Filipe Dutra, jornalista e
apaixonado por IndyCar desde 1995.
Ele não podia acreditar. O carro 4, aquele carro que ele conhecia tão bem, justamente o carro que estava entre ele e o leite de Indiana, raspava furiosamente o muro da curva 4 – olha o número de novo – na última volta das 500 Milhas de Indianápolis! Ele podia vencer. Podia? Ai, meu Deus, pensou ele. Ai, meu Deus, gritaram os espectadores no Indianapolis Motor Speedway. Era possível já ver a linha de tijolos. Foram as centenas de metros mais longas da História. Toda a força estava concentrada pra impulsionar o motor Honda até a linha de chegada. Só após ver a bandeira quadriculada acima de si, é que ele pôde gritar: “É isso aí, caras!”. O troféu voltaria a ter seu rosto estampado. Seu filho poderia vê-lo no centro das atenções em todo o mundo.
E aquela vitória foi o turning point de Daniel Clive Wheldon. De quase ex-piloto em atividade, o inglês passou a receber todas as glórias que um campeão de uma das maiores corridas do mundo pode usufruir. Se ele começou o ano esquecido, após temporadas apagadas no carro número 4 – aquele -, o improvável triunfo veio como uma bênção em sua carreira. Ele conduziria os testes do vindouro carro da IndyCar. Carro este que ele pilotaria no ano seguinte, por uma boa equipe e com um bom patrocinador. E teria a chance de disputar a última prova da categoria com o chassi antigo, faturando US$ 1 milhão caso vencesse.
Ele não podia acreditar. O carro 4, aquele carro que ele conhecia tão bem, justamente o carro que estava entre ele e o leite de Indiana, raspava furiosamente o muro da curva 4 – olha o número de novo – na última volta das 500 Milhas de Indianápolis! Ele podia vencer. Podia? Ai, meu Deus, pensou ele. Ai, meu Deus, gritaram os espectadores no Indianapolis Motor Speedway. Era possível já ver a linha de tijolos. Foram as centenas de metros mais longas da História. Toda a força estava concentrada pra impulsionar o motor Honda até a linha de chegada. Só após ver a bandeira quadriculada acima de si, é que ele pôde gritar: “É isso aí, caras!”. O troféu voltaria a ter seu rosto estampado. Seu filho poderia vê-lo no centro das atenções em todo o mundo.
E aquela vitória foi o turning point de Daniel Clive Wheldon. De quase ex-piloto em atividade, o inglês passou a receber todas as glórias que um campeão de uma das maiores corridas do mundo pode usufruir. Se ele começou o ano esquecido, após temporadas apagadas no carro número 4 – aquele -, o improvável triunfo veio como uma bênção em sua carreira. Ele conduziria os testes do vindouro carro da IndyCar. Carro este que ele pilotaria no ano seguinte, por uma boa equipe e com um bom patrocinador. E teria a chance de disputar a última prova da categoria com o chassi antigo, faturando US$ 1 milhão caso vencesse.
A roleta estava a seu favor.
Roleta esta que estampava o seu capacete naquele dia de outubro.
Roleta que era o símbolo de Las Vegas, local em que a prova estava sendo
disputada. Roleta russa, pois seriam 34 carros rodando em um circuito de uma
milha e meia. E alguém poderia estar na ponta da agulha. Quis o destino – o
mesmo destino que o presenteou com uma das maiores vitórias de sua vida – que,
após dez voltas, ele não conseguisse escapar de um grande acidente, e nos
deixasse precocemente. Ele foi, infelizmente, o escolhido.
E o que era festa passou a não sê-lo. Dario Franchitti havia
conquistado o quarto título seguido da IndyCar, mas a única coisa que ele
conseguia pensar era na perda do grande amigo. Tony Kanaan, outro amigo, estava
liderando a prova quando o fatídico momento aconteceu, e era também só prantos.
Lágrimas estas que estavam refletidas em milhões de pessoas por todo o mundo.
Pois, no ano em que Dan Wheldon nos ganhou, nós o perdemos.
Neste domingo, 22 de junho, Dan Wheldon completaria 36 anos. Seu legado,
entretanto, permanece firme. O carro que ele ajudou a testar é responsável por
provas memoráveis, iguais àquela Indy 500 de 2011. Com muita justiça, o modelo
do chassi recebeu suas iniciais. Houve outras mudanças, como a restrição de
participantes e a redução da quantidade de provas em circuitos de 1,5 milhas.
De qualquer forma, mesmo não tendo sido um dos grandes campeões da categoria
americana de monopostos, o inglês escreveu seu nome, com justiça, na história
do automobilismo. E, até hoje, deixa saudade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário