O principal teste da pré-temporada do Road to Indy aconteceu faz algum tempo e, nele, vimos algumas caras novas interessantes tanto na Indy Lights, quanto na Indy Pro 2000 e na USF2000.
Cada início de pré-temporada é um tormento para este que vos escreve, pois eu nunca sei quem são os novos pilotos. Não sei quem é este, por exemplo.
O Chris Griffis Memorial Test desse ano, o primeiro teste oficial da temporada 2020 do Road to Indy - formado por Indy Lights, Indy Pro 2000 e USF2000 - teve dois dias de testes, onde cada categoria teve seis sessões de 45 minutos de pista livre. O teste foi realizado no sábado e domingo passado e, pela terceira vez seguida o Chris Griffis sera realizado no circuito misto do Indianápolis Motor Speedway, já que os custos são mais baratos no circuito de Indianápolis.

Vamos por categorias, da categoria menos potente para a mais potente.


USF2000


Alexander Koreiba
A categoria da base do Road to Indy veio com grandes novidades entre os pilotos. As duas principais equipes da categoria, a Cape Motorsports e a Pabst Racing, papareceram com poucos pilotos e a maioria deles eram veteranos na categoria. Reece Gold foi o único piloto da Cape nesse teste, enquanto a Pabst veio com o veterano Yuven sundaramoorthy e o holandês esreante Rick Bouthorn (que está vindo direto do Kart e também testou esse ano na F-Regional para sua primeira estreia nos monopostos).

Duds Barrichello.
Com poucos pilotos das duas principais equipes do campeonato as equipes médias do certame para aparecer mais e conseguir mais vantagem sobre estas. Entre elas veio a Jay Howard Driver Developmento entrou de cabeça na categoria e, em seu segundo ano a equipe veio com quatro carros para o teste; os veteranos Christian Rasmussen e Christian Bogle (que seguem para a segunda temporada na equipe) e dois estreantes americanos: Wyatt Brichacek (que correu na F-4 USA e na etapa de Portland da USF2000) e Alexander Koreiba (o piloto-modelo-youtuber que pilotou na Lucas Oil Racing School). 

Para bater de frente, a DEForce Racing apostou em dois brasileiros: o já veterano Eduardo Barrichello, que vem para fazer sua segunda temporada na categoria sendo que metade da temporada passada pela própria DEForce, e o estreante Kiko Porto, que fez uma temporada e meia na F-4 USA também pela DEForce e vem tentando novos ares no Road to Indy.

Os dois brasileiros foram muito bem na DEForce. Barrichello veio muito bem desde o início dos treinos, onde fez o segundo melhor tempo nas duas primeiras sessões e também na penúltima delas, já no meio do domingo passado. Kiko Porto começou mais devagar mas, no meio do primeiro dia o pernambucano já figurava entre os cinco melhores tempos. Como a sessão com as melhores condições foi a primeira do domingo, a sessão 4 do Chris Griffis Memorial Test, Porto fez o terceiro melhor tempo e Barrichello fez o quinto melhor. Os dois estiveram sempre disputando tempos com a dupla da Pabst, onde Sundaramoorthy fez o segundo melhor tempo de todo o teste e Bouthoorn fez o quarto tempo, entre Porto e Barrichello.

Isso porque Rasmussen liderou todo o teste, fazendo o melhor tempo em todas as seis sessões. Rasmussen foi o terceiro colocado no campeonato desse ano, ficando atrás apenas de Braden Eves e Hunter McElrea e, sem a presença desses dois e sem a presença mais forte da Cape e da Pabst, ele dominou o Chris Griffis Memorial Test de cabo a rabo.



Indy Pro 2000

Munter McElrea e Colin Kaminsky semi-dominando tudo.
Na categoria logo acima, a Indy Pro 2000, sendo a primeira vez que realiza a atividade com o novo nome. Tivemos a presença de 17 carros no primeiro dia e 18 no segundo.

A principal equipe da categoria, a Juncos Racing, veio com três carros e três pilotos veteranos. O americano Parker Locke correu tanto na F-4 USA quanto na F-3 Americas nos últimos dois anos, chegou a correr na Indy Pro 2000, na etapa inicial em St. Pete, mas acabou optendo por correr nas categorias de base da F1 que residen nos EUA; o também americano Phillipe Denes, que correu a temporada passada completa pela Fat Boy Racing! depois de três anos correndo de forma intermitente na Pro Mazda e na USF2000; e o inglês Matthew Round-Garrido, que corria na F-Ford Britânica até o ano passado, quando mudou para os Estados Unidos correndo a temporada completa na USF2000 correndo metade da temporada pela Jay Howard e metade pela BN Racing (terminando o ano em 14º no campeonato e tendo como ponto alto um pódio em Toronto 2) e, nas duas últimas etapas do ano, migrou para Indy Pro 2000 pela própria BN Racing.

Antoine Comeau correndo pela Turn 3 Motorsports.
No entanto, todos eles se mostraram muito apagados nas sessões de teste. Round-Garrido foi o melhor do trio conseguindo o segundo melhor tempo na sessão 5, mas ficou entre os cinco melhores tempos em apenas duas sessões. Denes teve mais constância e figurou quatro vezes com o quarto melhor tempo e na última sessão conseguiu o terceiro melhor tempo. Mas todas as atuações foram muito apagadas para o nível da Juncos atualmente na Indy Pro 2000.

Sem a forte presença da Juncos, tivemos um protagonismo maior de uma equipe estreante, a Pabst Racing. Com uma dupla de pilotos que sobem da USF2000 junto com a equipe, Hunter McElrea e Colin Kaminsky, fizeram os dois melhores tempos das sessões combinadas, além de liderarem a primeira sessão do sábado (com Kaminsky) e a primeira sessão do domingo (com McElrea).

A Pabst conseguiu superar a Exclusive Autosport, que foi a vice-líder do campeonato desse ano e tinha um plantel forte para esse teste com três campeões ao volante: Braden Eves, campeão desse ano da USF2000 (que corria pela Exclusive apenas no primeiro dia); Raoul Hyman, campeão da F-3 Asia do ano passado, e Kellen Ritter, campeão da F-Ford Canadense pela própria Exclusive. Eves mostrou constância e conseguiu o quarto melhor tempo do teste no fim do primeiro dia após liderar a terceira sessão, enquanto Hyman e Ritter ficaram, respectivamente, com o quinto e sexto melhores tempos e ambos aparecendo constantemente entre os cinco melhores tempos de cada sessão.

Pabst estreando na Indy Pro 2000.
Outra equipe que se destacou foi a DEForce Racing, que veio com três carros e quatro pilotos veteranos diferentes: Kory Enders e Moisés de la Vara que já são prata da casa: correram a temporada toda da USF2000 no ano de estreia da equipe, em 2017, onde Enders continuou em 2018 quando de la Vara foi suspenso  por um ano do Road to Indy por doping e voltou no fim de 2018 pela então Pro Mazda e os dois fizeram dupla de quipe esse ano pela DEForce na Indy Pro 2000 terminando o campeonato em sétimo e oitavo, respectivamente. Outro piloto era parker Thompson que já é muito conhecido no Road to Indy por correr três anos na USF2000 e agora estar seguindo para seu terceiro ano na Indy Pro 2000 também, sempre com ótimos resultados mas pouco dinheiro e patrocínio para continuar a carreira. E o último é o mexicano Manuel Sulaimán, campeão desse ano da F-4 NACAM e que estreou na USF2000 esse ano com um ótimo sexto lugar no campeonato pela própria DEForce. A equipe dos irmãos Martínez teve seu melhor resultado com thompson, que liderou a segunda sessão do teste e teve o terceiro melhor tempo no geral, enquanto Sulaimán foi sétimo, Enders foi 15º e de la Vara foi 16º.

E a última equipe de maior destaque foi a campeã desse ano, a RP Motorsport USA. A equipe veio com dois carros, onde o primeiro foi dividido entre Eves e Sulaiman e o segundo sendo guiado apenas pelo russo Artem Petrov, que vinha fazendo carreira na Europa até a metade do ano passado pilotando pela própria RP, mas decidiu mudar de ares e foi aos EUA disputar as últimas três etapas da Indy Pro 2000. Os melhores tempos da equipe foram feitos por Eves, que conseguiu o quinto melhor tempo no geral, enquanto Petrov conseguiu apenas o 13º melhor tempo e sulaiman, que correu apenas uma sessão, ficou em último.




Indy Lights

Rasmus Lindh e Danial Frost estreando na Indy Lights.
Cinco carros estiveram presentes no Chris Griffis Memorial Test, sendo quatro destes da Andretti e um quinto carro da Belardi Auto Racing para... Rinus VeeKay. Na verdade isso é bem típico dos testes mais atuais desde que a Sam Schmidt Motorsports saiu da categoria e a Juncos Racing entrou em grave crise financeira, apenas a equipe de Michael Andretti tem um orçamento maior para participar do primeiro treino. Lembrando que, ao contrário das categorias menores que tem apenas duas datas de atividades coletivas, a Indy Lights tem cinco treinos coletivos ao longo da pré-temporada.

Os quatro pilotos da Andretti se baseavam em um experiente e três estreantes. Robert Megennis era o único da equipe que correu a temporada passada na Indy Lights, onde conseguiu uma vitória e terminou o campeonato na sexta posição (sendo que apenas oito pilotos fizeram a temporada completa desse ano). O sueco Rasmus Lindh e o cingapuriano Danial Frost correram na Indy Pro 2000 nesse ano e na USF2000 no ano passado, onde o sueco teve mais sucesso acumulando dois vices campeonatos (sendo o último perdendo por apenas dois pontos), e Frost ficou no quinto lugar esse ano. O último estreante é o russo Egor Orudzhev, piloto de 24 anos que foi o terceiro colocado da penúltima temporada da Fórmula V8 3.5 (quem lembra?) e nos últimos três anos vinha pilotando no WEC.

Mas VeeKay dominou todo o teste. Na verdade, quase todas as sessões tiveram o mesmo resultado. Rinus VeeKay fez o melhor tempo em todas as sessões, enquanto Robert Megennis também usou de sua experiência e ficou em segundo em todas as sessões de treinos. Rasmus Lindh ficou em terceiro e Danial Frost ficou em quarto em todas as sessões, menos na primeira, onde ambos inverteram suas posições, e Orudzhev fechou a tabela de tempos em todas as sessões.



No entanto, em todas as categorias mas, principalmente, na Indy Lights, aind anão vimos os medalhões e as figuras que devem aparecer mais pra fente nas categorias. Na USF2000, a Cape e a Pabst ainda não mostraram seus certames, bem como a Juncos e as equipes médias na Indy Pro 2000.

Na Indy Lights, apenas a Andretti mostrou alguma coisa, com a manutenção de Megennis e uma aliança maior com o vice-campeão da Indy Pro 2000 desse ano, com um dos pilotos que esteve no Top 5 do mesmo campeonato e com um desconhecido russo oriundo dos endurance, no entanto tem alguns medalhões com futuro incerto como Ryan Norman e Dalton Kellett, além da presença da Juncos e da HMD Racing.

Esse é só o início da pré-temporada 2020 do Road to Indy!!

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