para outro ano na Lights e conseguiu quatro vitórias mas ficou apenas em terceiro no campeonato, já que seu carro quebrou em quatro etapas que o fizeram perder para Karam e Chaves da Sam Schmidt.
Nesse mesmo ano, andou em duas 500 milhas pela Andretti, terminou em segundo a de Indianápolis e estava em terceiro na de Fontana até bater. A prova final do reconhecimento de seu trabalho veio quando a Panther chamou-o para substituir Ryan Briscoe na segunda corrida de Toronto, quando todos os pilotos da Indy Lights estavam nas redondezas pois lá aconteceu uma das etapas da Lights. E agora o colombiano se encaminha para ser, com folga, o melhor estreante da Indycar. Conquistou o quarto lugar nas 500 milhas desse ano, e vem entre os dez primeiros no campeonato. Um começo ótimo para um provável futuro vitorioso.
1-) Indy Lights (2 e 1/2 pilotos)
Soa estranho, mas sim: o principal destino, por enquanto, dos pilotos da Lights é não sair da Lights. Basicamente, três pilotos que estavam nela no ano passado continuaram para esse ano. Muito por falta deles mesmo.
Quando ele começou na Lights, ele num tinha entrada enormes... |
Juan Pablo García. É o único obelisco atual do que era a Indy Lights antes de se tornar o último estágio do Road to Indy. Antes de 2011, os pilotos mais jovens tinham que brigar, e muito, com pilotos mais velhos que faziam carreira na Indy Lights/Indy Pro Series já que eles não conseguiam subir para a IndyCar de verdade. O mexicano está agora na toda-poderosa Sam Schmidt, conseguindo um top 5 na última corrida em Pocono (que largaram 8 carros), seu melhor resultado na categoria, igualando St. Pete 2013.
García segue para completar números impressionantes na categoria. Esse é seu sexto ano na Indy Lights (ele entrou em 2009, junto com os novatos James Hinchcliffe, Mário Romancini, Sebástian Saavedra e Charlie Kimball), empatando em número de anos disputando a Lights com Wade Cunningham e ficando atrás apenas dos sete anos de categoria de Jeff Simmons e dos oito anos de Arie Luyenyk Jr. Caso complete a temporada toda, fará 45 corridas na categoria, o sexto maior número. O seu principal rival nos recordes na categoria é Arie Luyendyk Jr. García ainda perde no número de equipes que correu (Gar 6 x 8 Luy) e em corridas sem vitória (Gar 40 x 62 Luy). Mas um recorde García já tem: é o piloto que mais correu na Indy Lights sem sequer conseguir um pódio (recorde que era de Sean Guthrie, 38 corridas). Sua carreira na Indy Lights: 40 corridas, 0 vitórias, 0 pódios 0poles, 0 voltas mais rápidas e 26 anos.
Espero, sinceramente, que ele consiga concluir o que quer que seja que ele almeje conseguir.
Os outros dois desse item são os dois postulantes ao título: Gabby Chaves e Zach Veach.
Ele fez essa pose muitas vezes esse ano... |
Chaves é um ótimo piloto e regularmente veloz. Em todas as corridas que completou nos Estados Unidos (35 corridas somando Star Mazda e Indy Lights), completou TODAS elas entre os dez primeiros, mas para ele falta esses dois pré requisitos: dinheiro e contatos. Conseguir isso e ainda mostrar que não perdeu o ritmo de pilotagem não é fácil e só há uma maneira: correr de novo na Lights. É o que ele vem fazendo, vem disputando o título da categoria no seu segundo ano, faz corridas esporádicas com o Delta Wing e vem sendo visto pelo padoque, para não ser esquecido como no ano passado.
Take the Veach to Isengard! |
Nesse ano, entrou para seu segundo ano na Lights e quinto ano em uma equipe da Andretti, e vem desenvolvendo um bom papel até o momento, com duas vitórias e brigando pelo título. Parece que a ele falta sempre experiência, que é um garoto rápido mas demora a pegar o jeito da coisa em uma categoria, o que é fatal na maioria dos casos (vejam o Vautier).
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Mas e em 2014? A tendência de permanecer na Lights será a mesma? Teremos mais pilotos subindo pra Indy ou caindo no limbo e sumindo completamente de nossos radares? Luiz Razia terá qual desses desfechos? Só o tempo pra dizer... E agora vocês viram o pior encerramento de texto da história desse blog... Pena porque o texto tava tão grande e pode ser meio broxante ler um texto enorme desses pra esse encerramento merda.
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Legal que eles são amiguinhos mesmo com a disputa na pista... |
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