Uma atitude típica de Will Power definiu o GP do Texas deste sábado (7) à noite — não a favor dele, claro. Aparentemente com o melhor carro da pista, o australiano entregou a vitória de bandeja em sua última parada nos pits: por exceder a velocidade, ganhou uma punição e abriu caminho para Ed Carpenter ganhar sua primeira prova na temporada.
Power teve até chance de se recuperar no fim com a aparição de uma bandeira amarela. Tentou o bote: foi aos boxes colocar pneus novos enquanto os primeiros colocados seguiram com os usados e capengas. Saltou de sexto para segundo em duas voltas, mas precisaria de mais uma para passar Ed.
Não deixa de ser, como aconteceu para Helio Castroneves na semana passada em Detroit, uma desforra para Carpenter, que tinha chances de ganhar as 500 Milhas de Indianápolis e se viu no muro por um ato otimista demais de James Hinchcliffe.
A preocupação de Power, Helio Castroneves teve um sábado apagado e teve desempenho bem distinto de Power, terminando em décimo. Vendo Power levar dois pontos por ter liderado o maior número de voltas da prova, a diferença no campeonato aumentou consideravelmente.
Tony Kanaan teve uma atuação de altos e baixos. Com pneus novos, a Ganassi #10 era uma bala; passadas 15 voltas, caía vertiginosamente de desempenho. Terminou em sexto, um amargo sexto lugar.
Confira como foi o GP do Texas da Indy:
A largada teve as posições intactas, mas na reta lá do outro lado, Kanaan avançou não só para cima de Newgarden como emparelhou para tentar pegar a primeira posição de Power. O brasileiro preferiu ficar no vácuo do australiano. Na volta 4, a câmera on-board da TV mostrava Marco Andretti justamente quando a lentidão se fazia evidente: uma fumaça no motor Honda já dava o fim das atividades ao filho de Marco, que procurou levar o equipamento aos pits. Só que o fogo começou a se alastrar e consumir a parte traseira do carro #25. Quase na entrada dos boxes, o jovem estacionou e desceu como se houvesse acabado de deixar uma cafeteria.
Não tão calma, a direção de prova deu bandeira amarela.
A volta 12 marcou a volta à corrida em si, com Kanaan novamente indo brigar pela ponta em cima de Power. O australiano viu ao lado o brasileiro por duas ou três giros, mas se sobrepôs e liderou o comboio abrindo consideravelmente a distância. Logo atrás, Dixon começou a se aproximar do companheiro, passando aos poucos Carpenter e Newgarden.
O andamento da prova começou a indicar um fato preponderante: se os pilotos giravam no começo algo em torno de 342 ou 343 km/h, depois da relargada chegaram a cair para 330 km/h, indicativo do desgaste excessivo dos pneus Firestone.
As velocidades seguiram caindo a um ponto que James Hinchcliffe, por exemplo, declinou a 300 km/h. Só Power é quem mantinha um ritmo decente, alcançando retardatários e abrindo mais e mais para Kanaan. Parar era mais do que necessário, mas o pessoal, por estratégia, só foi aos pits passando a volta 50.
Refeitos todos, Power surgiu com uma vantagem de 5 segundos sobre Kanaan e Pagenaud e dando volta em meio mundo.
Só que, ao pegar retardatários, Power começou a perder tempo e permitir que os seguidores se aproximassem. Em questão de 25 voltas, a diferença sumiu. E, então, dá-lhe queda brusca de velocidade até uma nova parada nos boxes, mas com Power e Kanaan entrando na mesma volta, a 101.
Carpenter colocou-se na primeira posição por ter parado antes que a dupla anterior – 16 voltas mais cedo. E parecia que se encaminhava para sua terceira visita aos boxes em questão de minutos, até ser ajudado pelo acidente que envolveu Justin Wilson e Sébastien Bourdais na 121.
As câmeras da TV não indicaram muito bem o cenário, mas ao que parece, Bourdais vinha pelo lado de cima na disputa dos ex-F1 e espremeu Wilson para a faixa plana do oval, que ninguém usa. Justin acabou perdendo o controle e rodando, levando o rival.
Nos boxes, Carpenter perdeu a ponta para Power. E Kanaan perdeu muito mais. Porque a Ganassi resolveu trocar o volante do carro #10, que não mais indicava a limitação de velocidade nos pits. O brasileiro foi contra, mas a equipe insistiu. Tony voltou à pista em nono.
Ainda durante a amarela, Muñoz perdeu o controle ao frear para entrar nos boxes. Bateu no muro interno, pediu para ser auxiliado, trocou os pneus, reabasteceu e fez a linha Katia.
Carpenter forçou para cima de Power na relargada, volta 135, enquanto Ryan Hunter-Reay dava sequência à ressaca após a vitória em Indianápolis e abandonava a prova com o mesmo problema do companheiro Andretti: motor. E Kanaan escalou rapidamente o pelotão até reencontrar seu lugar de origem: já era quarto na volta 140, colado no companheiro Dixon.
Até a 172, adivinhem, todo mundo se viu obrigado a trocar os pneus porque os frangalhos eram muitos. Só Montoya se manteve na pista, cinco voltas a mais.
Carpenter tornou a colar em Power e, enfim, na 183, tornou a liderança e administrou uma certa vantagem até que ambos fossem de novo trocar pneus e reabastecer. Aí, então, deu-se o momento chave: o australiano excedeu o limite de velocidade e tomou um drive-through, deixando o caminho livre para o piloto/chefe de equipe.
Faltando sete voltas para o fim, um terceiro motor Honda foi para o espaço, o de Takuma Sato. O grupo se juntou para um final daqueles. Os cinco primeiros resolveram ficar na pista, enquanto Power foi chamado para atacar com pneus novos. Ganhou facilmente quatro posições, mas não deu tempo para alcançar Carpenter.
Indy, GP do Texas, final:
Fonte: Grande Prêmio
Carpenter dando uns tiros pra comemorar. (Foto: Indycar) |
Power teve até chance de se recuperar no fim com a aparição de uma bandeira amarela. Tentou o bote: foi aos boxes colocar pneus novos enquanto os primeiros colocados seguiram com os usados e capengas. Saltou de sexto para segundo em duas voltas, mas precisaria de mais uma para passar Ed.
Não deixa de ser, como aconteceu para Helio Castroneves na semana passada em Detroit, uma desforra para Carpenter, que tinha chances de ganhar as 500 Milhas de Indianápolis e se viu no muro por um ato otimista demais de James Hinchcliffe.
A preocupação de Power, Helio Castroneves teve um sábado apagado e teve desempenho bem distinto de Power, terminando em décimo. Vendo Power levar dois pontos por ter liderado o maior número de voltas da prova, a diferença no campeonato aumentou consideravelmente.
Tony Kanaan teve uma atuação de altos e baixos. Com pneus novos, a Ganassi #10 era uma bala; passadas 15 voltas, caía vertiginosamente de desempenho. Terminou em sexto, um amargo sexto lugar.
Confira como foi o GP do Texas da Indy:
A largada teve as posições intactas, mas na reta lá do outro lado, Kanaan avançou não só para cima de Newgarden como emparelhou para tentar pegar a primeira posição de Power. O brasileiro preferiu ficar no vácuo do australiano. Na volta 4, a câmera on-board da TV mostrava Marco Andretti justamente quando a lentidão se fazia evidente: uma fumaça no motor Honda já dava o fim das atividades ao filho de Marco, que procurou levar o equipamento aos pits. Só que o fogo começou a se alastrar e consumir a parte traseira do carro #25. Quase na entrada dos boxes, o jovem estacionou e desceu como se houvesse acabado de deixar uma cafeteria.
Carro de Marco Andretti em chamas. (Foto: Reprodução) |
Não tão calma, a direção de prova deu bandeira amarela.
A volta 12 marcou a volta à corrida em si, com Kanaan novamente indo brigar pela ponta em cima de Power. O australiano viu ao lado o brasileiro por duas ou três giros, mas se sobrepôs e liderou o comboio abrindo consideravelmente a distância. Logo atrás, Dixon começou a se aproximar do companheiro, passando aos poucos Carpenter e Newgarden.
O andamento da prova começou a indicar um fato preponderante: se os pilotos giravam no começo algo em torno de 342 ou 343 km/h, depois da relargada chegaram a cair para 330 km/h, indicativo do desgaste excessivo dos pneus Firestone.
As velocidades seguiram caindo a um ponto que James Hinchcliffe, por exemplo, declinou a 300 km/h. Só Power é quem mantinha um ritmo decente, alcançando retardatários e abrindo mais e mais para Kanaan. Parar era mais do que necessário, mas o pessoal, por estratégia, só foi aos pits passando a volta 50.
Refeitos todos, Power surgiu com uma vantagem de 5 segundos sobre Kanaan e Pagenaud e dando volta em meio mundo.
Só que, ao pegar retardatários, Power começou a perder tempo e permitir que os seguidores se aproximassem. Em questão de 25 voltas, a diferença sumiu. E, então, dá-lhe queda brusca de velocidade até uma nova parada nos boxes, mas com Power e Kanaan entrando na mesma volta, a 101.
Carpenter colocou-se na primeira posição por ter parado antes que a dupla anterior – 16 voltas mais cedo. E parecia que se encaminhava para sua terceira visita aos boxes em questão de minutos, até ser ajudado pelo acidente que envolveu Justin Wilson e Sébastien Bourdais na 121.
As câmeras da TV não indicaram muito bem o cenário, mas ao que parece, Bourdais vinha pelo lado de cima na disputa dos ex-F1 e espremeu Wilson para a faixa plana do oval, que ninguém usa. Justin acabou perdendo o controle e rodando, levando o rival.
Nos boxes, Carpenter perdeu a ponta para Power. E Kanaan perdeu muito mais. Porque a Ganassi resolveu trocar o volante do carro #10, que não mais indicava a limitação de velocidade nos pits. O brasileiro foi contra, mas a equipe insistiu. Tony voltou à pista em nono.
Ainda durante a amarela, Muñoz perdeu o controle ao frear para entrar nos boxes. Bateu no muro interno, pediu para ser auxiliado, trocou os pneus, reabasteceu e fez a linha Katia.
Carpenter forçou para cima de Power na relargada, volta 135, enquanto Ryan Hunter-Reay dava sequência à ressaca após a vitória em Indianápolis e abandonava a prova com o mesmo problema do companheiro Andretti: motor. E Kanaan escalou rapidamente o pelotão até reencontrar seu lugar de origem: já era quarto na volta 140, colado no companheiro Dixon.
Até a 172, adivinhem, todo mundo se viu obrigado a trocar os pneus porque os frangalhos eram muitos. Só Montoya se manteve na pista, cinco voltas a mais.
Ed Carpenter nos pits. (Foto: Indycar) |
Carpenter tornou a colar em Power e, enfim, na 183, tornou a liderança e administrou uma certa vantagem até que ambos fossem de novo trocar pneus e reabastecer. Aí, então, deu-se o momento chave: o australiano excedeu o limite de velocidade e tomou um drive-through, deixando o caminho livre para o piloto/chefe de equipe.
Faltando sete voltas para o fim, um terceiro motor Honda foi para o espaço, o de Takuma Sato. O grupo se juntou para um final daqueles. Os cinco primeiros resolveram ficar na pista, enquanto Power foi chamado para atacar com pneus novos. Ganhou facilmente quatro posições, mas não deu tempo para alcançar Carpenter.
Indy, GP do Texas, final:
Fonte: Grande Prêmio
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