O principal teste da pré-temporada do Road to Indy aconteceu faz algum tempo e, nele, vimos algumas caras novas interessantes tanto na Indy Lights, quanto na Indy Pro 2000 e na USF2000.
Cada início de pré-temporada é um tormento para este que vos escreve, pois eu nunca sei quem são os novos pilotos. Não sei quem é este, por exemplo. |
Vamos por categorias, da categoria menos potente para a mais potente.
USF2000
Alexander Koreiba |
Duds Barrichello. |
Para bater de frente, a DEForce Racing apostou em dois brasileiros: o já veterano Eduardo Barrichello, que vem para fazer sua segunda temporada na categoria sendo que metade da temporada passada pela própria DEForce, e o estreante Kiko Porto, que fez uma temporada e meia na F-4 USA também pela DEForce e vem tentando novos ares no Road to Indy.
Os dois brasileiros foram muito bem na DEForce. Barrichello veio muito bem desde o início dos treinos, onde fez o segundo melhor tempo nas duas primeiras sessões e também na penúltima delas, já no meio do domingo passado. Kiko Porto começou mais devagar mas, no meio do primeiro dia o pernambucano já figurava entre os cinco melhores tempos. Como a sessão com as melhores condições foi a primeira do domingo, a sessão 4 do Chris Griffis Memorial Test, Porto fez o terceiro melhor tempo e Barrichello fez o quinto melhor. Os dois estiveram sempre disputando tempos com a dupla da Pabst, onde Sundaramoorthy fez o segundo melhor tempo de todo o teste e Bouthoorn fez o quarto tempo, entre Porto e Barrichello.
Isso porque Rasmussen liderou todo o teste, fazendo o melhor tempo em todas as seis sessões. Rasmussen foi o terceiro colocado no campeonato desse ano, ficando atrás apenas de Braden Eves e Hunter McElrea e, sem a presença desses dois e sem a presença mais forte da Cape e da Pabst, ele dominou o Chris Griffis Memorial Test de cabo a rabo.
Indy Pro 2000
Munter McElrea e Colin Kaminsky semi-dominando tudo. |
A principal equipe da categoria, a Juncos Racing, veio com três carros e três pilotos veteranos. O americano Parker Locke correu tanto na F-4 USA quanto na F-3 Americas nos últimos dois anos, chegou a correr na Indy Pro 2000, na etapa inicial em St. Pete, mas acabou optendo por correr nas categorias de base da F1 que residen nos EUA; o também americano Phillipe Denes, que correu a temporada passada completa pela Fat Boy Racing! depois de três anos correndo de forma intermitente na Pro Mazda e na USF2000; e o inglês Matthew Round-Garrido, que corria na F-Ford Britânica até o ano passado, quando mudou para os Estados Unidos correndo a temporada completa na USF2000 correndo metade da temporada pela Jay Howard e metade pela BN Racing (terminando o ano em 14º no campeonato e tendo como ponto alto um pódio em Toronto 2) e, nas duas últimas etapas do ano, migrou para Indy Pro 2000 pela própria BN Racing.
Antoine Comeau correndo pela Turn 3 Motorsports. |
Sem a forte presença da Juncos, tivemos um protagonismo maior de uma equipe estreante, a Pabst Racing. Com uma dupla de pilotos que sobem da USF2000 junto com a equipe, Hunter McElrea e Colin Kaminsky, fizeram os dois melhores tempos das sessões combinadas, além de liderarem a primeira sessão do sábado (com Kaminsky) e a primeira sessão do domingo (com McElrea).
A Pabst conseguiu superar a Exclusive Autosport, que foi a vice-líder do campeonato desse ano e tinha um plantel forte para esse teste com três campeões ao volante: Braden Eves, campeão desse ano da USF2000 (que corria pela Exclusive apenas no primeiro dia); Raoul Hyman, campeão da F-3 Asia do ano passado, e Kellen Ritter, campeão da F-Ford Canadense pela própria Exclusive. Eves mostrou constância e conseguiu o quarto melhor tempo do teste no fim do primeiro dia após liderar a terceira sessão, enquanto Hyman e Ritter ficaram, respectivamente, com o quinto e sexto melhores tempos e ambos aparecendo constantemente entre os cinco melhores tempos de cada sessão.
Pabst estreando na Indy Pro 2000. |
E a última equipe de maior destaque foi a campeã desse ano, a RP Motorsport USA. A equipe veio com dois carros, onde o primeiro foi dividido entre Eves e Sulaiman e o segundo sendo guiado apenas pelo russo Artem Petrov, que vinha fazendo carreira na Europa até a metade do ano passado pilotando pela própria RP, mas decidiu mudar de ares e foi aos EUA disputar as últimas três etapas da Indy Pro 2000. Os melhores tempos da equipe foram feitos por Eves, que conseguiu o quinto melhor tempo no geral, enquanto Petrov conseguiu apenas o 13º melhor tempo e sulaiman, que correu apenas uma sessão, ficou em último.
Indy Lights
Rasmus Lindh e Danial Frost estreando na Indy Lights. |
Os quatro pilotos da Andretti se baseavam em um experiente e três estreantes. Robert Megennis era o único da equipe que correu a temporada passada na Indy Lights, onde conseguiu uma vitória e terminou o campeonato na sexta posição (sendo que apenas oito pilotos fizeram a temporada completa desse ano). O sueco Rasmus Lindh e o cingapuriano Danial Frost correram na Indy Pro 2000 nesse ano e na USF2000 no ano passado, onde o sueco teve mais sucesso acumulando dois vices campeonatos (sendo o último perdendo por apenas dois pontos), e Frost ficou no quinto lugar esse ano. O último estreante é o russo Egor Orudzhev, piloto de 24 anos que foi o terceiro colocado da penúltima temporada da Fórmula V8 3.5 (quem lembra?) e nos últimos três anos vinha pilotando no WEC.
Mas VeeKay dominou todo o teste. Na verdade, quase todas as sessões tiveram o mesmo resultado. Rinus VeeKay fez o melhor tempo em todas as sessões, enquanto Robert Megennis também usou de sua experiência e ficou em segundo em todas as sessões de treinos. Rasmus Lindh ficou em terceiro e Danial Frost ficou em quarto em todas as sessões, menos na primeira, onde ambos inverteram suas posições, e Orudzhev fechou a tabela de tempos em todas as sessões.
No entanto, em todas as categorias mas, principalmente, na Indy Lights, aind anão vimos os medalhões e as figuras que devem aparecer mais pra fente nas categorias. Na USF2000, a Cape e a Pabst ainda não mostraram seus certames, bem como a Juncos e as equipes médias na Indy Pro 2000.
Na Indy Lights, apenas a Andretti mostrou alguma coisa, com a manutenção de Megennis e uma aliança maior com o vice-campeão da Indy Pro 2000 desse ano, com um dos pilotos que esteve no Top 5 do mesmo campeonato e com um desconhecido russo oriundo dos endurance, no entanto tem alguns medalhões com futuro incerto como Ryan Norman e Dalton Kellett, além da presença da Juncos e da HMD Racing.
Esse é só o início da pré-temporada 2020 do Road to Indy!!
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