E vence em Nola!
Uma das pinturas mais esquisitas do grid. Um dos pilotos mais polêmicos quando se fala de talento e, agora, primeiro vencedor da história da Indy em Nola. James Hinchcliffe arriscou até a mãe na estratégia de apenas uma parada e chegou na frente de todo mundo em New Orleans, numa corrida completamente maluca que teve como protagonista a falta de drenagem do novo circuito do calendário da Indy, o medo desesperado pela chuva que não veio, e Dracone.
Vamos começar pelo começo, com pleonasmos mesmo, pois foi a parte que mais era esperada pelas confusões, mas que no fim foi um período normal para o que provavelmente será da Indy 2015: Penske dominando. Os quatro carros largaram nas cinco primeiras posições, já que o grid foi decidido pelo resultado final da corrida de St. Pete. Somando uma ajudinha de Power fechando o único intruso no meio do dream team, Tony Kanaan,a esquadra aproveitou para dominar o começo de prova, que não tinha ares de ter um mini katrina dali a pouco tempo, como mostravam as previsões furadas do tempo.
Será que vem chuva mesmo? (Créditos: IndyCar) |
As coisas tinham que ser resolvidas logo. Dali a algumas voltas, Power já sinalizava pelos seus movimentos fora do comum que seu pneu necessitava de água, logo, a Ganassi descobriu sua possível reação e mandou Tony para o pit colocar pneus macios. A decisão foi tomada por mais algumas equipes até Tony descobrir por si mesmo que foi precipitado demais em sua parada e quase ficou atolado no pântano entre as curvas 11 e 13. Sorte que as presas para ele pareciam não ser páreo para um piloto ao nível de Tony.
Porém, eram suficientes para Gabby Chaves fazer donuts involuntários no infield na volta 16. Mesmo com a ajuda marota de um fiscal com uma alma caridosa, seu carro não pegou ao reentrar na pista e provocou a primeira bandeira amarela de uma tarde que prometia ser longa. Foram seis ao todo, entre toques e rodadas de Jakes, Huertas e Karams, até atropelamentos na área dos boxes causados por quem? Dracone. A Milka Duno em forma masculina e velha que dá alegrias para os telespectadores nos dias de corrida, menos para seus mecânicos. Um deles teve um corte na perna e está sob observação no hospital mais próximo, mas logo pode estar pronto para mais um combo de atropelagens marotas feitas por Francesco.
Essas bandeiras amarelas beneficiaram a estratégia de Hinchcliffe, que seria suicida nos dias normais, mas como este era um dia atípico para todos, Sam Schmidt resolveu arriscar até sua cadeira de rodas para parar apenas uma vez, e deu certo. James estava pressionado por Helio até as últimas voltas, e até estava rezando para que Jakes, sim ele, o outro James tão criticado por mim e que estava em terceiro, batesse no brasileiro. Só que Helio foi salvo (ou não) por Bourdais, Hunter-Reay e Pagenaud, que se estranharam na curva 3, causando um sanduíche à francesa em cima do atual campeão da Indy 500.
E é um strike! (Créditos: Bret Kelley | IndyCar) |
Com isso, Hinchcliffe e sua única parada chegou à frente pela quarta vez na carreira, e demonstrou que a Sam Schmidt não está tão ruim assim, já que Jakes, como foi mencionado, acabou chegando no pódio.
Ou isso foi fruto da chuva mesmo, e da falta de drenagem da pista.
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