Durante o feriado de carnaval, preparamos uma surpresa para os nossos leitores, afinal, vocês são os primeiros de muitos!
Fizemos uma reportagem especial falando de um determinado evento que aconteceu antes da primeira edição das 500 milhas de Indianapolis. Você, fã de Indy, sabe sobre o que aconteceu nos primórdios da categoria? Do que aconteceu antes do Indianapolis Motor Speedway? De como eram os carros? Os circuitos? Os pilotos? Os fãs?
Fizemos uma reportagem especial falando de um determinado evento que aconteceu antes da primeira edição das 500 milhas de Indianapolis. Você, fã de Indy, sabe sobre o que aconteceu nos primórdios da categoria? Do que aconteceu antes do Indianapolis Motor Speedway? De como eram os carros? Os circuitos? Os pilotos? Os fãs?
Estamos aqui para ajudar a desvendar um pouco dos acontecimentos e dos
mistérios sobre essa época, falando em especial da Cobe Trophy Race.
O ano era 1909..
Calma. Antes de mais nada, falaremos da Vanderbilt Cup, que foi onde tudo começou. Os fãs mais aficionados
da Indy já sabem boa parte da história 'desse tal' torneio. Para os que não
conhecem, aqui vai um resumo.
A copa foi criada a partir de William Kassam Vanderbilt II, no ano
de 1904. William foi O cara. Ele fez com que a corrida fosse realizada em Long
Island, New York, mesmo com algumas 'toneladas' de ações judiciais para que o
evento não acontecesse. O trajeto tinha cerca de 50km de extensão e ia pelas
ruas cobertas de poeira e sujeira do condado de Nassau.
Logo depois, Vanderbilt colocou um grande prêmio para o vencedor,
na esperança de incentivar os fabricantes americanos a disputar a corrida. Só
que isso atraiu também os competidores do outro lado do atlântico. Na época,
eles tinham um certo avanço na parte tecnológica dos carros em comparação com
os americanos. Resultado: os franceses venceram as edições de 1905 e 1906.
O torneio ficou um ano parado após a morte de um espectador.
Enquanto isso, na França, o primo de William participou da corrida que fazia
parte de um campeonato novo, ‘um tal de’ Grand Prix Motor Racing (antecessor
‘de uma tal’ Formula 1). Vanderbilt, sabendo do sucesso desse novo campeonato,
começou a pensar em como resolver a questão da segurança e melhorar o
atendimento aos espectadores da sua corrida. Foi aí então, que Vanderbilt
fundou uma empresa para construir o Long Island Motor Parkway.
Mapa de Long Island Motor Parkway (em roxo). |
A pista, na verdade, era uma rodovia (para os carros da época) e
ligava o bairro do Queens até o lago Ronkonkoma. Foram gastos milhões de
dólares para ser construída, mas apesar do sucesso, apenas recebeu três edições
do evento, entre 1908 e 1910. Hoje, resquícios da pista servem como ciclovia no
Queens. Em 1911, a corrida foi para Savannah, na Georgia, e para Milwaukee
(olha só) no ano seguinte. Essas duas tiveram a vitória de Ralph DePalma, também vencedor da
Indy 500 de 1915.
O evento também aconteceu na Califórnia entre 1914 e 1916, DePalma
venceu a edição de 1914, enquanto que o britânico Dario Resta (nome familiar, não?),
venceu duas seguintes. Infelizmente, o torneio foi cancelado entre os anos de
1917 e 1935, graças a Primeira Grande Guerra e a crise de 1929. Voltou para New
York quando o sobrinho de William, George Washington Vanderbilt III, pegou a
causa e resolveu patrocinar uma corrida de 300 milhas no novo Roosevelt
Raceway.
Bernd Rosemeyer comemorando a vitória em 1937. |
Porém, o azar chegou e a Segunda Grande Guerra também. O evento só
durou dois anos. Tazio Nuvolari venceu a edição de 1936 e Bernd Rosemeyer a de
1937. Depois, uma pausa para voltar em 1960, no mesmo circuito de
Roosevelt e com o americano Harry Carter na frente. Outra pausa, e em 1965, a taça acontece no Bridgehampton Race
Circuit, onde ocorre até 1969.
Com a vitória de Henry Carter, os americanos quebraram o jejum de 46 anos sem vitória no torneio e, a partir de 1965, só deu eles! Jim Hall, Jerry Grant, Mark Donohue e Skip Scott, foram os vencedores das edições em Bridgehampton. O problema é que, como o circuito não tinha um acesso muito bom, nem arquibancadas o suficiente para receber as provas, nem grana o suficiente para os donos resolverem a situação, a pista não pôde mais receber o evento.
Com a vitória de Henry Carter, os americanos quebraram o jejum de 46 anos sem vitória no torneio e, a partir de 1965, só deu eles! Jim Hall, Jerry Grant, Mark Donohue e Skip Scott, foram os vencedores das edições em Bridgehampton. O problema é que, como o circuito não tinha um acesso muito bom, nem arquibancadas o suficiente para receber as provas, nem grana o suficiente para os donos resolverem a situação, a pista não pôde mais receber o evento.
Com isso, a Vanderbilt Cup encerra seu ciclo como um torneio, mas volta no automobilismo americano em forma de homenagem. A partir de 1996, o ganhador da US 500, além de receber o prêmio, também tinha seu nome escrito no troféu. A ideia, junto com a corrida, surgiu para rivalizar com a IRL, que tinha como triunfo as 500 milhas de Indianapolis. Isso durou até 1999 (teve como último campeão Tony Kanaan!).
Em 2000, o troféu continua, mas agora, era entregue para o vencedor do campeonato da CART, e depois, da ChampCar. Como sabemos, a ideia morreu em 2007 junto com a categoria. Gil de Ferran e Cristiano da Matta foram os outros dois brasileiros que tiveram seus nomes escritos na taça.
Então é isso. Agora você, leitor, já sabe um pouco mais do que foi a Vanderbilt Cup, ou copa Vanderbilt, ou taça Vanderbilt (chame como quiser), desse evento que ficou na história do automobilismo americano e principalmente da Indy. Agora sim, podemos começar a falar sobre o que foi essa Cobe Trophy Race.
O ano era 1909... (continua)
Fonte: Wikipedia
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