Qualquer um que veja como resultado final de uma classificação da Indy o colombiano Sebastián Saavedra na primeira colocação há de entender que algo de muito estranho aconteceu. Sim, não tem como discordar. Foi uma combinação de chuva em escala crescente e a batida de Hunter-Reay na disputa da superpole que premiaram com ineditismo o piloto que passou parte de sua iniciante carreira em São Paulo.
OK, que não se diminua o tanto que Saavedra andou em condições de pista molhada, mas seus rivais pareciam muito mais capacitados para ficar com a pole se tivessem o tempo necessário para treinar. Como o próprio Hunter-Reay, que acabou batendo nos minutos finais do Fast Six, trouxe a bandeira vermelha e, com ela, a perda de seu melhor tempo/pole. Ou o novato sensação Jack Hawksworth, que vinha como o mais rápido nas condições de pista molhada.
Hawksworth divide a primeira fila com Saavedra, piloto da KV #17. Hunter-Reay parte em terceiro. Os brasileiros largam em nono e décimo, com Helio Castroneves levando vantagem sobre Tony Kanaan.
Confira como foi a classificação do GP de Indianápolis
O primeiro grupo foi à pista disposto a fazer as voltas de apresentação mais rápidas da história. A razão ajuda a ser explicada no momento em que Scott Dixon, pertencente ao grupo 2, dava entrevista à TV americana e falava das gotas que sentia; os pingos também eram vistos nas pistas. Franck Montagny foi o primeiro a registrar volta, mas logo ficou para trás com a evolução do resto. No fim da primeira rodada, Will Power aparecia com o melhor tempo.
As condições permitiam o uso dos pneus macios (vermelhos), ainda que Sebastian Saavedra rodasse na pista e pudesse indicar o aumento da chuva. Deu tempo para que todos completassem os 10 minutos em pista seca e salvos. O melhor? Claro, o nome do fim de semana, Simon Pagenaud, e impressionantes 1min09s671. Power teminou 0s081, suficientes para permitir seu avanço ao Q3. James Hinchcliffe, Helio Castroneves, o rodante Saavedra e o líder do campeonato, Ryan Hunter-Reay, foram promovidos igualmente. Decepção ficou para Josef Newgarden, oitavo nesta patota, que larga apenas em 16º.
Ao segundo grupo: Jack Hakwsworth parecia o favorito a liderá-lo pelo desempenho de manhã, ainda que tivesse sido em pista molhada. Estranho foi ver que, faltando 3 minutos para o fim da sessão, Martin Plowman colocasse a Foyt #41 ali em primeiro com Oriol Servià em segundo. As coisas mudaram, então, mas mantiveram a surpresa, com a aparição de Graham Rahal; depois, Juan Pablo Montoya cravou 1min09s900 para se colocar em primeiro. Apesar de ser uma Penske, não se esperava que o colombiano já estivesse bem ambientado dessa forma.
Sébastien Bourdais acabou 0s077 e ficou em segundo, seguido por Scott Dixon, Tony Kanaan, Hawksworth e Rahal. Plowman? Miseravelmente em décimo, o que o deixa em 20º no grid. Takuma Sato, Justin Wilson e Mike Conway, ótimos pilotos em mistos, fracassaram. Aliás, o que Conway tem andado mal... deve ser o trauma do local – foi um acidente nas 500 Milhas de 2012 que afastaram o inglês do mundo dos ovais.
E coitado de Mihkail Aleshin, que, por conta da bandeira vermelha causada no TL3, perdeu suas melhores voltas – e que lhe dariam o terceiro tempo neste grupo, passando com facilidade ao Q2. Vai largar em último.
Os deuses hoosiers da chuva foram precisos. No intervalo para a fase seguinte, liberaram a água sobre o autódromo e fizeram com que os mecânicos ajustassem os carros na velocidade de pit-stops. Com os pneus propícios, lá foram eles. O egoísta Pagenaud surgiu em primeiro com 1min25s943 na primeira volta geral, que se mostrariam absolutamente altos e insuficientes. Power bateu a marca em sua passagem seguinte de longe, 1min24s283, e depois 1min24s064, e aí 1min23s889. Primeiro? Nada: o jovial Hawksworth bateu o australiano velho de guerra por 0s008.
O resto brigou pelas quatro vagas, e Saavedra foi quem surgiu ali como intruso inesperado. Terminou em quinto e com a passagem garantida à fase final, o Fast Six. Pagenaud passou em sexto, raspando, mas era esperado. Os outros dois foram Dixon e Hunter-Reay. Assim, os brasileiros ficaram novamente de fora da disputa pela pole. Os dois dividem a quinta fila.
Mais um intervalo, e a chavinha da chuva virava para jorrar mais emoção em formato líquido. A direção de prova se viu obrigada a lançar a bandeira vermelha para que os comissários fiscalizassem as condições. Levou cerca de 15 minutos até a liberação.
As primeiras voltas colocaram Hawksworth em primeiro, mas seguido de perto por este surpreendente Saavedra. De repente, o colombiano apareceu na frente: 1min23s882. Espanto. Assombro. Hunter-Reay foi lá e bateu o tempo, 1min23s848. E foi e bateu o carro na volta seguinte, no curvão do oval. Como a regra estabelece que quem provoca paralisação no treino perde suas voltas rápidas, o descalabro confirmou-se realidade: Saavedra é o pole-position.
O delírio se completa com Hawksworth dividindo a primeira fila. Hunter-Reay e Pagenaud largam em terceiro e quarto, seguidos por Power e Dixon.
Indy, GP de Indianápolis, grid de largada:
Fonte: Grande Prêmio/Indycar
OK, que não se diminua o tanto que Saavedra andou em condições de pista molhada, mas seus rivais pareciam muito mais capacitados para ficar com a pole se tivessem o tempo necessário para treinar. Como o próprio Hunter-Reay, que acabou batendo nos minutos finais do Fast Six, trouxe a bandeira vermelha e, com ela, a perda de seu melhor tempo/pole. Ou o novato sensação Jack Hawksworth, que vinha como o mais rápido nas condições de pista molhada.
Saavedra surpreendeu e conquistou a pole. (Foto: Indycar) |
Hawksworth divide a primeira fila com Saavedra, piloto da KV #17. Hunter-Reay parte em terceiro. Os brasileiros largam em nono e décimo, com Helio Castroneves levando vantagem sobre Tony Kanaan.
Confira como foi a classificação do GP de Indianápolis
O primeiro grupo foi à pista disposto a fazer as voltas de apresentação mais rápidas da história. A razão ajuda a ser explicada no momento em que Scott Dixon, pertencente ao grupo 2, dava entrevista à TV americana e falava das gotas que sentia; os pingos também eram vistos nas pistas. Franck Montagny foi o primeiro a registrar volta, mas logo ficou para trás com a evolução do resto. No fim da primeira rodada, Will Power aparecia com o melhor tempo.
As condições permitiam o uso dos pneus macios (vermelhos), ainda que Sebastian Saavedra rodasse na pista e pudesse indicar o aumento da chuva. Deu tempo para que todos completassem os 10 minutos em pista seca e salvos. O melhor? Claro, o nome do fim de semana, Simon Pagenaud, e impressionantes 1min09s671. Power teminou 0s081, suficientes para permitir seu avanço ao Q3. James Hinchcliffe, Helio Castroneves, o rodante Saavedra e o líder do campeonato, Ryan Hunter-Reay, foram promovidos igualmente. Decepção ficou para Josef Newgarden, oitavo nesta patota, que larga apenas em 16º.
Ao segundo grupo: Jack Hakwsworth parecia o favorito a liderá-lo pelo desempenho de manhã, ainda que tivesse sido em pista molhada. Estranho foi ver que, faltando 3 minutos para o fim da sessão, Martin Plowman colocasse a Foyt #41 ali em primeiro com Oriol Servià em segundo. As coisas mudaram, então, mas mantiveram a surpresa, com a aparição de Graham Rahal; depois, Juan Pablo Montoya cravou 1min09s900 para se colocar em primeiro. Apesar de ser uma Penske, não se esperava que o colombiano já estivesse bem ambientado dessa forma.
Sébastien Bourdais acabou 0s077 e ficou em segundo, seguido por Scott Dixon, Tony Kanaan, Hawksworth e Rahal. Plowman? Miseravelmente em décimo, o que o deixa em 20º no grid. Takuma Sato, Justin Wilson e Mike Conway, ótimos pilotos em mistos, fracassaram. Aliás, o que Conway tem andado mal... deve ser o trauma do local – foi um acidente nas 500 Milhas de 2012 que afastaram o inglês do mundo dos ovais.
E coitado de Mihkail Aleshin, que, por conta da bandeira vermelha causada no TL3, perdeu suas melhores voltas – e que lhe dariam o terceiro tempo neste grupo, passando com facilidade ao Q2. Vai largar em último.
Os deuses hoosiers da chuva foram precisos. No intervalo para a fase seguinte, liberaram a água sobre o autódromo e fizeram com que os mecânicos ajustassem os carros na velocidade de pit-stops. Com os pneus propícios, lá foram eles. O egoísta Pagenaud surgiu em primeiro com 1min25s943 na primeira volta geral, que se mostrariam absolutamente altos e insuficientes. Power bateu a marca em sua passagem seguinte de longe, 1min24s283, e depois 1min24s064, e aí 1min23s889. Primeiro? Nada: o jovial Hawksworth bateu o australiano velho de guerra por 0s008.
O resto brigou pelas quatro vagas, e Saavedra foi quem surgiu ali como intruso inesperado. Terminou em quinto e com a passagem garantida à fase final, o Fast Six. Pagenaud passou em sexto, raspando, mas era esperado. Os outros dois foram Dixon e Hunter-Reay. Assim, os brasileiros ficaram novamente de fora da disputa pela pole. Os dois dividem a quinta fila.
Mais um intervalo, e a chavinha da chuva virava para jorrar mais emoção em formato líquido. A direção de prova se viu obrigada a lançar a bandeira vermelha para que os comissários fiscalizassem as condições. Levou cerca de 15 minutos até a liberação.
As primeiras voltas colocaram Hawksworth em primeiro, mas seguido de perto por este surpreendente Saavedra. De repente, o colombiano apareceu na frente: 1min23s882. Espanto. Assombro. Hunter-Reay foi lá e bateu o tempo, 1min23s848. E foi e bateu o carro na volta seguinte, no curvão do oval. Como a regra estabelece que quem provoca paralisação no treino perde suas voltas rápidas, o descalabro confirmou-se realidade: Saavedra é o pole-position.
Hunter-Reay deixa carro após acidente. |
O delírio se completa com Hawksworth dividindo a primeira fila. Hunter-Reay e Pagenaud largam em terceiro e quarto, seguidos por Power e Dixon.
Indy, GP de Indianápolis, grid de largada:
Fonte: Grande Prêmio/Indycar
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