Essa é mais uma nova série do Indy Center Brasil, onde responderíamos algumas questões de nossos leitores sobre qualquer aspecto da Indycar: pilotos, pistas, campeonatos e afins. Não será periódica e, muito provavelmente, quase não rolará durante a temporada, mas quando tivermos disponibilidade para responder questões que julgamos INTERESSANTES, faremos do melhor jeito possível.
No campeonato com a pontuação da Indycar deu Will Power, mas e se a categoria usasse a pontuação da F1? E se usasse o novo chase da NASCAR, quem seria o campeão?
Helinho não seria campeão nem desse jeito. |
Eu gosto bastante de estatística e estou sem muito o que fazer já que quase não sai mais notícias sobre a Indycar, vi essa pergunta no twitter (aliás, segue a gente lá) e a curiosidade me levou a fazer essa postagem. Sim, calculamos tudo e mostraremos agora como ficaria o campeonato da Indycar, com os mesmos resultados das corridas, mas com a pontuação da F1 e o Chase polêmico da NASCAR.
Campeão da Indy com a pontuação da F1: Scott Dixon
As regras da F1 acho que a maioria já sabe. A pontuação é um bocado parecida com a do Top Gear 2 (25-18-15-12-10-8-6-4-2-1), e a diferença desse ano foi a pontuação dobrada na última etapa do campeonato (a pontuação nessa etapa é de 50-36-30-24-20-16-12-8-4-2).
Jogando essa pontuação nos resultados da Indycar temos que Scott Dixon levaria o caneco, pouca coisa a frente de Will Power:
Posições no campeonato e a pontuação fictícia. |
Diferentemente da categoria europeia, a Indycar seria diretamente influenciada pela pontuação dupla na final, e cinco pilotos chegariam com chances de ser campeão. Até Sonoma, Will Power lideraria 174 pontos, um bocado a frente de Dixon (149 pontos), Pagenaud (145) e Hunter-Reay (144) e, correndo quase sem chances de ser campeão, estaria Hélio Castroneves (129). Na última prova que aconteceria a maioria das modificações e Dixon se sagraria campeão e Tony Kanaan ressurgiria para alcançar o terceiro lugar.
Dali pra trás, os destaques ficam para a subida de Ed Carpenter e Mike Conway, que pilotam o carro #20, as subidas de Hinchcliffe, Kimball e Aleshin. Os que mais perderiam posições seriam de Briscoe, Newgarden e, principalmente, Justin Wilson.
Dixon Campeão, de novo... |
Campeão da Indy no Chase da NASCAR: Você vai ter que ler até o fim, pois é uma revelação bombástica.
Pois bem, 2014 também marcou o automobilismo americano foi o novo Chase, que definiria o campeão da NASCAR Sprint Cup Series.
O novo Chase criou polêmicas, pois um piloto que fosse bastante regular poderia vencer o campeonato sem chegar ao ponto mais alto do pódio em uma prova sequer, além de pouco levar em consideração todo o esforço dos pilotos durante a temporada regular. Relativamente, essa forma foi um sucesso e a audiência das provas subiu muito tanto nos autódromos quanto na mídia.
Ele funciona assim: são disputadas as provas da temporada regular normalmente, onde 16 pilotos passariam para a fase final do campeonato. Quem vencesse passava automaticamente de fase (desde que tentasse classificar em todas as provas da temporada regular) e as outras vagas sendo definidas pela quantidade de pontos feita na temporada regular.
Na NASCAR teve briga de Harvick vs. Newman, teríamos algo parecido na Indycar? |
Nessas três provas, quem as vencesse (dente os classificados) passaria de fase, e também avançariam para as próximas etapas quem fizesse a maior quantidade de pontos, até completar o número de competidores da próxima fase. Na Final, a última prova, quem chegasse na frente era o campeão.
Transportamos tudo isso pra Indycar. A temporada regular terminaria no Texas, depois de oito etapas, e as fases seguintes serias as provas de Houston e Pocono (definindo o top 12), Iowa e Toronto (definido o Top 8), Mid-Ohio, Milwaukee e Sonoma (definindo os quatro finalistas) e Fontana sediando a final suprema. E levamos em consideração a pontuação da NASCAR para cada resultado das provas.
No fim teríamos esse resultado no Chase:
Se seus olhos não estiverem acreditando no que vêem, pode clicar e aumentar a imagem. |
- Com uma temporada regular bem curta (só oito provas, para sobrar dez corridas pro Chase), bastava fazer um ótimo resultado (um pódio ou dois top 5) que o piloto praticamente estava classificado. Lembrando que o piloto precisava tentar se classificar em todas as provas, ou seja, os pilotos do carro #20 não tiveram chances de entrar.
Nessa fase caíram Sebástian Saavedra, que fez apenas um top 10 nessa fase (e na temporada toda); Jack Hawksworth (também ficou só com um top 10); Takuma Sato (fez só dois top 10); Josef Newgarden (só dois top 10 também e abandonou três provas); e Graham Rahal que, mesmo conseguindo um pódio na corrida 1 de Detroit, caiu fora por abandonar três vezes. James Hinchcliffe, Mikhail Aleshin e Carlos Huertas passam para a próxima fase por pouco.
- No Challenger que ocorre nas duas corridas de Houston e em Pocono, quem vence passa de fase, então Simon Pagenaud, Juan Pablo Montoya e Carlos Huertas (!!!) passam de fase.
Excetuando esses, os quatro piores pontuadores foram Tony Kanaan (que conseguiu apenas um top 10, assim como Will Power, mas o australiano tinha pontos bônus por vencer na temporada regular); Justin Wilson, Charlie Kimball (que caiu fora mesmo com um top 5, mas completou as outras duas provas fora do top 15) e Scott Dixon, que foi o pior pontuador dessa fase, muito devido ao desempenho horrível na rodada dupla do Houston (onde terminou em 18º e 19º).
- Próxima fase é o Contender, em Iowa e na rodada dupla de Toronto. Ryan Hunter Reay vence em Iowa e Sebastien Bourdais vence em Toronto 1, se classificando para a próxima fase. Mike Conway que venceu Toronto 2 não estava classificado para essa fase.
- Na última fase, disputada na tríade do sono (Mid-Ohio, Milwaukee e Sonoma), Will Power vence e se classifica para a final. Scott Dixon vence as outras duas, mas já estava fora do top 8.
- A final ficaria entre Power, Pagenaud, Briscoe e Bourdais. Pagenaud tem problemas na corrida e fica pra trás logo no início, enquanto os outros competidores ficam mais atrás no grid. Depois das primeiras paradas, Briscoe e Power vão se recuperando e escalando o grid, enquanto Bourdais fica pra trás, e a disputa do título se restringe a Power e Briscoe.
Na pontuação, Montoya, Huertas, Aleshin e Muñoz não conseguem nenhum top 10 e são eliminados, ficando com as piores posições nessa fase. Os outros todos conseguiram pelo menos um top 10 e conseguiram se classificar.
Hélio Castroneves, o único brasileiro classificado pro top 8, cai fora por não conseguir nenhum top 10; enquanto os abandonos de Marco Andretti (em Mid-Ohio) e de Ryan Hunter-Reay (em Milwaukee) tiraram os dois pilotos da Andretti da disputa da final em Fontana. Na vaga final, a regularidade prevaleceu quando Ryan Briscoe, com dois top 10, se classificou a frente de Hinchcliffe, com um pódio em Mid-Ohio mais dois resultados ruins nas provas restantes.
Power se recupera bem e chega a assumir a liderança da prova logo depois da única bandeira amarela, enquanto Briscoe se resigna com a sexta posição e a briga com Takuma Sato. O australiano mais legal tinha tudo para ser campeão em cima do australiano mais chato, até que seu carro começa a ter problemas. Power perde muito rendimento e é ultrapassado por quase todos que estão na mesma volta do líder, incluindo Ryan Briscoe.
Briscoe campeão, nunca achei que escreveria isso um dia... |
Pois é pessoas, Briscoe campeão do jeito Briscoe de ganhar as coisas.
Se tiver alguma pergunta que seja interessante para nós, coloque nos comentários ou, caso a dúvida seja maior e mais complexa, mande-nos para indycenterbr@gmail.com, um dia a gente respode...
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