Em 2000, durante um teste da Indy na Flórida, Sam Schmidt era um campeão em construção na categoria. Havia terminado sua segunda temporada completa e ficado na quinta colocação, isso apenas alguns meses antes, em 1999. Mas aquele teste no Mundo da Disney mudaria o curso de sua história. Uma batida forte causou fratura na espinha dorsal, e Schmidt acabou tetraplégico e, por consequência, impossibilitado de guiar qualquer carro de corrida ou de passeio pelo resto de sua vida.
A história não é exatamente desconhecida ou envolta sob alguma áura de mistério ou misticismo. Quase todos sabem o que aconteceu a Sam Schmidt. E sabem que no ano seguinte o piloto resolveu fundar a Sam Schmidt Motorsports, sua própria equipe, se mantendo no mundo das corridas e da Indy.
A paralisia total dos membros não tem cura, mas quem precisa de membros para desejar voltar ao volante? No Pole Day das 500 Milhas de Indianápolis, em 18 de maio, o público vai assistir Schmidt guiar um Corvette C7 Stingray preto 2014, equipado com eletrônica do terceiro milênio e uma interface homem-máquina que irá permitir que pessoas sem mobilidade nos membros dirijam sozinhos.
"Só uso minha cabeça. Alguns diriam que é a primeira vez que eu faço isso", falou Schmidt, que já guiou o carro, mas não em frente a um público.
Sam necessita de certos auxílios, como para tomar banho e fazer a barba, algo em que uma enfermeira ajuda. Mas, no geral, o ex-piloto tem sido bem proeficiente desde o acidente. Hoje, quase uma década e meia depois, consegue guiar sua própria cadeira de rodas, faz pedala uma bicicleta eletrônica quase todos os dias e consegue escrever. Tudo devidamente paramentado com a ajuda tecnológica necessária. Agora, é hora de dirigir.
"Se você olhar com calma para as paredes da minha casa, vai ver marcas da cadeira. Vocês não vão me querer dirigindo", brincou.
O carro é sofisticado. Um trabalho em colaboração de várias empresas, incluindo a Schmidt Peterson Motorsports. São quatro sensores no capacete que transmitem as informações captadas para uma câmera infravermelho no painel. A inclinação da cabeça determina a direção e aceleração em mudanças de velocidade de 16 km/h. Um sensor de mordida diminui a velocidade do carro: a tecnologia de GPS evita que o Corvette se aproxime a menos de 1,5 m do muro. Isso tudo, num espaço de aproximadamente 10 m dentro do carro.
Se tudo isso falhar, engenheiros assumem o controle do carro. "Tive dois pedidos, e o primeiro era estar a salvo. O segundo era que fosse eu mesmo guiando o carro", contou. Para rodar na pista do Indianapolis Motor Speedway, ainda fez uma terceira exigência: "Tenho que ter mais de 100 km/h como média de velocidade. Os engenheiros riram", revelou.
A equipe de Sam Schmidt vai para as 500 Milhas com três pilotos: os regulares Simon Pagenaud e Mikhail Aleshin e o veterano Jacques Villeneuve, vencedor da prova em 1995. A prova dá a largada dia 25 de maio.
Fonte: Grande Prêmio
A história não é exatamente desconhecida ou envolta sob alguma áura de mistério ou misticismo. Quase todos sabem o que aconteceu a Sam Schmidt. E sabem que no ano seguinte o piloto resolveu fundar a Sam Schmidt Motorsports, sua própria equipe, se mantendo no mundo das corridas e da Indy.
A paralisia total dos membros não tem cura, mas quem precisa de membros para desejar voltar ao volante? No Pole Day das 500 Milhas de Indianápolis, em 18 de maio, o público vai assistir Schmidt guiar um Corvette C7 Stingray preto 2014, equipado com eletrônica do terceiro milênio e uma interface homem-máquina que irá permitir que pessoas sem mobilidade nos membros dirijam sozinhos.
Sam Schmidt vai voltar a guiar. (Foto: Indycar) |
"Só uso minha cabeça. Alguns diriam que é a primeira vez que eu faço isso", falou Schmidt, que já guiou o carro, mas não em frente a um público.
Sam necessita de certos auxílios, como para tomar banho e fazer a barba, algo em que uma enfermeira ajuda. Mas, no geral, o ex-piloto tem sido bem proeficiente desde o acidente. Hoje, quase uma década e meia depois, consegue guiar sua própria cadeira de rodas, faz pedala uma bicicleta eletrônica quase todos os dias e consegue escrever. Tudo devidamente paramentado com a ajuda tecnológica necessária. Agora, é hora de dirigir.
"Se você olhar com calma para as paredes da minha casa, vai ver marcas da cadeira. Vocês não vão me querer dirigindo", brincou.
O carro é sofisticado. Um trabalho em colaboração de várias empresas, incluindo a Schmidt Peterson Motorsports. São quatro sensores no capacete que transmitem as informações captadas para uma câmera infravermelho no painel. A inclinação da cabeça determina a direção e aceleração em mudanças de velocidade de 16 km/h. Um sensor de mordida diminui a velocidade do carro: a tecnologia de GPS evita que o Corvette se aproxime a menos de 1,5 m do muro. Isso tudo, num espaço de aproximadamente 10 m dentro do carro.
Se tudo isso falhar, engenheiros assumem o controle do carro. "Tive dois pedidos, e o primeiro era estar a salvo. O segundo era que fosse eu mesmo guiando o carro", contou. Para rodar na pista do Indianapolis Motor Speedway, ainda fez uma terceira exigência: "Tenho que ter mais de 100 km/h como média de velocidade. Os engenheiros riram", revelou.
A equipe de Sam Schmidt vai para as 500 Milhas com três pilotos: os regulares Simon Pagenaud e Mikhail Aleshin e o veterano Jacques Villeneuve, vencedor da prova em 1995. A prova dá a largada dia 25 de maio.
Fonte: Grande Prêmio
Grande exemplo.
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