Piloto
da KV, vencedor da prova em 2006, segue ótima estratégia de sua equipe e
vence a segunda prova na temporada. Hélio Castroneves sai de último pra segundo
e Tony Kanaan termina em sexto.
Francês vence em Milwaukee após nove anos. (Foto: Michael L. Levitt/LAT Photographic) |
A
corrida começou com poucas mudanças de posições entre os líderes, apesar do
bolo de carros que sempre forma na primeira curva de Milwaukee. Newgarden liderava
com Briscoe em segundo e Karam em terceiro. Tony Kanaan conseguiu ganhar a
posição de Karam e Briscoe e, logo nas primeiras voltas já era o segundo.
Newgarden
chegou a abrir alguns segundos, mas, após ultrapassar Kanaan, Briscoe veio com
tudo pra cima do meninão da Sarah Fisher, que vinha dominando tudo no fim de
semana em Milwaukee. Os dois pilotos ficaram brigando pela liderança, enquanto,
na transmissão da Band, Cacá Fernando e Sérgio Jimenez insistiam em dizer que
Power e Montoya haviam largado na liderança e caído muito pra trás na primeira
curva.
Após
serem avisados pelo twitter que estavam errados, Newgarden chegava em seu chefe
de equipe, Ed Carpenter, para colocar-lhe uma volta. Quem diria hein Ed? E o
veterano piloto vendeu caro a posição/volta.
Quando
finalmente conseguiu ultrapassar Carpenter, Newgarden já tinha deixado
aproximar, além de Briscoe, Kanaan, Karam, Rahal, Montoya, Dixon, Bourdais e
até Gabby Chaves.
Enquanto
isso, Pippa Mann deixava a prova com problemas em seu péssimo carro, mas,
como ninguém se importou, nem sei o porquê estou criando um parágrafo exclusivo
só para ela. Vida que segue.
Hélio
já vinha em 17º após largar de último, quando abriu a primeira janela dos pits,
lá pela volta 49. Jakes, Dixon e Marco Andretti pararam na sequência. A última
parada foi de Graham Rahal, na volta 60.
Briscoe
caiu muitas posições após o macaco hidráulico de seu carro simplesmente não
subir, dificultando a vida dos mecânicos que tinham que trocar os pneus. Mas,
como o australiano tinha um carro muito bem acertado, logo voltou ao primeiro
pelotão, junto com Rahal.
Acorrida
permanecia bem chata até a segunda janela de paradas, quando Castroneves e
Pagenaud foram pro pit. Power, Montoya, Dixon, Chaves e Andretti entraram na
sequência.
Dixon,
como uma cobra peçonhenta que sabe atacar na hora certa, pulou pra ponta após
os pits. Enquanto isso, Montoya recebia um drive-through por exceder o limite
de velocidade nos pits.
Na
volta 115, a primeira bandeira amarela do dia, com o motor Honda do carro de James
Jakes abrindo o bico.
Após
mais de 15 voltas sob bandeira amarela, a bandeira verde veio. Porém, como
bandeira amarela chama bandeira amarela, Briscoe acabou traseirando sozinho na
curva 4 e coletou Will Power. Fim de prova pra ambos e mais amarela.
Na
relargada, na volta 141, Bourdais, que vinha na ponta, aproveitou os
retardatários Sato e Vautier, que vinham na frente do segundo colocado, Ryan
Hunter-Reay, pra abrir uma distância considerável e assim começar a lutar pela
vitória. Newgarden logo assumiu o segundo lugar, seguido por Kanaan em
terceiro.
O
francês nerd da KV chegou a abrir dezessete segundos para Newgarden, mesmo com
os pneus velhos. Eu não sei como ele conseguiu isso. Até chegar nos
retardatários e começar a tirar um pouco o pé. Mesmo assim, mantinha uma boa diferença
para Newgarden e Kanaan e colocava uma volta em Montoya, o 12º colocado.
Bourdais
conseguiu economizar um stint inteiro e só parou na volta 171, enquanto que
Newgarden vinha no ciclo ‘normal’ de pit-stops, parando na volta 172.
A
partir de então, Bourdais, que voltou em 12º segundo, começou a escalar o grid
como um cão raivoso e ia passando pilotos volta a volta, chegando nos líderes
cerca de quatro voltas após a parada. Detalhe: os que estavam à sua frente,
ainda não haviam parado!
Todos
pararam na altura da volta 200. A corrida ficou bem estranha nesse momento:
Apenas Bourdais estava na mesma volta. Pareciaque eu tava vendo uma corrida
dele na época da ChampCar, de tão besta que eu tava com esse domínio.
Tudo
sem encaminhava para uma vitória de estratégia magistral de Jimmy Vasser, dono
da equipe de Bourdais, quando Justin Wilson causou a última bandeira amarela do
dia em Milwaukee, com o seu motor Honda fumando.
Bourdais
fez a parada um pouco antes, e voltou em primeiro! A 3s5 de Newgarden. Com a
bandeira amarela, todos paravam pela última vez e colocavam pneus novos, menos
Bourdais e mais um ou outro lá de trás.
Na
relargada, a 21 voltas do fim, Bourdais se mantinha na liderança enquanto
Castroneves voava pra cima de Montoya, seguido por Rahal. O brasileiro da
Penske, com pneus novos colou em Bourdais, mas após dar uma pequena traseirada,
axabou perdendo contato e quase foi ultrapassado por Rahal.
Estratégia perfeita da KV deu a vitória a Bourdais, um milagre. (Foto: IndyCar) |
Bourdais
segurou bem nas últimas oito voltas e venceu a prova de forma merecida, numa
tarde bastante feliz para KV, que finalmente mostra que aprendeu a fazer
estratégias de corrida, curiosamente após Rubinho e Kanaan terem saído da
equipe.
Castroneves
foi o segundo, Rahal o terceiro. Montoya, ainda líder do campeonato, terminou
em quarto, com Newgarden em quinto e Tony Kanaan em sexto.
Confira
os resultados da prova aqui:
Muito boa a corrida! Ultrapassagens, muitas estratégias e alternativas. O Tião mostrou que é um baita piloto, que não foi quatro vezes campeão da CCWS à toa. Quem acabou decepcionando foi o Tony, que mandava até bem na pista, mas era sempre derrubado pela equipe nos pit-stops... Não houve um que ele não perdesse pelo menos uma posição... Já o Helinho fez um corridão!!!
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