Olá pessoas! Neste final de semana teremos a 15º etapa da IndyCar no circuito misto de Lexington, em Ohio. Aqueles que olham e acompanham a Indy já a um certo tempo (antes de eu nascer, por exemplo) sabem que o circuito faz parte da família da Indy desde os anos 80, ou seja, mitos como Rick Mears, Bobby Rahal, Mario e Michael Andretti, e tantos outros já correram nessa pista, mas antes que eu comece com o saudosismo, vamos às informações de Mid-Ohio Sports Car Course.

O maior vencedor da pista é o neozelandês, Scott Dixon, que venceu as edições de 2007, 2009, 2011 e 2012. O piloto da Ganassi quebrou o recorde de Emerson Fittipaldi em sua última vitória, já que o brasileiro tinha esse título depois de vencer três vezes em 1988, 1992 e 1993. Outro brasileiro na lista de vencedores é Helio Castroneves, que tem duas edições no currículo de vitórias: 2000 e 2001.

O recorde de volta mais rápida pertence ao americano Ryan Hunter-Reay. Com seus 1:05.351, ele bateu o recorde de Scott Dixon no ano anterior, que antes pertencia a Sebastien Bourdais em 2007, quando corria pela ChampCar: 1:06.280.



A primeira corrida de open-wheel em Mid-Ohio foi realizada em 1970. A Fórmula 5000 (ou Fórmula A) correu em Mid-Ohio até o ano de 1977. Depois de três anos, a CART estreava nessa pista com o americano Johnny Rutherford vencendo a edição de 1980. 

Em 1989, o italiano Teo Fabi venceu em um Porsche. Sim! É isso mesmo. Foi a única vitória da fabricante alemã na Indy.

Em 1993, o então campeão da F1 Nigel Mansell largava na pole, mas quebrou seu bico com Paul Tracy na primeira curva (um azar que não abalou as chances de título daquele ano). Depois, Tracy liderava por 20 voltas até cometer um erro enquanto passava Scott Pruett e ficar ao contrário na pista (claro que ele perdeu a liderança depois dessa). Por fim, Emerson Fittipaldi não cometeu erros e nem teve um certo canadense chamado Paul Tracy por perto, com isso, o brasileiro venceu a corrida.

Em 1998, Michael Andretti tentava se aproximar de um carro da Forsythe enquanto ele passava por PJ Jones que era retardatário, mas por um erro de cálculo, o pneu traseiro direito de Michael toca com o pneu dianteiro esquerdo de Jones, que o faz decolar de uma forma nunca vista antes na CART. O acidente assustou, mas Michael saiu sem problemas do carro ileso.

A última corrida da CART/ChampCar em 2003, depois de 24 edições. A partir disso, houve um período que a pista não recebeu grandes eventos esportivos. Só em 2007 que a história mudou, quando a IRL resolveu ir para Ohio com Dixon vencendo aquela edição. Desde então, a categoria tem o circuito misto de Mid-Ohio em seu calendário até hoje. Esta será a 32º vez que a Indy corre por lá.


Com 14 curvas e de sentido horário, Mid-Ohio é considerado um dos circuitos mais desafiantes dos Estados Unidos, porque assim como os outros mistos do calendário da Indy e de vários outros nos EUA, ele tem uma diferença no relevo muito grande, com vários altos e baixos entre os seus 3.86 quilômetros. A pista também tem sua característica peculiar, que é de ter o ponto de largada diferente do ponto de chegada. Os carros largam na reta oposta, depois da curva 2, e tem seu ponto de chegada em frente dos pits:

Curva 1
Essa curva tem um certo ponto cego por causa do viaduto que fica logo antes da curva. Os pilotos precisam entrar mais acentuadamente nela para conseguir uma boa tangente, e quando eles percebem a presença da zebra na parte de dentro, significa que eles já estão no final dela. Outra dica é que normalmente os pilotos apenas encostam no pedal do freio e depois já começam acelerando, porque é uma curva rápida e eles precisam de velocidade para a reta seguinte.


Curva 2 (The Keyhole)
Uma curva de 180º. Os pilotos precisam frear um pouco mais tarde porque é numa subida. Durante ela, eles apenas encostam no pedal do acelerador e só aceleram mesmo após terem feito toda a curva e entrarem na reta oposta. 


Curva 5
Essa é uma curva difícil e varia bastante, ou seja, não tem apenas um traçado para ela. O ponto de freada fica entre a segunda e terceira marcações de cones que estão do lado do traçado e os pilotos normalmente usam toda a pista. Se o piloto errar, ele encontra um "abismo", um desnível imenso que literalmente joga ele para a caixa de brita, que de tão famosa, ganhou um nome: "china bends".


Curva 9
O que era difícil, agora sem as marcações do lado da pista fica mais difícil ainda, e às vezes os pilotos tem que utilizar a velha linha das árvores como ponto de referência. Essa curva também é bastante traiçoeira, porque ela tem um raio crescente e com isso, pode jogar o carro pra fora muito facilmente. Outro fator importante é que ela tem uma descida logo após o término da curva, então os pilotos precisam acelerador muito mais tarde do que deveriam, senão eles tem grandes chances de rodar como aconteceu com 3 pilotos ano passado nos treinos. Mas se eles querem uma volta rápida, precisam arriscar e acelerar antes.


Curva 12 (The Carroussel)
Uma curva chega e difícil de fazer para os novatos, porque não há bem um ponto de referência já que ela aumenta seu raio e depois diminui de novo. A entrada é numa subida, por isso, eles não precisam frear tão forte. A aceleração normalmente vem depois que termina a zebra, um sinal de que ela já está no seu final e de que não há problemas se o piloto meter o pé no fundo do acelerador. Muitos também utilizam tudo que podem da zebra para contorná-la melhor.


E por fim, agora que você, leitor, sabe mais um pouco sobre Mid-Ohio, lembre-se de que a corrida acontece nesse domingo, às 15h45, e vai passar ao vivo no BandSports. ;)

Fontes: Trackpedia

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